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Os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, foram históricos para o Brasil, que encerrou a competição com a melhor campanha da sua história. O País terminou no topo do quadro geral pela quinta vez consecutiva, com 343 medalhas, sendo 156 de ouro, 98 de prata e 89 de bronze, mais do que o dobro dos Estados Unidos, o segundo colocado geral.

A campanha em Santiago superou a mais vitoriosa até então, registrada nos Jogos de Lima-2019, onde o Brasil conquistou 308 pódios (124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze). O nadador carioca Douglas Matera, que tem deficiência visual, foi um dos que mais contribuíram = para essa façanha. Ele encerrou esta edição dos Jogos como o maior colecionador de medalhas de ouro do País, com oito douradas.

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O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, classificou o resultado como "extraordinário". O dirigente é bicampeão paralímpico de futebol de cegos (Atenas-2004 e Pequim-2008) e já foi eleito o melhor jogador do mundo em 1998.

"Mais de 100 medalhas conquistadas por atletas jovens. Realmente uma competição espetacular! Saímos daqui muito orgulhosos e muito emocionados com esse feito extraordinário dos nossos grandes atletas", comemorou.

A delegação brasileira viajou para o Parapan de Santiago com 324 atletas, sendo 190 homens e 134 mulheres, que representam 24 estados brasileiros em 17 modalidades. Entre eles, 132 (40,7%) eram estreantes, o que mostra um rejuvenescimento do grupo.

ÚLTIMO DIA DE PARAPAN

No último dia de provas, atletas brasileiros do ciclismo e do badminton foram ao pódio para receber um total de 11 medalhas, cena que acabou se tornando rotineira durante os dez dias de competições. Foram cinco ouros e seis pratas no domingo.

A brasiliense Daniele Souza foi uma das estrelas, vencendo no badminton e levando a medalha de ouro na classe WH1, título que dedicou à família e à comissão técnica. Hoje com 30 anos, ela contraiu uma infecção hospitalar ao nascer que atingiu a coluna e causou paraplegia.

"Muita emoção. É gratificante saber que o trabalho que eu andei fazendo deu certo e dessa vez o ouro foi meu, mas ele vai para a minha família e meus técnicos. Agradeço, principalmente, a Deus. Foi uma grande vitória por tudo que passei nesse ano e esse ouro foi muito bom mesmo", disse.

DE OLHO EM PARIS

Com os Jogos Paralímpicos de Paris-2024 no horizonte, o presidente do CPB projeta que o Brasil repita a campanha de superação alcançada em Santiago. "Nossa expectativa, e estamos trabalhando intensamente para isso, é registrar na Cidade Luz o melhor resultado de todos os tempos, desde a primeira participação do Brasil em 1972", afirma. O evento acontecerá entre 28 de agosto a 8 de setembro do ano que vem.

Os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, serão abertos oficialmente nesta sexta-feira (17), às 20h30 (horário de Brasília), em cerimônia no Estádio Nacional. O evento reúne 1.927 atletas de 33 países, competindo em 17 modalidades, até o próximo dia 26 de novembro.

O Brasil defende uma hegemonia na liderança do quadro de medalhas do Parapan, iniciada em 2007, quando o Rio de Janeiro sediou o evento. Em Lima (Peru), há quatro anos, os brasileiros alcançaram um recorde de 308 pódios, sendo 124 deles dourados.

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“O Parapan é a primeira grande competição de um atleta paralímpico. Tive o prazer de competir em quadro edições e contribuir com medalhas em todas elas. Os 124 ouros de Lima serão o número mágico [para alcançar em Santiago]”, afirmou o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Yohansson Nascimento, à Agência Brasil.

Na delegação brasileira, 132 são estreantes em Parapan (aproximadamente 40% do total). A cearense Tércia Figueiredo faz parte desse grupo. A tenente reformada, que perdeu a força e o equilíbrio nas pernas por causa de um acidente de trabalho em 2011, integra a seleção de tiro com arco, modalidade que retorna ao evento após ficar fora em 2019.

“Sou uma pessoa que fala, inquieta, dinâmica, o que não tem nada a ver com os traços de um excelente arqueiro [risos]. Uma coisa que aprendi no tiro com arco é que ele se adapta a você. No momento que sentei no banco [para atirar], encontrei a modalidade que me fez sair de um quadro depressivo, que encaixei em minha nova vida”, disse Tércia à Agência Brasil.

No Chile, a atiradora tem a missão de ajudar o Brasil a garantir uma das vagas da modalidade à Paralimpíada de Paris (França) em 2024. Para isso Tércia tem de chegar, ao menos, à final do arco recurvo feminino.

“Tenho de sentar lá [para atirar] e me divertir, mas que essa diversão seja com responsabilidade e profissionalismo, trazendo essa vaga para o Brasil. E no ano que vem treinar mais para que essa vaga conquistada seja minha”, projetou a cearense.

Paris 2024

Ao todo, o Brasil disputará em Santiago vagas paralímpicas em oito modalidades. No tiro com arco, além do recurvo, os finalistas do arco composto e os ganhadores da classe W1 (atiradores com deficiências graves em três ou quadro membros do corpo) também garantem lugar em Paris aos respectivos países.

No basquete em cadeira de rodas, as seleções campeãs masculina e feminina se classificam à Paralimpíada. Entre as mulheres, a equipe medalhista de prata vai para uma repescagem mundial, assim como os segundo e terceiro colocados do torneio dos homens. Nas duas seletivas, que serão disputadas no ano que vem, os três melhores se garantem em Paris.

