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A Ferrari precisa "melhorar 360 graus" em 2020 já que, para ganhar na Fórmula 1 atualmente, "é preciso ser perfeito", analisou nesta quarta-feira (11) o chefe da escuderia italiana, Mattia Binotto, em seu balanço da temporada 2019.

"Não estamos diante de um só desafio, mas sim de vários, como o rendimento de nosso carro, sua confiabilidade, a estratégia, os pilotos", detalhou Binotto à imprensa em Maranello.

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A temporada de 2019 "foi moderada e não estivemos à altura de nossas ambições" (2º na classificação do Mundial de Construtores a 235 pontos da Mercedes, 4º e 5º no Mundial de Pilotos), lamentou por sua vez Louis Camilleri, diretor-geral da Ferrari.

Camilleri, porém, garantiu que apoia a atual equipe e que "temos o talento e a liderança que precisamos".

Os dois dirigentes reconheceram "erros" em muitas áreas: confiabilidade, estratégia, gestão dos pilotos e dos pit-stops.

Binotto lembrou que a Ferrari iniciou o ano convencida de que tinha "uma vantagem de rendimento clara sobre a concorrência" devido ao domínio nos testes de pré-temporada.

"Demoramos quatro ou cinco corridas para entender que nosso carro não era o mais rápido. Talvez nosso primeiro erro foi não ter tido a capacidade de detectar nossa fraqueza", admitiu o engenheiro, antes de destacar "a resposta positiva na segunda metade da temporada".

"Reduzimos substancialmente a brecha, mas ela ainda existe e é um ponto a trabalhar no ano que vem", concordou Camilleri.

A apresentação do novo carro da Ferrari acontecerá em 11 de fevereiro, antes dos testes de pré-temporada em Barcelona, no dia 19.

A Ferrari confirmou nesta segunda-feira a saída de Maurizio Arrivabene do comando do time na Fórmula 1. O time italiano será liderado a partir de agora por Mattia Binotto, que era o chefe do departamento técnico da equipe e tem quase 25 anos de trajetória na escuderia.

A saída já era esperada desde o início do dia, quando o jornal italiano La Gazzetta dello Sport antecipou a mudança no comando da Ferrari. Arrivabene chefiava o time italiano há quatro anos.

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"A decisão foi tomada em conjunto com os principais dirigentes da empresa, após longas discussões relacionadas às preferências pessoais de Maurizio e também os interesses do time", anunciou a Ferrari, em comunicado. "A Ferrari gostaria de agradecer ao Maurizio por sua contribuição valorosa ao crescimento da competitividade da equipe nos últimos anos. E desejamos o melhor a ele em seu futuro."

De acordo com o jornal italiano, o relacionamento entre Arrivabene e Binotto ficou tenso no ano passado, principalmente após as férias de verão na Europa, quando a Ferrari, com o melhor equipamento, perdeu espaço para a Mercedes e viu o inglês Lewis Hamilton conquistar o pentacampeonato. E a equipe alemã ganhou o Mundial de Construtores.

A ascensão de Binotto, que está na Ferrari há duas décadas, é consequência das mudanças que a tradicional equipe italiana atravessa desde a morte de Sergio Marchionne, antigo diretor-executivo do Grupo Fiat, a qual pertence a Ferrari.

A mudança na estrutura interna da escuderia abriu novas disputas. No fim, prevaleceu Mattia: de acordo com "La Gazzetta dello Sport", o atual diretor-técnico contou com o apoio de John Elkann, presidente da Ferrari desde a morte de Marchionne.

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