A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão feito pela Justiça do Rio e deteve por 30 dias a advogada Ieda Cristina Martins, de 42 anos, suspeita de participar da ocultação do cadáver do zelador Jezi Lopes de Souza, de 63 anos, morto pelo seu marido em São Paulo. Ieda é investigada pela morte do empresário José Jair Farias, ocorrida em 20 de dezembro de 2005 em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Farias foi casado com a advogada, atual mulher do publicitário Eduardo Martins.
A decisão sobre a prisão de Ieda foi dada no plantão judicial neste sábado (7). Ela está sendo ouvida na noite desta segunda-feira (9), pelo caso do zelador, e a polícia do Rio também vai interrogá-la sobre a morte do ex-marido. A polícia trouxe os projéteis usados nos disparos que mataram o ex-marido de Ieda. Será feita uma comparação balística com a arma encontrada na casa do casal em São Paulo. O aposentado Elias Martins, pai do publicitário acusado pela morte do zelador, também está sendo ouvido. Ele é o dono da casa onde o corpo de Jezi Lopes de Souza foi encontrado. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio, ainda não está decidido se Ieda será transferida para o Rio de Janeiro.
##RECOMENDA##Caso- Antes de conhecer Martins, Ieda viveu com Farias, com quem teve um filho, José Jair Farias Junior, hoje com 19 anos. O casal já estava separado quando Ieda conheceu Martins. Eles passaram a morar juntos em 2001. Nessa época, Ieda e o ex-marido ainda disputavam a guarda do filho.
Familiares de Farias contaram à polícia que Ieda exigia dinheiro do ex-marido para permitir que ele visse a criança. Farias chegou a gravar conversas telefônicas e anotar pagamentos que fazia à ex-mulher. Em 2002, ele registrou na polícia ameaças que teriam sido feitas por Martins. Em 9 de dezembro de 2005, Ieda registrou queixa contra Farias, acusado de ter ido à escola buscar o filho do casal sem avisar a ex-mulher. No dia 20 de dezembro de 2005, Farias foi encontrado morto com dois tiros, dentro de seu Corsa prata, na Estrada dos Palmares, em Santa Cruz. A polícia não chegou a nenhuma conclusão sobre o crime.