O Brasil não participa da Paralimpíada na modalidade desde 2016, no Rio. A última vez que uma seleção nacional foi aos Jogos sem ser o país-sede foi em Londres (Reino Unido), em 2012, com a equipe feminina, bronze no Parapan de Guadalajara (México) um ano antes. Já o time masculino não conquista a vaga paralímpica desde o bronze parapan-americano de 2007, que garantiu lugar aos brasileiros na edição de Pequim (China) em 2008.

“Teremos que desbancar equipes como Estados Unidos, que são os melhores do mundo, Canadá, Argentina e Colômbia. Na repescagem, são três vagas, mas contra o mundo inteiro. Então, o Parapan será a competição mais importante para nossa vida”, destacou Anderson Ferreira, da seleção brasileira masculina, à Agência Brasil.

Outro esporte no qual o Brasil tenta voltar à Paralimpíada é o rugby em cadeira de rodas. A seleção verde e amarela, assim como no basquete, não compete no maior evento paradesportivo do planeta desde os Jogos do Rio, em 2016. Somente o título parapan-americano dá vaga direta para Paris. Os medalhistas de prata e bronze disputarão uma seletiva mundial em 2024.

No goalball, esporte para atletas com deficiência visual e único da Paralimpíada (e do Parapan) que não é uma adaptação, o Brasil está garantido nos Jogos do ano que vem entre os homens, atuais tricampeões mundiais e paralímpicos. A equipe feminina, contudo, precisa ser ouro em Santiago para se classificar a Paris.

No tênis de mesa, os medalhistas de ouro das provas individuais asseguram vaga nominal à Paralimpíada. É a mesma situação do tênis em cadeira de rodas nas disputas de simples (masculina e feminina) da classe Open (tenistas com deficiências de membros inferiores).

O tiro esportivo é outra modalidade na qual os brasileiros tentarão garantir lugar em Paris. Em quatro das provas, o campeão se classifica. Três são da classe SH1 (atiradores que não requerem apoio para a arma): carabina de ar deitado mista e pistola de ar (masculina e feminina). A outra é a carabina de ar mista em pé da classe SH2 (atletas que não têm habilidade para suportar o peso da arma e necessitam de suporte).

Por fim, na bocha uma das vagas paralímpicas será do país campeão na disputa por equipes mistas que reúne as classes BC1 e BC2 (atletas que utilizam as mãos ou os pés para arremessar). As demais são voltadas aos medalhistas de ouro nas disputas de pares, masculina e feminina das classes BC3 (jogadores com deficiências severas, que têm apoio de uma calha) e BC4 (lesionados medulares).

“Das 22 modalidades que estarão presentes na Paralimpíada de Paris, no próximo ano, queremos muito que todas estejam representadas pelo Brasil”, afirmou Yohansson.

A exceção

Entre os 17 esportes com disputa por medalha em Santiago, somente o futebol de paralisados cerebrais (ou futebol PC) não faz parte da Paralimpíada, deixando o programa paralímpico após 2016. Com isso, apesar de existir um Campeonato Mundial, o Parapan se tornou uma competição fundamental para quem vive da modalidade no país.

“Estamos treinando muito forte há quatro anos. Hoje, nosso ápice é o Parapan. Se Deus quiser, tudo dará certo. [Voltaremos] com o ouro novamente”, declarou Moacir Fernando, goleiro da seleção de futebol PC, à Agência Brasil.

“Viemos de um terceiro lugar no Mundial [de 2022, em Salou, na Espanha], que foi importantíssimo, contra grandes equipes. Agora vamos tentar manter nossa hegemonia”, completou o técnico Paulo Cabral, também à Agência Brasil, lembrando que a seleção foi campeã do Parapan nas três edições anteriores nas quais a modalidade foi disputada no evento.

Bolsa Atleta

O Brasil está em Santiago com 324 esportistas, sendo que 288 integram o Bolsa Atleta, programa federal de patrocínio individual, o que representa 88,9% do total. A delegação conta ainda com dez atletas-guia do atletismo (que auxiliam corredores com deficiência visual), três calheiros da bocha (modalidade cujos esportistas possuem alto grau de comprometimento motor) e dois goleiros do futebol de cegos (únicos da equipe que enxergam).

 

O Brasil somou mais uma vaga para os Jogos Olímpicos de Paris ano que vem. Nesta segunda-feira, Isabela Abreu terminou em nono lugar na prova feminina do pentatlo moderno nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, mas foi classificada por ser a melhor sul-americana, ficando com uma das duas vagas do continente.

A medalha de ouro e de prata ficaram para as irmãs mexicanas Mayan e Catherine Mayran. O bronze foi conquistado por Sophia Hernandez, da Equipe de Atletas Independentes (EAI).

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No boxe, Keno Marley garantiu presença na semifinal na categoria até 92 quilos, ao vencer o equatoriano Marlon Hurtado, por pontos, após três assaltos, em decisão unânime dos cinco jurados.

Keno vai disputar uma vaga na final com a medalha de bronze garantida porque no boxe não há disputa de terceiro lugar e os perdedores na semifinal já garantem a premiação.

BRONZE NO ESQUI SLALOM

A primeira medalha do dia veio com Felipe Simioni Neves no esqui aquático. O brasileiro levou o bronze na categoria slalom, garantindo o País no pódio da modalidade pela primeira vez. Nathan Smith, dos Estados Unidos, levou o ouro.

