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Quem economizou um dinheiro para gastar após as festas de fim de ano pode comemorar. Os shoppings da Região Metropolitana do Recife (RMR) iniciam nesta semana o período de liquidação, com descontos de até 70%.

Pelo segundo ano consecutivo o Shopping Recife realizada, a partir desta quinta-feira (7), o Liquida da Virada. Até o próximo domingo (10) os clientes poderão conferir milhares de ofertas nas 450 lojas do mall.

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No mesmo período, o Shopping Boa Vista promove o tradicional Liquida Tudo Azul. Serão oferecidos descontos que podem chegar a 70%. Haverá remarcações em calçados, vestuário, acessórios e muitos outros produtos.

As promoções do Plaza Shopping também serão oferecidas durante os próximos quatro dias. O Renova Tudo Plaza 2016 promete ser uma excelente oportunidade para começar o ano renovando a casa, o guarda-roupa e atualizar os aparelhos eletrônicos.

O Queima Tudo Tacaruna já começou e segue até o próximo domingo. O mall estará oferecendo ofertas exclusivas em diversas lojas. O último a lançar o período de descontos será o Shopping Guararapes, que inicia a primeira edição da Etiqueta Roxa nesta quinta-feira (8).

A indústria superestimou a produção de televisores para a Copa do Mundo. O varejo reforçou os estoques e o consumidor está comprando uma TV nova, porém num ritmo inferior ao avanço da produção. Esse descompasso explica a guerra de preços que ocorre hoje no varejo e a corrida das grandes redes de lojas para se livrar dos estoques antes do fim da Copa.

Entre janeiro e abril, foram produzidos 5,6 milhões de televisores de LED na Zona Franca de Manaus, apontam dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus. Essa quantidade de TVs é 65,1% maior em relação ao fabricado no mesmo período do ano passado.

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De acordo a própria indústria, as vendas para o consumidor aumentaram entre 30% e 40% nos últimos meses na comparação anual. Isso significa que existe uma sobra de produto no varejo. Prova disso é que os fabricantes anteciparam as férias coletivas de dezembro para a primeira quinzena de junho e encerraram o expediente de produção de TVs para a Copa.

"Não vamos comprar TVs nos próximos 30 dias", diz um executivo de uma grande rede de varejo que prefere não ser identificado. Ele afirma que as suas metas de vendas estão sendo cumpridas. Mas o fato de a rede varejista não pretender voltar tão cedo às compras indica que os estoques estão altos.

"O varejo se preparou para uma venda 80% maior e o crescimento está sendo de 40%", observa uma fonte da indústria. Apesar de as vendas serem positivas, a questão é que as margens, que são pequenas, devem ser achatadas ainda mais porque os varejistas devem cortar preços, temendo o encalhe com a proximidade do fim da Copa.

Coreanas

As duas gigantes do setor de TVs, LG e Samsung, estão satisfeitas com as vendas para o varejo. "Ampliamos em 80%", conta o gerente sênior de TVs da Samsung para o Brasil, William Peter Lima. Ele diz que as vendas totais do varejo cresceram 40%. O bom desempenho alcançado até agora fez com que a subsidiária brasileira da companhia ultrapassasse a China e conquistasse a segunda posição em vendas na corporação, atrás apenas dos Estados Unidos. De toda forma, Lima já espera uma ressaca em julho e agosto nas vendas da indústria para o comércio depois da Copa. Com isso, ele acredita que o segundo semestre será equivalente ao de 2013 ou até menor.

"Não existe descasamento entre produção e vendas de TVs", afirma o gerente-geral de TVs da LG, Rogério Molina. De janeiro a maio, a empresa ampliou as vendas em 60% na comparação anual. Enquanto isso, as vendas totais no varejo cresceram cerca de 30%. Segundo Molina, por enquanto, as vendas estão dentro do previsto. Ele pondera, no entanto, que não sabe o que pode acontecer no segundo semestre, considerando que há uma eleição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O segundo semestre começa com o freio de mão puxado para a indústria e o comércio. Após a paradeira provocada pela Copa e que afetou a atividade em junho, o cenário é pouco animador para julho e agosto. As encomendas do comércio para a indústria de eletrônicos e eletrodomésticos da Zona Franca de Manaus estão devagar e atreladas à expectativa dos varejistas de desovar estoque, especialmente de TVs, antes do fim da Copa.

