Tópicos | Luciana Rezende Bandeira de Mello

Limitações alimentares, dificuldade de cicatrização e, consequentemente, sofrimento, os diabéticos vivem essa realidade diariamente. Enxergando isso, a biotecnologia foi um caminho encontrado pela BeOne, negócio social que visa tratar com fototerapia as feridas desses portadores em risco de amputação. 

Encabeçado por Caio Guimarães, empreendedor e pesquisador da área, a ideia pretende ajudar os diabéticos, que já somam cerca de 100 milhões no mundo, de forma simples e de baixo custo através de onda de luz. Em pesquisa realizada fora do Brasil, quando se especializou em tecnologias para área médica, o resultado utilizando o método foi positivo, inclusive, curando feridas que nem antibióticos muito potentes eram capazes de cicatrizar. Inicialmente as aplicações se baseavam em esterilizar feridas de soldados do exército americano, no entanto, dentre as possibilidades existiam para este fim. “A cura das feridas dos diabéticos foi o primeiro passo para expandir as aplicações dessa tecnologia”. 

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Na equipe, além de Guimarães, estão mais três pesquisadores, Bruno Carvalho, Luciana Rezende Bandeira de Mello e Patricia Moura, todos pernambucanos que somam conhecimento às técnicas adotadas para cuidar dessas feridas. Para arrecadar dinheiro com a finalidade de investir no projeto e ampliá-lo, foi criado um crowdfunding através do site Eco do Bem

Foram desenvolvidos equipamentos capazes de entregar essa luz aos tecidos infectados, pois alguns comprimentos possuem propriedades curativas, então, para esses casos são utilizados dois comprimentos, um com propriedade bactericida e outro que é cicatrizante e anti-inflamatório. De acordo com o pesquisador este método é eficiente e de baixo custo - 30 dólares - e juntamente a isto, será usado o InsuGel, um gel criado pelos cientistas da UNICAMP que consegue acelerar o fechamento das feridas em diabéticos. “No espectro visível de 400 a 750 nanometros algumas faixas tem propriedades de cura e nos EUA usávamos no comprimento de onda de luz, ou seja, não tinha nenhum efeito colateral para o corpo humano. Esses comprimentos de onda de luz tem o poder de matar essas bactérias multi resistentes – possui resistência a quase todos os antibióticos”, detalha Guimarães. 

“Através de estudos que já existem sobre o tema, nós propusemos o primeiro tratamento para pé de diabético do mundo, mas ainda não testamos em humanos, mas já existem brasileiros utilizando a fototerapia e as feridas cicatrizaram em 15 dias, porém esses testes foram realizados de forma bem empírica. Em resumo, já é comprovado que o método funciona, só que ninguém protocolou o tratamento e realizou o teste em larga escala para que seja utilizado a fototerapia”, para que seja possível protocolar, o crowdfunding foi criado.

Desde que foi lançado, 48 pessoas doaram valores em apoio ao projeto, sendo 20 delas sem pedirem recompesa que, no neste caso, se baseia no envio de camisetas aos apoiadores. Ao todo, já se somam R$ 30.535 conquistados nessa modalidade de doção de investimentos, no entanto, a meta esperada pelos pesquisadores é de R$ 80 mil. De acordo com o sistema de arrecadação, há 42 dias restantes para o fechamento do crowdfunding. 

Espera que após seis meses da conquista da arrecadação, seja possível oferecer o tratamento para o público voluntário. É esperado que no final do primeiro semestre de 2017 a tecnologia já esteja disponível para toda a população. O Hospital Agamenon Magalhães já é parceiro, na iniciativa de testes desse método, através do especialista em diabetes, o doutor Francisco Bandeira. 

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