REMO SEM MEDALHA

O primeiro dia de finais do remo foi de lamentação para o Brasil, que bateu na trave do pódio duas vezes. Na categoria Skiff Quádruplo feminino, o País terminou no quarto lugar, com 6min41s18 de prova. O ouro foi para os Estados Unidos, com 6min26s04, seguido por Chile (6min26s81) e Canadá (6min35s62).

Milena Matias e Marcia Clara Lewenkopf também não se deram bem na decisão do Dois Sem, com o Brasil somando novo quarto lugar, com 7min22s63, desta vez atrás de Estados Unidos, Canadá e Paraguai, que liderou boa parte da final e acabou perdendo o fôlego no fim. Já entre os homens, no M2, Alef Fontoura e Bernardo Boggian Timm terminaram na sexta colocação, com 6min46s17. Estados Unidos, Uruguai e México formaram o pódio.

A Prefeitura de São Paulo e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) vão apresentar nesta quinta-feira, em Santiago, no Chile, a candidatura da capital paulista para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031. O secretário de Esportes e Lazer, Cacá Viannna, e o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, estão na capital chilena, sede da atual edição do Jogos, para entregar uma carta de intenção à Pan Am, entidade responsável pela organização do evento continental.

Acompanhado de uma comitiva da Prefeitura, Vianna participará da cerimônia de abertura do Pan, sexta-feira, e se reunirá com Neven Ilic, presidente da Pan Am Sports, para colher detalhes sobre a infraestrutura necessária para sediar os Jogos em 2031. Também será realizada a inauguração da "Casa São Paulo", um espaço de relacionamento destinado a apresentar a cidade aos outros países, assim como haverá a "Casa Brasil", com o mesmo intuito.

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Em nota oficial, a Secretaria de Esportes e Lazer defende que a experiência "como uma das sedes da Copa do Mundo (de futebol) de 2014" credencia a cidade para sediar uma edição do Pan. "São Paulo já possui toda uma estrutura em termos de estádios, hotéis e transportes para sediar um evento como os Jogos Pan-Americanos. O potencial econômico da capital irá facilitar as melhorias necessárias do demais equipamentos esportivos", diz o texto.

Caso alcance o objetivo, a capital paulista sediará os Jogos Pan-Americanos pela segunda vez na história. A primeira e única, até o momento, foi em 1963, quando delegações de 22 países desembarcaram em solo paulistano para as disputas esportivas. Na ocasião, a abertura foi realizada no Pacaembu, e o Brasil foi o segundo colocado, com 52 medalhas. Foram 14 ouros, 20 pratas e 18 bronzes. O primeiro lugar ficou com os Estados Unidos.

Um piloto da companhia aérea Latam Airlines morreu nesta terça-feira (15) após passar mal durante um voo que partia de Miami, nos Estados Unidos, com direção à cidade de Santiago, no Chile. O avião ainda chegou a fazer um pouso de emergência em um aeroporto no Panamá, na América Central, para que o funcionário fosse atendido por uma equipe médica.

Em nota, a empresa informou que o piloto era um dos três membros da tripulação técnica da aeronave. Além disso, afirmou que todos os protocolos de segurança foram realizados com o objetivo de salvar a vida do funcionário, porém ele não resistiu.

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"Como grupo LATAM, estamos profundamente comovidos com o ocorrido e apresentamos as nossas mais sinceras condolências à família de nosso colaborador. Somos profundamente gratos por seus 25 anos de experiência e sua valiosa contribuição que sempre se destacou pela sua dedicação, profissionalismo e empenho", diz a nota da empresa aérea.

A companhia ainda informou que os passageiros do voo foram realocados para outra aeronave que estava no Aeroporto Internacional do Panamá.

Autoridades sanitárias do Chile informaram nesta quinta-feira (10) que a região metropolitana de Santiago, onde vivem 7 milhões de pessoas, voltará ao confinamento no sábado (12). A decisão foi tomada em razão do aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias e do iminente colapso do sistema de saúde da capital.

O Chile, onde a pandemia já matou mais de 30 mil pessoas, realiza um dos processos de vacinação mais bem-sucedidos do mundo. Mais de 11,2 milhões dos 19 milhões de habitantes já receberam ao menos uma dose das vacinas. "Embora tenhamos visto alguma estabilização dos casos e, em algumas regiões, tendências positivas, a região metropolitana nos preocupa mais pelo número de habitantes e de leitos críticos", disse a subsecretária de Saúde, Paula Daza.

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Segundo o Ministério da Saúde, a situação hospitalar em Santiago está no limite, com 98% dos leitos de UTIs ocupados, apesar de alguns de seus bairros estarem em regime de confinamento total há mais de nove semanas.

A disponibilidade de camas, segundo Daza, é um elemento importante com a chegada do inverno, uma vez que, com as baixas temperaturas, as pessoas tendem a permanecer em locais fechados em vez de ficarem ao ar livre e a ventilação dos espaços é reduzida, uma situação que pode levar a um aumento de casos.

É a terceira vez em 14 meses de pandemia que as autoridades chilenas tomam essa medida, em um dia em que foram registrados 7,7 mil novos casos e 198 mortes por Covid-19, totalizando 1,453 milhão de infectados e 30,3 mil mortes desde a detecção do primeiro caso, em 3 de março de 2020. A vacinação em massa no Chile começou no dia 3 de fevereiro. Atualmente, é a vez dos maiores de 22 anos. A partir de 21 de junho, adolescentes a partir de 12 anos começarão a ser vacinados.

