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Entre os dias 8 e 9 de agosto, a cidade de Belém, sede da COP30 em 2025, receberá uma aguardada cúpula de presidentes de países da Amazônia para discutir proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, mas a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSOL), alertou que é preciso aumentar a participação dos nativos da floresta nos debates.

O evento foi convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mira estabelecer uma posição conjunta dos países amazônicos a ser levada para a próxima cúpula climática das Nações Unidas, a COP28, em Dubai, porém, segundo Guajajara, o formato atual da reunião ainda não prevê uma "ampla representação" dos povos originários.

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"Eu acho que precisa incluir mais participação indígena no momento da cúpula dos presidentes", afirmou a ministra em entrevista exclusiva à ANSA a menos de 20 dias do encontro.

Entre 4 e 6 de agosto, Belém deve receber cerca de mil indígenas para um evento pré-cúpula, o "Diálogos Amazônicos", que servirá justamente para os povos nativos discutirem uma pauta de reivindicações que será apresentada aos presidentes.

"Enquanto ministra, estou trabalhando para que os governos possam agregar esse documento. É preciso aumentar bem a participação indígena nos processos de discussão da proteção da Amazônia e nos espaços de tomada de decisão", ressaltou Guajajara.

A expectativa da ministra é de que a Cúpula de Belém estabeleça "mecanismos concretos" de tutela da biodiversidade, das florestas e dos direitos dos povos nativos e das comunidades tradicionais, sem esquecer da "segurança dos defensores e defensoras do meio ambiente e dos indígenas, que acabam sendo um alvo muito grande de assassinatos e violência".

Existe a expectativa - ventilada pelo próprio Lula - de que todos os países amazônicos se juntem ao Brasil no compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030, mas Guajajara ainda é cautelosa.

"Em 45 anos de existência do Tratado da Cooperação da Amazônia, essa é a quarta reunião dos presidentes.

*Da Ansa

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