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Apesar da surpresa com a alta de 0,01% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, a MCM Consultores manteve a projeção de 6,30% para o dado fechado deste ano. O cenário básico da consultoria contempla a "premissa" de reajuste de 5% no preço da gasolina nas refinarias em novembro. Caso se concretize, este aumento terá um impacto de 0,15 ponto porcentual na inflação, de acordo com relatório da MCM.

Apesar da desaceleração mais intensa que a esperada pelos economistas da consultoria, que era de 0,05%, a expectativa agora é de que a taxa mensal de inflação acelere ao longo deste mês. A estimativa é de que o IPCA-15 de agosto apresente alta de 0,18%, ante 0,17% em julho, e o IPCA suba 0,25%.

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"A esperada reversão da expressiva queda do valor das passagens aéreas, a moderação do recuo dos preços dos alimentos e combustíveis e a elevação gradual dos artigos de vestuário mais do que compensarão os efeitos baixistas de alguns serviços, tais como hotel e excursão, que ainda continuarão a devolver as altas decorrentes do evento da Copa do Mundo", avaliaram, em relatório, os economistas da MCM.

No IPCA de julho, as passagens aéreas tiveram queda de 26,86%, enquanto as diárias de hotéis ficaram 7,65% mais baratas. Já o etanol cedeu 1,55% e a gasolina recuou 0,80%. Os grupos Vestuário e Alimentação apresentaram taxas negativas de 0,24% e 0,15%, respectivamente.

A MCM Consultores passou a atribuir uma probabilidade de 60% de derrota de Dilma Rousseff na eleição presidencial em outubro. Desde abril, a consultoria trabalhava com um cenário de probabilidade equivalente à reeleição e à vitória da oposição. Hoje, os analistas da MCM rebaixaram as chances da presidente e agora trabalham com uma probabilidade de 60%-40% contra a reeleição.

"Não estamos declarando taxativamente, é bom esclarecer, que a presidente Dilma não se reelegerá. Longe disso. É muito cedo. A campanha ainda nem começou efetivamente", escreveram os analistas da MCM na nota enviada a clientes. "Contudo, a nosso juízo, já existem elementos suficientes para atribuir mais probabilidade de vitória à oposição do que à candidatura governista."

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Segundo a MCM, as últimas pesquisas Datafolha e Ibope representaram um ponto de virada ("turning point") para o novo cenário, agora desfavorável à reeleição. "Ambas mostraram continuidade na tendência de encurtamento da vantagem de Dilma frente a Aécio Neves e Eduardo Campos no segundo turno e aumento da diferença entre a rejeição à presidente e aos candidatos de oposição", afirmaram os analistas.

Além das pesquisas, destacou a MCM, a mudança de cenário também levou em conta a piora do quadro econômico, "sintetizado pelo resultado decepcionante do último Caged (abertura de apenas 25 mil vagas de trabalho em junho), os sinais de forte rejeição ao PT no Sudeste - de maneira mais acentuada em São Paulo -, e a baixa competitividade das candidaturas petistas nos estados mais importantes do País, excetuando-se Minas Gerais, onde Fernando Pimentel lidera as pesquisas".

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