Nesta quinta-feira, o Instituto de Saúde Pública (ISP) aprovou o uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson, que chegará por meio do mecanismo internacional Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esta vacina de dose única é a quinta aprovada pelas autoridades chilenas e se junta às que já estão sendo aplicadas: Sinovac (17,1 milhões), Pfizer/BioNTech (4,5 milhões), AstraZeneca (693,6 mil, também por meio da Covax) e CanSino (300 mil), acrescentando um total de 22,7 milhões de doses que já chegaram ao país.

Consultadas a respeito da variante delta, que já foi identificada em países vizinhos, como Argentina e Peru, as autoridades confirmaram que ela ainda não foi identificada no Chile, que permanecerá com suas fronteiras fechadas pelo menos até 30 de junho. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A delegação do Internacional já está em Santiago para a sua estreia na segunda fase preliminar da Copa Libertadores, mas a preocupação com a situação no Chile ainda é grande para a partida contra a Universidad de Chile, nesta terça-feira (4). O final de semana foi de mais conflitos entre torcedores chilenos e os "carbineros", policiais federais que fazem o policiamento ostensivo nas cidades chilenas.

Após a interrupção do jogo entre Coquimbo Unido e Audax Italiano e os conflitos registrados durante a partida entre Universidad de Chile e Curicó Unido, neste final de semana, pelo Campeonato Chileno, a Conmebol confirmou o confronto do Internacional nesta terça-feira, mas com uma hora de antecedência - passou de 19h15 para 18 horas (de Brasília). O objetivo é evitar que os torcedores deixem o estádio Nacional à noite.

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Os conflitos se agravaram com a morte do torcedor Jorge Luís Mora, de 22 anos, que foi morto atropelado por um caminhão da polícia perto do estádio Monumental, onde o seu time, o Colo-Colo, venceu o Palestino por 3 a 0, na última terça-feira, pela primeira rodada do Campeonato Chileno.

Apesar do momento político, a Conmebol e os clubes mantiveram o jogo, com a garantia do Ministério do Interior do Chile, que é responsável pela segurança pública. Com isso, as vendas de ingressos que haviam sido suspensas no sábado voltaram a ocorrer nesta segunda-feira.

"Nossa preocupação é com o adversário. Viemos para fazer nosso jogo, respeitando todo o cenário adverso que tem, mas essa questão extracampo que reiniciou infelizmente com a morte do torcedor do Colo-Colo. A gente espera que o futebol não pague esse preço. Estamos aqui para cumprir um compromisso internacional. A gente torce para que tudo ocorra normalmente", afirmou o presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, em entrevista na chegada da delegação ao hotel em Santiago.

Um homem morreu na noite dessa sexta-feira (27), após cair em um fosso durante participação em protesto que acontecia próximo à Praça Itália, em Santiago, capital do Chile.

A morte foi confirmada pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) do Chile que disse, em sua conta no Twitter, que pedirá que "as causas da morte sejam esclarecidas o mais rápido possível". Com este caso, sobe para 29 o número de mortos nos confrontos no país que já duram dois meses. 

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De acordo com informações do Jornal O Globo, o homem de 40 anos de nome não identificado, estava fugindo da polícia depois de receber choques elétricos. Foi quando caiu no fosso e faleceu. 

A manifestação em questão, foi organizada por civis através das redes sociais, após o presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciar que faria um plebiscito para decidir se mudaria ou não a constituição criada no governo de  Augusto Pinochet (1973-1990).

A praça é tradicionalmente local dos protestos contra o governo que costumam ocorrer sempre às sextas-feiras. 

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--> O ano de 2019 no mundo

A ministra de Esportes do Chile, Cecilia Pérez, afirmou na tarde desta quarta-feira que a final da Copa Libertadores da América entre Flamengo e River Plate, marcada para o dia 23 de novembro em Santiago, às 17h30 (de Brasília), um sábado, será mantida para ocorrer no Estádio Nacional da capital chilena.

"Vamos trabalhar com o Ministério do Interior para levar adiante este evento. Eu tenho o compromisso do presidente (do Chile, Sebastian Piñera) de que o jogo será realizado", afirmou Cecilia, em entrevista coletiva.

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Horas antes do anúncio da ministra, Piñera havia desistido de receber duas importantes cúpulas internacionais que ocorreriam este ano no país. Uma delas seria a reunião da Cooperação Econômica Ásia Pacífico (Apec), que reuniria líderes mundiais nos dias 16 e 17 de novembro.

O outro encontro era a Conferência do Clima da ONU, a COP25, inicialmente prevista para acontecer no Brasil. Depois da negativa do presidente Jair Bolsonaro em abrigar o evento, ele havia sido remarcado para Santiago, onde foi agendado para ocorrer entre os dias 2 e 13 de dezembro.

Porém, a ministra de Esportes do Chile afirmou nesta quarta-feira que a final da Libertadores não tem relação com as cúpulas com líderes mundiais, por se tratar de um evento esportivo "que une a todos".

Ao justificar as desistências de receber a Apec e a COP25, Piñera atribuiu a medida "às difíceis circunstâncias que tem vivido nosso país e considerando que nossa primeira preocupação e prioridade como governo é se concentrar absolutamente em, primeiro, restabelecer plenamente a ordem pública, a segurança cidadã e a paz social". Ele acrescentou ainda que a decisão havia causado "muita dor".

Piñera enfrenta uma série de manifestações que começaram como uma reação ao aumento da tarifa no metrô e ampliaram suas reivindicações. Nesta quarta-feira, uma nova marcha deve parar o centro de Santiago. Desta vez, o foco principal é o preço dos pedágios na região metropolitana.

