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As bandeiras do movimento rastafári e o doce aroma da maconha tomaram, neste domingo (22), a principal avenida de Santiago na 12ª versão da marcha anual "Cultive seus direitos", que reivindica a descriminalização do cultivo para consumo próprio e o fim das políticas proibitivas no Chile.

"Pela saúde, pela dignidade e pela liberdade", dizia um dos cartazes levados pelas organizações sociais que promovem a legalização total da planta, em um país onde o consumo privado da maconha é permitido, mas sua venda, não.

Em um ambiente de festa, com centenas de bandeiras nas cores verde, amarelo e vermelho, e dançando ao som de tambores, milhares de pessoas marcharam em frente ao Palácio La Moneda, sede do governo.

Ao longo do trajeto, os manifestantes assinaram um documento que será entregue ao governo da socialista Michelle Bachelet, no qual se pede o respeito "aos direitos humanos dos usuários medicinais e recreativos", declararam os organizadores.

No ano passado, o governo chileno anunciou o plantio e a colheita de quase 7.000 plantas de maconha destinadas à elaboração de um fitoterápico para patologias associadas ao câncer e à epilepsia.

Em 2015, um decreto de Bachelet permitiu o uso da maconha, da resina de maconha, de extratos e de tinturas para a elaboração de produtos farmacêuticos para serem adquiridos em farmácias mediante receita médica.

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