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A Ferrari confirmou nesta segunda-feira a saída de Maurizio Arrivabene do comando do time na Fórmula 1. O time italiano será liderado a partir de agora por Mattia Binotto, que era o chefe do departamento técnico da equipe e tem quase 25 anos de trajetória na escuderia.

A saída já era esperada desde o início do dia, quando o jornal italiano La Gazzetta dello Sport antecipou a mudança no comando da Ferrari. Arrivabene chefiava o time italiano há quatro anos.

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"A decisão foi tomada em conjunto com os principais dirigentes da empresa, após longas discussões relacionadas às preferências pessoais de Maurizio e também os interesses do time", anunciou a Ferrari, em comunicado. "A Ferrari gostaria de agradecer ao Maurizio por sua contribuição valorosa ao crescimento da competitividade da equipe nos últimos anos. E desejamos o melhor a ele em seu futuro."

De acordo com o jornal italiano, o relacionamento entre Arrivabene e Binotto ficou tenso no ano passado, principalmente após as férias de verão na Europa, quando a Ferrari, com o melhor equipamento, perdeu espaço para a Mercedes e viu o inglês Lewis Hamilton conquistar o pentacampeonato. E a equipe alemã ganhou o Mundial de Construtores.

A ascensão de Binotto, que está na Ferrari há duas décadas, é consequência das mudanças que a tradicional equipe italiana atravessa desde a morte de Sergio Marchionne, antigo diretor-executivo do Grupo Fiat, a qual pertence a Ferrari.

A mudança na estrutura interna da escuderia abriu novas disputas. No fim, prevaleceu Mattia: de acordo com "La Gazzetta dello Sport", o atual diretor-técnico contou com o apoio de John Elkann, presidente da Ferrari desde a morte de Marchionne.

A Ferrari revelou nesta segunda-feira que análises realizadas no carro de Kimi Raikkonen apontaram que as avarias provocadas no carro dele no incidente com o alemão Nico Rosberg o impediram de conquistar uma vaga no pódio no GP da Malásia, no Circuito Internacional de Sepang.

Na 38ª volta da corrida, Rosberg conseguiu a ultrapassagem sobre Raikkonen na curva 2, mas tocou no carro de Raikkonen. Ambos continuaram na prova e o alemão recebeu uma penalidade de acréscimo de dez segundos no seu tempo final. Ainda assim, conseguiu sustentar a terceira posição, com uma vantagem de pouco mais de três segundos para o finlandês, o quarto colocado.

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"Foi impossível lhe dar mais força", disse o chefe da equipe Ferrari, Maurizio Arrivabene. "Em razão do toque com Nico, Kimi perdeu parte do assoalho e da asa dianteira. Pelo cálculos que os engenheiros fizeram, ele perdeu mais de dez pontos (de downforce), então era praticamente impossível alcançar (Rosberg) nessa situação", acrescentou.

Assim, Arrivabene lamentou que o incidente com Rosberg tenham impedido a Ferrari de levar um dos seus pilotos ao pódio no GP da Malásia. "Sim, é uma pena que Kimi não terminou no pódio. Mas, com o toque, todas as chances se foram", declarou o dirigente.

Como Sebastian Vettel abandonou a prova malaia e Raikkonen somou 12 pontos, a Ferrari ficou a 46 da Red Bull na luta pelo segundo lugar no Mundial de Construtores após a equipe rival conseguir uma dobradinha com Daniel Ricciardo e Max Verstappen. "Vai ser difícil, mas vamos lutar. Este é o nosso trabalho e é isso que temos de fazer", concluiu Arrivabene.

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