Antes do anúncio feito pela ministra chilena, a Conmebol já havia assegurado na última terça-feira que não havia planos para mudar o palco da final da Libertadores. Na ocasião, a entidade também confirmou que tinha agendada uma audiência entre representantes do órgão com o presidente do Chile, alegando que a mesma serviria apenas para cuidar dos preparativos para a realização da decisão no Estádio Nacional de Santiago.

E nesta quarta-feira a ministra de Esportes do Chile destacou: "Recebi a ligação do presidente da Conmebol (Alejandro Domínguez) e ratifiquei em nome do presidente Sebastián Piñera nossa firme vontade e compromisso de fazer a final da Copa Libertadores em nosso país".

A convulsão social do Chile já provocou 20 mortes durante os protestos contra o governo de Piñera, iniciados no último dia 18 de outubro, mas a Conmebol confia que a decisão do dia 23 de novembro será realizada com sucesso e sem incidentes de violência no estádio com capacidade para abrigar 49 mil torcedores.

"Desde a Conmebol agradecemos o compromisso demonstrado pelo governo do Chile para garantir as condições de segurança para celebração da final única da Conmebol @LibertadoresBR 2019. A final é a celebração do futebol com e para o povo chileno. Seguimos avançando!", publicou a entidade, por meio de publicação em sua página no Twitter, pouco depois do anúncio feito pela ministra de Esportes do Chile.

Mais de milhão de pessoas ocuparam o centro de Santiago nesta sexta-feira para exigir reformas em um sistema econômico que consideram desigual, e para denunciar o governo pelo emprego dos militares contra a pior revolta social em três décadas no Chile.

O protesto estudantil iniciado há uma semana contra o aumento na tarifa do metrô provocou uma grave crise social no Chile, onde manifestantes continuam nas ruas para exigir uma fatia maior da prosperidade que transformou o país em um dos mais estáveis da América Latina.

"A grande, alegre e pacífica passeata de hoje, onde os chilenos pedem um Chile mais justo e solidário, abre grandes caminhos de futuro e esperança", escreveu o presidente Sebastián Piñera no Twitter.

"Todos escutaram o recado. Todos nós mudamos. Com união e a ajuda de Deus, vamos percorrer o caminho para este Chile melhor para todos".

A intendente da capital, Karla Rubilar, disse que o "Chile hoje vive uma jornada histórica. A RM (região metropolitana) é protagonista de uma passeata pacífica com cerca de 1 milhão de pessoas que representam o sonho de um novo Chile, de forma transversal sem distinção".

Incidentes isolados ocorreram em meio à gigantesca passeata, a maior ocorrida em Santiago em décadas, uma semana após o início da crise.

Diante do Palácio de La Moneda, sede do governo, as forças de segurança dispararam jatos d'água, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, constatou a AFP.

Transportadores e motoristas também engarrafaram as rodovias que ligam Santiago ao restante do país para pedir uma redução nas elevadas taxas do sistema eletrônico de pedágio, congestionando as vias na hora do rush.

Esta convulsão social sem precedentes no Chile, a mais grave em quase 30 anos desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), representa um claro desafio para o reconhecido modelo econômico de mercado aberto do país.

Os sete dias de protestos, enfrentamentos, saques e incêndios em Santiago e outras cidades deixaram 19 mortos até o momento.

E diante da multiplicação de denúncias sobre a ação dos militares, nas ruas desde o sábado, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, anunciou o envio de "uma missão de verificação para examinar" a situação.

A morte de um cidadão peruano, ferido na terça-feira durante um saque no sul da capital chilena, aumentou para 19 o número de mortos desde o início dos protestos, informou a Procuradoria.

- Em ruas e estradas -

Um pequeno aumento na passagem do Metrô de Santiago foi o catalisador dos protestos, que resultaram em uma mobilização maior, heterogênea e sem liderança identificável, que põe sobre a mesa outras demandas, principalmente um aumento das baixas pensões do setor privado, herdadas da ditadura.

"Esta já é a reivindicação de todo um país, nós nos cansamos", gritava uma manifestante que participava de um panelaço em Santiago.

O anúncio de um pacote de medidas sociais por parte do presidente Sebastián Piñera e seu pedido de "perdão" pela gestão inicial da crise não parecem ter surtido efeito na população.

O governo prometeu melhorar as pensões dos mais pobres, elevar os impostos para os cidadãos de maior renda e diminuir os salários dos parlamentares, além de congelar um aumento de 9,2% na tarifa de eletricidade.

"Peço a todos os deputados e senadores que, ao invés de brigar tanto ou discutir tanto, aprovemos estes projetos com urgência", disparou Piñera do Palácio de La Moneda, sede da Presidência, cercado de idosos, convidados a conhecer os alcances do projeto de pensões.

Nas rodovias, milhares de caminhões, táxis e carros particulares se somaram nesta sexta-feira ao protesto contra as altas tarifas do sistema eletrônico de pedágios.

"Nós, os pequenos transportadores estamos sendo sobrecarregados pelo pagamento das autopistas" e "nos submetemos à situação gerada no país", disse à AFP Marcelo Aguirre, motorista de 49 anos, durante esta manifestação.

Embora em meio aos protestos constantes, que depois do meio-dia começaram a ganhar força mais uma vez, Santiago também tenta retomar seu ritmo. Os moradores, no entanto, terão que lidar com o sétimo toque de recolher consecutivo, entre as 23H00 desta sexta e as 04H00 de sábado.