No setor de vestuário, a situação é inusitada: as lojas começaram a liquidação de inverno praticamente com a abertura da estação, em 21 de junho. "Tínhamos uma previsão que não era boa, mas este mês foi muito ruim", afirma o presidente da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyoun.

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O início de um segundo semestre em desaceleração para o comércio está estampado nas projeções de vendas para julho do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). Segundo projeções feitas por 56 grandes redes varejistas, o faturamento deve crescer 1% em relação a julho de 2013, descontada a inflação, depois de ter avançado 5,4% em maio e 3,9% em junho em comparação aos mesmos meses do ano passado.

De acordo com o Índice de Antecedente de Vendas (IAV), apurado pelo IDV, julho deve ter as menores taxas de crescimento de vendas para todos os segmentos pesquisados. A expectativa é que o faturamento real com bens não duráveis, que são alimentos e produtos de higiene e limpeza, caia 0,2% este ano ante julho de 2013, e no caso dos bens duráveis, que abrange eletroeletrônicos e móveis, é esperado um acréscimo de apenas 0,5% na comparação anual.

As projeções indicam que o melhor desempenho em julho é esperado para o segmento de bens semiduráveis, que envolve artigos de vestuário, com crescimento de 4,7%. Mesmo assim, essa variação é praticamente a metade da esperada para maio e junho, de 10,1% e 9,3%.

"Essas projeções são uma profecia autorrealizável", afirma o vice-presidente do IDV, Fernando de Castro. Ele explica que as grandes varejistas consultadas para elaborar o índice, que juntas representam 28% do varejo nacional, fazem suas encomendas às indústrias levando em conta essa projeção de vendas.

O descompasso entre os estoques no comércio e as vendas e um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) feito com base nos últimos dados do IBGE explicam a cautela nas projeções dos comerciantes e de janeiro a abril, as vendas do comércio varejista restrito, que não inclui veículos, cresceram 5% ante 2013, enquanto os estoques aumentaram 5,2%.

Segundo Fabio Bentes, economista da CNC, os estoques estão pesando mais no varejo no segmento de vestuário e de móveis e eletrodomésticos. Entre janeiro e abril, as vendas de itens de vestuário caíram 1,2% e os estoques aumentaram 0,4% em relação a igual período de 2013. Nos móveis e eletrodomésticos, os estoques cresceram 9,6% no período e as vendas avançaram 4,4%.

Tudo indica que esse quadro de desajuste entre estoque e venda piorou nos últimos meses. "As vendas no varejo saíram fora dos trilhos entre abril e junho", afirma um executivo do varejo que prefere o anonimato. Os comerciantes já esperavam algum enfraquecimento nos negócios, mas o fraco desempenho do período extrapolou as expectativas, diz ele.

Férias

O varejo esperava que as vendas de refrigeradores, lavadoras, fogões e móveis ficassem estáveis entre abril e junho ante igual período de 2013. O que se viu foi queda entre 20% e 30%. Nos itens de informática, as vendas caíram 10%. No de eletroportáteis, houve alta de cerca de 2%, ante expectativa de 10%.

O resultado da frustração de vendas no varejo recai sobre a indústria no período seguinte, com encomendas menores. "Junho não aconteceu para as indústrias da Zona Franca de Manaus", afirma o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, fazendo referência aos pedidos para o segundo semestre. Boa parte das 192 indústrias dos setores de eletroeletrônicos, componentes, relógios e duas rodas de Manaus antecipou as férias coletivas de dezembro para junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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