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A bilionária gaúcha Lily Safra, uma das mulheres mais ricas do mundo, morreu hoje (9) aos 87 anos em Genebra, na Suíça. A causa da morte não foi informada.

Segundo a Fundação Edmond J. Safra, o sepultamento será na próxima segunda-feira (11) em Genebra. Em nota, a fundação informou que Lily Safra manteve o legado filantrópico do banqueiro Edmond Safra, fornecendo apoio a centenas de organizações sociais pelo mundo.

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Com patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão pela revista Forbes, Lily Safra era viúva do banqueiro libanês Edmond Safra, com quem se casou em 1976. O magnata morreu em 1999 num incêndio criminoso em Mônaco. Em 2002, a Justiça do principado condenou o enfermeiro particular de Edmond a 10 anos de prisão por ter iniciado o fogo.

Além de Edmond Safra, Lily foi casada com Alfredo Monteverde, fundador da rede de varejo Ponto Frio. Em 1969, o empresário foi encontrado morto no próprio apartamento com dois tiros. Na ocasião, a viúva assumiu os negócios da rede de lojas.

O advogado Leonardo Watkins conseguiu barrar na Justiça a venda no Brasil da biografia não autorizada de sua tia, a bilionária brasileira Lily Safra. A decisão, proferida na quinta-feira, 8, pela juíza Carla Melissa Martins Tria, da 7ª Vara Cível de Curitiba, proíbe a Editora Harper Collins, do Grupo News Corporation (de propriedade do magnata da imprensa Rupert Murdock), de vender no Brasil tanto a versão em papel quanto a digitalizada. Se a editora vier a lançar o livro no Brasil, pagará multa de R$ 100 por exemplar vendido. A autora, a jornalista canadense Isabel Vincent, também é ré no processo. Isabel trabalha no jornal New York Post, veículo que integra o conglomerado News Corporation.

Segundo Watkins, o livro, intitulado Gilded Lily, ainda sem tradução para o português, mancha a memória de seu pai e irmão de Lily, o arquiteto Artigas Watkins. Leonardo Watkins não pede indenização financeira, como é comum nesses casos. Quer apenas que a autora e a editora retirem do livro o que qualifica como "versão fantasiosa" da morte do empresário Alfredo Monteverde, o segundo marido de Lily e fundador da rede de varejo Ponto Frio.

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Em agosto de 1969, quando negociava um acordo para se separar de Lily, Monteverde foi encontrado morto em seu quarto com dois tiros. O inquérito policial concluiu que o empresário se suicidou. Lily herdou e assumiu o Ponto Frio. A família de Monteverde, no entanto, não ficou satisfeita e sempre questionou a versão da polícia.

Nos três primeiros capítulos e no epílogo, a biografia não autorizada traz informações que envolvem Artigas no suposto assassinato de Monteverde. O filho Leonardo diz ter ficado consternado ao tomar conhecimento do conteúdo do texto, em julho de 2010, quase um mês após o lançamento do livro. De lá para cá, reuniu uma série de documentos para derrubar a versão da autora.

"Jamais imaginei passar por algo assim. Meu pai era uma pessoa extremamente correta e dedicada à família e sempre se manteve distante da celebridade da irmã", diz Watkins. "Quando tomei conhecimento da biografia, percebi imediatamente que estava diante de uma tremenda fraude, e da apropriação criminosa do nome do meu pai."

Segundo Leonardo, na época da morte de Monteverde o pai era engenheiro aposentado da Caixa Econômica e sócio-diretor da fábrica de vagões da família no Estado do Rio. Tinha renda e patrimônio compatíveis com suas atividades como arquiteto e industrial. "No curto período de quatro anos em que a senhora Lily conheceu e foi casada com o senhor Alfredo, o relacionamento com o meu pai era distante."

Lily casou-se quatro vezes. O último marido foi o banqueiro Edmond Safra, que morreu em um incêndio em seu apartamento em Monte Carlo, em 1999. A autora da biografia levanta suspeitas sobre as circunstâncias da morte de Safra. O jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com a representante da HarperCollins no Brasil para saber a posição da editora, mas ela não retornou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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