O metrô - com mais de 70 estações danificadas, várias delas destruídas - funciona parcialmente em cinco de suas sete linhas, apoiado por milhares de ônibus para transportar a maioria dos sete milhões de moradores da capital.

Em frente ao Congresso, em Valparaíso, voltaram a ser registrados confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Os parlamentares já tinham encerrado suas atividades e os demais trabalhadores se retiraram por razões de segurança.

Na véspera também houve confrontos no auge dos protestos.

No entanto, as concentrações também tiveram um clima festivo, com centenas de jovens dançando e fazendo panelaços durante um improvisado show de rock na rua.

Nos arredores do palácio de La Moneda, centenas de manifestantes se mobilizaram na quinta-feira para desafiar o Exército e gritar ou repetir palavras de ordem pedindo a renúncia do presidente Sebastián Piñera.

- Da ONU ao Chile -

Os protestos continuam, enquanto aumentam as denúncias de abuso por parte dos agentes oficiais. Cinco das 19 mortes ocorreram nas mãos das forças do Estado.

O boletim mais recente do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) contabilizou, ainda, 584 feridos, 245 deles por armas de fogo.

Diante dos questionamentos, o ministro da Defesa, Alberto Espina, afirmou que os militares atuavam para proteger os direitos humanos dos chilenos, não para violá-los.

José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da ONG Human Rights Watch, também foi convidado ao Chile por Piñera.

A situação no Chile, com protestos e toque de recolher decretado pelo Exército, levou a companhia aérea Latam a cancelar todos os voos com origem na capital do país, Santiago. A decisão afeta as partidas marcadas desde às 19h desse domingo (20) até as 10h desta segunda-feira (21). Segundo a empresa, as condições têm afetado a locomoção dos passageiros assim como dos funcionários da companhia.

As decolagens com destino a Santiago também estão sujeitas a alterações ou cancelamentos. O voo que sairia de Guarulhos às 10h45 de hoje para a capital chilena está entre os cancelados. A Latam recomendou aos passageiros que tiverem voos cancelados a não irem ao aeroporto. Aos que tem passagens saindo ou chegando em Santiago, a empresa pede que verifiquem a situação do voo antes de irem ao terminal na página da companhia - latam.com

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A Latam oferece para todos os passageiros com viagens programadas com origem ou destino na capital chilena, entre os dias 20 e 22 de outubro, a possibilidade de alterar as passagens sem multa. A mudança poderá ser feita até 20 dias após a data original do voo pela página da empresa.

A empresa informa ainda que para embarcar no aeroporto de Santiago, os passageiros precisam apresentar o cartão de embarque como salvo-conduto, para serem liberados para as autoridades para acessar o terminal. Ao aterrizarem na capital chilena, os passageiros receberão das autoridades do aeroporto um salvo-conduto para deixarem o local.

O Exército decretou ontem (20) toque de recolher a partir das 19h até as 6h de hoje. Assim, todas as pessoas ficam impedidas de circular por espaços públicos no período determinado a menos que tenham um salvo-conduto concedido pela polícia. De sábado para domingo a medida vigorou entre às 21h e as 7h.

Protestos

As medidas foram tomadas na tentativa de conter os protestos iniciados na última sexta-feira (18) contra o aumento das tarifas do metrô em Santiago. Os manifestantes passaram a incendiar e saquear supermercados, lojas e agências bancárias. Em um pronunciamento na noite de ontem (20), o presidente do Chile, Sebastián Piñera, classificou a situação como uma “guerra”. Os confrontos já causaram, segundo o governo chileno, ao menos sete mortes.

A Conmebol iniciou nesta quarta-feira o processo para compra de ingressos para as finais da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. Para a principal competição de clubes, o torcedor precisa fazer um cadastro no site oficial da entidade até o próximo dia 26 para ter prioridade e o ingresso custará a partir de US$ 100 (R$ 400).

Depois da inscrição, a Conmebol enviará um código até o dia 7 de setembro que vai dar o acesso à pré-venda, prevista até 14 de setembro. A partir do dia 16, a venda para o jogo decisivo no estádio Nacional, em Santiago, no Chile, que acontecerá no dia 23 de novembro, será aberta ao público em geral.

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Os ingressos custarão entre US$ 100 (R$ 400) e US$ 250 (R$ 1.000). Cada torcedor poderá comprar até quatro entradas, com nomes e documentos oficiais das pessoas nos outros bilhetes. Os fãs dos clubes finalistas poderão terão um setor reservado no estádio, com ingressos vendidos a partir de 25 de outubro a um preço de US$ 80 (R$ 320).

Para a Copa Sul-Americana, o torcedor precisa fazer a inscrição no site da Conmebol até o próximo dia 30 para ter prioridade. Em seguida, receberá o código até 5 de setembro para poder efetuar a compra. As vendas para o público em geral têm início em 12 de setembro.

Os finalistas, que disputarão o título no dia 9 de novembro, no estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai, terão ingressos disponíveis para vender aos seus torcedores a partir do dia 27 de setembro, ao preço de US$ 40 (R$ 160). As entradas dos outros setores custam entre US$ 40 (R$ 160) e US$ 125 (R$ 500).

O Papa Francisco destituiu hoje o cardeal Ricardo Ezzati como arcebispo de Santiago, capital do Chile, depois que ele foi colocado sob investigação criminal de abuso sexual, em meio ao escândalo que atinge o país sul-americano com denúncias de abuso e encobrimento por parte da igreja.

