O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta terça-feira (7), que tem um favorito para assumir o comando do Ministério da Educação (MEC), mas não revelou o nome. Em entrevista coletiva para anunciar que havia sido infectado pela Covid-19, o presidente disse que gostaria de escolher o novo titular do MEC ainda nesta terça.

“Muitos querem ser ministro, mas quando veem o tamanho do problema, a gente em comum acordo diz que fica difícil. Ninguém quer chegar lá dando murro em ponta de faca. Uma grande realidade é que a educação não está dando certo. Temos excelentes currículos, mas quando veem o problema”, contou aos jornalistas.

“Gostaria de decidir hoje. Temos bons currículos. Tenho um favorito, mas não posso falar porque o mundo cai na cabeça dele. Ele sabe disso. É um candidato no estado de São Paulo. E temos como reserva o Major Victor Hugo, mas vão cair em cima dele por ser militar. Ele é um excepcional reserva. Será um bom nome”, acrescentou.

Antes disso, Bolsonaro também observou que o MEC é uma pasta complexa. “Tem seus problemas ao longo dos anos, como você vê a própria prova do Pisa somos o último ou penúltimo. Sinal que a política do Paulo Freire não deu certo. Tem muita coisa a ser mudada, ainda existe um certo aparelhamento”, argumentou.

Desde a exoneração de Abraham Weintraub, o MEC está sem ministro. O primeiro nome indicado foi o de Carlos Alberto Decotelli, que pediu demissão antes mesmo de tomar posse, após ter o currículo contestado. Depois, Jair Bolsonaro convidou o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder. Houve resistência ao nome de Feder que, no domingo (5), anunciou que declinaria e recusaria o convite.