Tópicos | Mônica Tereza Benício

O assassinato da ex-vereadora Marielle Franco completa quatro anos nesta segunda-feira (14). A parlamentar foi morta junto ao seu motorista, Anderson Pedro Gomes, dentro de um carro, enquanto cruzavam o Centro do Rio, em 2018, ao lado da assessora de Marielle, que sobreviveu. Apesar da acusação contra Ronnie Lessa, hoje réu pela morte da carioca, o crime segue sem respostas fundamentais para a elucidação do caso, como a possibilidade de mandantes e o cunho político do assassinato.

A viúva de Marielle, a vereadora Mônica Benício (PSOL-RJ), voltou a falar sobre a rotina após a morte da companheira e relata que sente “má-fé” nas investigações. 

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“O que o Estado brasileiro diz hoje, enquanto não responde quem mandou matar Marielle, é que tem um grupo político capaz de assassinar como forma de fazer política e que isso é passível de impunidade. Estou cansada de fazer reuniões protocolares, para instituições dizerem que estão trabalhando, mas que não podem me apresentar resultados. Quatro anos depois, o sentimento pra mim é que o governador Cláudio Castro é muito incompetente ou que há muita má-fé nisso”, declarou Benício em entrevista ao Metrópoles. 

O caso já passou por cinco trocas de titularidade através da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Até então, dois homens foram presos preventivamente, acusados de serem autores do assassinato: o ex-policial militar Ronnie Lessa, com a ajuda do também ex-militar Élcio Queiroz, que dirigiu o carro usado no atentado. A resposta de que o crime foi motivado por “ódio” não convenceu a família de Marielle, que acredita na existência de mandantes. 

“Não cogito a possibilidade de esse assassinato não ser elucidado. Mas é desanimador, cansativo e muito preocupante chegar ao marco de quatro anos sem a resposta de quem foi que mandou a Marielle e por quê”, afirmou a viúva.  

Ela tenta levar adiante o legado da companheira, “para que Marielles possam florescer e viver suas vidas plenas e não as terem ceifadas por uma política machista”.

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