Francisco aceitou a renúncia de Ezzati e nomeou um substituto temporário para governar a arquidiocese mais importante do Chile: o frade capuchinho espanhol e atual bispo de Copiapó, dom Celestino Aos Braco.

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Em um comunicado pedindo orações por seu novo emprego, Braco reconheceu as dificuldades à frente, ressaltando "luz e trevas, sucesso e deficiências, feridas e pecados" da igreja de Santiago. Mas o sacerdote também enfrentou acusações de acobertamento depois que um ex-seminarista o acusou de ajudar a atrasar as investigações de suas denúncias anos atrás.

Ezzati, de 77 anos, havia apresentado sua renúncia a Francisco há dois anos quando atingiu a idade compulsória de aposentadoria de 75 anos. Mas o papa o manteve, e Ezzati se tornou objeto de fortes críticas por parte das vítimas de abusos.

Na sexta-feira, um tribunal de apelações no Chile permitiu que os promotores continuassem investigando Ezzati por um suposto encobrimento, rejeitando sua moção para rejeitar o caso e se retirar da investigação, informou a mídia chilena. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco aceitou a renúncia do cardeal chileno Riccardo Ezzati, arcebispo de Santiago e que em maio de 2018 anunciou sua demissão ao lado de todos cardeais deste país em consequência de um escândalo abusos sexuales, anunciou neste sábado o Vaticano.

A decisão coincide com a confirmação na sexta-feira do processo contra o cardeal Ezzati por um tribunal de apelação chileno por não ter denunciado os abusos sexuais cometidos por três padres.

Ezzati, o principal nome da Igreja católica no país, foi convocado em outubro por um promotor chileno e permaneceu em silêncio, apesar de ter prometido colaborar com a justiça.

Durante a semana, o papa rejeitou, em nome da presunção de inocência, a renúncia do cardeal francês Philippe Barbarin, condenado em primeira instância a seis meses de prisão com suspensão condicional da pena por não denunciar os abusos sexuais de um padre.

Em outubro, Francisco aceitou com relutância a renúncia do cardeal americano Donald Wuerl, arcebispo de Washington, suspeito de acordo com um júri de ter ocultado agressões sexuais na Pensilvânia, embora não estivesse sob a ameaça de uma condenação direta.

O Chile é um dos países mais gravemente afetados pelo escândalo de abusos sexuais cometidos por membros da igreja e pela gestão de suas autoridades eclesiásticas.

O papa Francisco fez uma polêmica visita ao Chile em janeiro de 2018. Em abril enviou uma carta aos bispos chilenos em forma de mea culpa, na qual reconhecia "erros de avaliação" sobre o escândalo na igreja do Chile.

Depois de ouvir as vítimas, o papa convocou todos os bispos chilenos ao Vaticano em maio de 2018 para três dias de reflexão. Após o encontro, todos os bispos do país renunciaram.

Desde então, o papa aceitou sete pedidos de demissão. Em janeiro, ele recebeu cinco religiosos chilenos no Vaticano, entre eles Ezzati, com o qual teve um "diálogo muito fraternal", segundo a conferência episcopal chilena.

A justiça chilena investiga uma nova denúncia de agressão sexual cometida por um sacerdote, após o relato de um homem de 43 anos que afirmou nesta semana ter sido estuprado há alguns anos dentro da catedral de Santiago.

O acusado é o sacerdote Tito Rivera, condenado canonicamente no ano passado a 10 anos de afastamento do sacerdócio pelo delito sexual. Ele o teria estuprado em 2015 dentro da Catedral de Santiago depois de tê-lo supostamente drogado.

O cardeal arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati, já indagado pelo encobrimento de abusos sexuais de sacerdotes, teria conhecimento deste caso e não avisou a polícia.

"Vou te ajudar mas me prometa que não vai contar isso a ninguém", teria dito Ezzati à vítima, Daniel Rojas, quando este lhe relatou o que aconteceu, segundo declarações suas a meios locais.

Segundo seu relato, foi à Catedral em busca de ajuda para comprar um remédio para sua filha. Foi atendido pelo sacerdote Rivera, que o teria levado até um cômodo no segundo andar do recinto, onde lhe deu um copo d'água, e depois de bebê-lo "perdeu as forças".

Em uma declaração pública nesta terça, o Arcebispado de Santiago confirmou que as denúncias contra Rivera datam de 2011 e que em 2016 foi iniciado um processo administrativo penal contra o sacerdote, que foi condenado a uma suspensão do sacerdócio por 10 anos.

Agora, após a denúncia de estupro na Catedral, o Arcebispado anunciou que "iniciará uma revisão exaustiva para esclarecer todos os antecedentes que foram conhecidos publicamente".

A Igreja chilena enfrenta múltiplas denúncias de abusos sexuais por parte de sacerdotes. De acordo com a Conferência Episcopal, ao menos 42 sacerdotes e um diácono foram condenados pela justiça civil ou canônica por abusos sexuais a menores.

A promotoria investiga 148 casos de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja, com um número de vítimas que chega a 265.

Uma explosão em um ponto de ônibus da avenida Vicuña Mackenna, em Santiago, capital do Chile, deixou quatro feridos, nesta sexta-feira (4). De acordo com o primeiro balanço divulgado pela governadora Karla Rubilar, os acidentados não têm risco de morte.

"Um artefato explodiu em um ponto de transporte público, quatro pessoas feridas, todas sem risco de morte e estamos trabalhando", declarou a governadora à imprensa local. Ela ainda explicou que a explosão poderia ter sido desenvolvida por “um elemento explosivo manipulado por terceiros”.

