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A atriz e produtora americana Jane Fonda, uma "rebelde pura" tanto na vida quanto nas telas, recebeu nesta sexta-feira (19) o prêmio Lumière 2018, durante a 10ª edição do Festival Lumière de Lyon, no centro da França.

"As duas coisas mais formidáveis ​​são a luz e o amor", declarou em perfeito francês a premiada, que afirmou estar "muito emocionada".

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Jane Fonda, de 80 anos, é a segunda mulher a receber este prêmio, que reconhece uma personalidade da sétima arte, depois de Catherine Deneuve em 2016.

Grande parte desta edição do Festival Lumière, que começou no sábado, é dedicada à filmografia de Jane Fonda, com produções como "Jaula Amorosa", de René Clément (1964), "Stanley & Iris", de Martin Ritt (1990), e "Barbarella", de Roger Vadim (1968).

Jane Fonda "faz parte das grandes mulheres independentes de Hollywood. Uma rebelde pura", disse em uma entrevista com a AFP o diretor do Festival Lumière, Thierry Frémaux.

"Não é a única artista que se comprometeu nos 1960, mas nos lembramos dela como uma das que fez isso em um período que não era fácil", acrescentou.

A atriz vencedora do Oscar já havia participado nesta sexta de uma "masterclass" em um teatro na cidade francesa, durante a qual recordou esta parte de sua vida, garantindo que "se tornou uma atriz melhor graças ao ativismo".

"Quando se é ignorante, podem nos perdoar. Mas uma vez que sabemos das coisas, não podemos virar as costas", disse a atriz.

"A morte de Luís XIV", uma produção francesa dirigida pelo espanhol Albert Serra que retrata a lenta agonia do Rei Sol, foi indicada nesta sexta-feira ao prêmio Lumière como melhor filme do ano.

O filme de Serra, que também disputa o prêmio de melhor diretor, competirá com títulos como "Elle", um subversivo thriller dirigido por Paul Verhoeven e protagonizado por Isabelle Huppert, indicada ainda a melhor atriz, e "Une vie", de Stéphane Brizé, uma adaptação do romance de Guy de Maupassant.

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Entre as indicações se destaca a de Gérard Depardieu —surpreendente em sua interpretação de um caçador perdido em meio à floresta em "The End" - e a de "¡Gracias, jefe!", um documentário que se tornou um inesperado sucesso de bilheteria e que conta com muito humor a luta dos trabalhadores contra o grupo do poderoso magnata francês Bernard Arnault.

Os prêmios Lumière, considerados a antessala dos César e que são concedidos por uma centena de correspondentes estrangeiros na França, serão entregues no dia 30 de janeiro em uma cerimônia em Paris.

O cineasta americano Quentin Tarantino recebeu o Prêmio Lumière 2013, nesta sexta-feira à noite (18) na cidade francesa de Lyon, das mãos de sua musa, a atriz Uma Thurman. O diretor de "Cães de aluguel", "Bastardos inglórios" e "Django livre", entre outros sucessos, deu um show à parte, dançando como o ator John Travolta no cultuado "Pulp fiction - tempo de violência".

Segundo Tarantino, o cinema é sua religião e a França, "seu Vaticano". Tarantino manifestou sua alegria em receber o prêmio na cidade onde se criou o cinema e onde os pais dos irmãos Lumière se conheceram. Desse modo, brincou, "o cinema foi inventado, e eu tive uma coisa para fazer".

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O diretor-geral do Festival Lumière, Thierry Frémaux, e o presidente do Institut Lumière, Bertrand Tavernier, destacaram a ampla cultura cinematográfica de Tarantino. Além de Uma Thurman, os atores Harvey Keitel e Tim Roth também homenagearam o diretor. Já o influente produtor e distribuidor americano Harvey Weinstein apontou a generosidade de Tarantino, que contribuiu, por exemplo, para a descoberta do também cineasta Won Kar Way.

Depois da cerimônia, a ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, entregou-lhe a medalha de comendador de Artes e Letras.

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