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A empresa de alimentos Heinz Brasil S.A fará uma reposição de mais de 22 mil unidades de seu produto “Molho de Tomate com Pedaços Tradicional” devido à existência de fragmentos de pelo de roedor no produto. A campanha foi protocolada na Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A presença de pelo de roedores oferece risco à saúde humana e foi comprovada pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina.

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De acordo com a empresa, o “recall” atinge unidades produzidas em 25 de janeiro de 2016, com vencimento em 25 de julho de 2017. Os produtos foram colocados no mercado com numeração de lote L25 20:54 M3-.

O Código de Defesa do Consumidor determina que o fornecedor repare ou troque o produto defeituoso a qualquer momento e de forma gratuita. Se houver dificuldade na troca, a recomendação é procurar um dos órgãos de proteção e defesa do consumidor.

Mais informações sobre o recall podem ser obtidas junto à Heinz, por meio do telefone 0800 773 7737 ou acesse o site: www.heinzbrasil.com.br.

A dona de casa Adriana Cristina Drizian, de 40 anos, encontrou um pedaço do que parecia ser a "pele de um sapo" dentro de um sachê de molho de tomate refogado da marca Predilecta. Foi o terceiro caso denunciado à polícia de Araçatuba (SP) nos últimos dias por consumidores que encontraram "corpos estranhos" nos sachês do molho de tomate.

Adriana disse que comprou o molho 15 dias antes e quando foi usá-lo, nesta segunda-feira, 12, encontrou uma pele de animal, que parecia ser um pedaço de "couro de sapo". Ela foi ao supermercado onde fez a compra e recebeu a informação de que o produto já tinha sido retirado da prateleira por problemas anteriores. A dona de casa registrou o caso na polícia, a exemplo de outros dois consumidores que também encontraram objetos estranhos nos sachês de alimento.

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Na quarta-feira, dia 07, um vigilante de 32 anos, encontrou metade de uma perereca (filhote de rã) dentro de um sachê. Antes dele, no dia 27 de julho, a dona de casa Amanda Flausino já tinha encontrado um "corpo estranho" no sachê da mesma marca.

Os casos estão sendo apurados pela Polícia Civil de Araçatuba, que enviou os materiais para o Instituto de Criminalística (IC) e este deve acionar a Vigilância Sanitária. Em maio, o Procon do Rio interditou um lote e obrigou a Predilecta a retirar do mercado o mesmo produto depois que uma consumidora encontrou um "corpo estranho" num dos sachês, no Rio. No mesmo mês, a Secretaria de Saúde do Rio determinou a suspensão de venda e uso de um lote de polpa de tomate da mesma marca, após encontrar pelo de animal numa das embalagens.

A empresa encaminhou nota à reportagem informando que soube dos problemas pela imprensa e os classificou como "pontuais, nenhum deles relacionado à qualidade de nossos produtos e nem tampouco decorrentes do processo industrial." Disse que se restringiram a "embalagens específicas" e negou enfaticamente que seus produtos estejam fora dos padrões de qualidade, certificados por institutos nacionais e internacionais. "O ideal nesse caso é termos o produto juntamente com a embalagem original para uma avaliação mais especifica", diz a nota.

Uma moradora de Franca, no interior paulista, teve uma surpresa desagradável ao preparar uma macarronada para a família. Quando despejou o molho na panela, assim que esquentou ele começou a espirrar para todo lado. Ao verificar o que acontecia, se deparou com um objeto estranho em seu interior. Assustada, a mulher e a família perderam até a fome devido à aparência repugnante daquilo que estava no meio do molho.

Ao lado da filha, que é nutricionista, a dona de casa Solange Aparecida Borges procurou a Vigilância Sanitária. O objeto estranho foi identificado como sendo um sapo, mas os fiscais sanitários disseram que pouco poderiam fazer porque a embalagem já havia sido aberta. O responsável pela Vigilância Sanitária de Franca, José Conrado Neto, disse que os laboratórios não costumam pegar produtos abertos para analisar. Isso porque se o caso for parar na Justiça, esse tipo de prova não tem valor, pois, o produto deveria ter sido entregue fechado. Segundo ele, a fiscalização esteve no supermercado onde o produto foi adquirido, mas não localizou outros itens do mesmo lote e nem com a mesma validade.

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Foram coletadas então amostras de outro lote, sendo encaminhadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, cujo resultado é aguardado. "Mas como não era o mesmo lote, talvez não de resultado", contou Neto. Ele confirmou que o objeto estranho seria mesmo um sapo e que procurou achar em outros estabelecimentos da cidade o mesmo lote do produto em questão, o Molho de Tomate Pomarola, mas não obteve êxito.

Solange disse que entrou em contato com a empresa logo após o ocorrido e acredita que imediatamente foram recolhidas todas as unidades desse lote justamente para evitar uma punição. Segundo ela, não havia como saber que tinha um sapo dentro do sachê sem abrir a embalagem. "Estão dizendo que aberto não vale, mas se for preciso vou pagar uma análise particular e acionar a companhia na Justiça", afirmou.

Ela falou que ficou muito assustada e que a intenção não é lucrar com isso, mas sim alertar todas as donas de casa a esse respeito. Segundo Solange, a empresa mandou buscar o molho, mas ela cortou o objeto estranho pela metade para ter uma prova em mãos. "Eles também quiseram me dar outro produto igual como reembolso, mas achei isso uma ofensa e não aceitei". Ela também acionou o Procon que apura o caso.

Bolor

A reportagem entrou em contato com a Cargill, que fabrica o Molho de Tomate Pomarola. Vinícius Riqueto de Oliveira, do setor de comunicação de Assuntos Corporativos da empresa, disse que entraria em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para saber o resultado da análise feita no produto recolhido em Franca. Segundo ele, nesses casos a amostra é examinada em um laboratório independente e o consumidor é posteriormente avisado sobre as conclusões.

Indagado se poderia um sapo ir parar na embalagem, ele disse acreditar que não. "Dentro do processo de fabricação não tem nem como", afirmou. Oliveira falou que alguns consumidores alegam esse tipo de coisa, mas o que acontece às vezes é de entrar ar na embalagem, até mesmo quando ela já se encontra dentro do carrinho no supermercado. "Aí o ar e causa bolor gerando um aspecto estranho".

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