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Com diversas lesões pelo corpo, dois acidentados foram encaminhados ao hospital, enquanto os outros dois não sofreram grandes ferimentos. A polícia chilena isolou a área e iniciou as investigações do incidente, enquanto os agentes do esquadrão de bombas inspecionavam o produto da explosão e checavam as latas de lixo.

 

O Startout Brasil está com inscrições abertas para missões de imersão em Santiago, no Chile. Os interessados têm até o dia 7 de janeiro para participar do processo seletivo, que visa selecionar até 15 empresas brasileiras que nunca ou que participaram pelo menos uma vez do programa, entre outras atividades. O programa será realizado de 24 a 29 março.

Estão habilitadas a participar startups que estejam faturando acima de R$ 500 mil ou que tenham recebido algum tipo de investimento. Além disso, os profissionais precisam ser fluentes em inglês e demonstrarem capacidade de expansão internacional sem comprometer os serviços no Brasil.

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As inscrições devem ser feitas através do site do StartOut Brasil, que é uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e das Relações Exteriores (MRE), Sebrae, Apex-Brasil e Anprotec. O resultado deve ser divulgado no dia 4 de fevereiro de 2019.

As selecionadas terão consultoria gratuita especializada em internacionalização, mentoria com especialistas no mercado de destino e treinamento de pitch, participação em missão com agenda voltada à prospecção de clientes e investidores e conexão a ambientes de inovação, com visitas a aceleradoras, incubadoras e empresas locais.

Além disso, os empreendedores vão poder aprimorar os conhecimentos adquiridos na fase de preparação e podem se conectar com alguns dos principais players locais e prospectar oportunidade de negócios. “É importante ficar atento a esse tipo de oportunidade, e participar de uma iniciativa que apoia startups de ponta a ponta, como esta missão a Santiago, no Chile”, disse a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, em entrevista à assessoria de imprensa do Sebrae.

Um terremoto de magnitude 5,5 foi registrado nesta quarta-feira, 5, no Chile, balançando os edifícios da capital chilena, Santiago. Não há vítimas até o momento.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o tremor teve o epicentro perto do porto de San Antonio, a 120 quilômetros ao noroeste de Santiago. O abalo foi registrado às 14h12 do horário local (às 15h12 do horário de Brasília) e teve uma profundidade de 36,4 quilômetros.

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A magnitude preliminar informada pelo serviço geológico foi de 5,2 e profundidade de 39,1 quilômetros.

A sacudida foi forte em edifícios altos de Santiago e entre as cidades de Salamanca e Talca, em um pedaço de 570 quilômetros dos mais de 4.000 que tem o país.

O Chile está no círculo de fogo do Pacífico, onde os terremotos ocorrem com frequência, com tsunamis perto das zonas costeiras. O último abalo sísmico forte no país foi em 2010, quando o tremor de magnitude 8,8 foi seguido de um poderoso tsunami que matou 525 pessoas e deixou outras 26 desaparecidas.

A novela juvenil da Globo, Malhação, exibiu seu primeiro beijo gay, nesta quarta (3). O carinho foi trocado entre os personagens Michael e Santiago e fez a alegria do público que há muito esperava pela cena. 

Pela primeira vez neste horário, e na novela Malhação, um casal de dois rapazes se beijou. O carinho aconteceu depois que Santiago ganhou um prêmio no campeonato de futebol do Sapiência. Queria dedicar esse título a um torcedor especial que vibrou e sofreu mais do que qualquer um com esse time. Michael, você faz parte disso", disse.

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Santiago e Michael haviam começado a se relacionar por cartas até que se encontraram e Michael revelou sua verdadeira identidade, após ter se colocado, até então, como "admirador secreto". Nesta quarta (3), o relacionamento evoluiu e os dois trocaram o primeiro beijo apóe Michael dizer: "Tá altando uma coisa pra terminar seu filme". O público comemorou na internet e colocou a Malhação nos assuntos mais comentados do Twitter. 

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Centenas de estudantes do Ensino Médio protestaram nesta quarta-feira (9), no centro de Santiago, para exigir uma "educação não sexista", em meio a uma onda de ocupações de sedes universitárias pedindo medidas contra o abuso sexual e uma maior inclusão das mulheres.

Convocados pela Coordenadora Nacional de Estudantes Secundários (Cones) em apoio às ocupações que se estendem por vários dias em ao menos 10 faculdades do país, os estudantes foram autorizados a marchar pela comuna de Recoleta, vizinha a Santiago.

Mas a direção se opôs e convocou a marcha para a Avenida Alameda. Sob um grande tecido com inscrições que exigiam "Educação sexual, pública, feminista e não sexista", os estudantes só conseguiram avançar alguns metros antes de serem dispersados pela Polícia, que usou jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo.

Os estudantes atacaram os policiais com pedras e pedaços de pau.

Há três semanas começou no Chile uma série de ocupações feministas nas faculdades, entre elas a de Direito da Universidade do Chile, a mais importante do país, que permanece tomada por seus alunos desde 27 de abril.

"Nossas instituições não conseguiram levar a sério a violência de gênero, de abordá-la e entendê-la como um fenômeno estrutural", disse Emilia Schneider, uma das porta-vozes da mobilização.

Entre as reivindicações dos estudantes está a implementação de protocolos para casos de denúncias de abuso sexual e violência de gênero junto com a introdução de matérias sobre gênero e a contratação de mais professoras.

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