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A CPI do Cachoeira encaminhou um ofício ao Ministério Público Federal em Goiás para o sequestro dos bens de membros da organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira. O documento também pede que os passaportes dos envolvidos sejam retidos. A decisão foi tomada na noite dessa terça-feira (18), durante uma reunião de líderes da comissão, depois que o jornal Correio Braziliense denunciou a tentativa de venda dos imóveis.

No documento, a comissão afirma que a grupo está ativo. “A organização criminosa continua operante mesmo após a prisão de seu líder e mentor, Carlos Cachoeira, desrespeitando os poderes constituídos, assolando a paz social e, sobretudo, articulando contra o sucesso e continuidade das investigações. Pelas razões invocadas, requer que o ilustre Parquet Federal requisite o sequestro de todos os bens e valores dos membros da organização criminosa, bem como requer a apreensão dos denunciados para que depositem os seus passaportes”.

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O temor dos parlamentares é de que o dinheiro poderia ser usado para a fuga dos envolvidos. “Essas são as medidas que imediatamente a CPI está tomando. Temos que tomar uma providência e é buscando dar uma resposta à sociedade que estamos aqui”, frisou o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Os bens relacionados para serem bloqueados estão estimados em cerca de R$ 150 milhões e pertencem a 30 pessoas e empresas ligadas à organização, entre integrantes e familiares de Cachoeira.

Entre os bens listados está uma fazenda no valor de R$ 20 milhões em nome da atual mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. No nome da ex-esposa de Cachoeira, Andrea Aprígio, há diversos imóveis, como casas, apartamentos, terrenos e fazendas, no valor total de mais de R$ 16 milhões, além de uma aeronave avaliada em R$ 750 mil. Já no nome do principal investigado, Carlinhos Cachoeira, há apenas um terreno no valor de R$ 1,5 milhão. Além disso, ele aparece como proprietário de uma fazenda de R$ 17,5 milhões, em sociedade com outras pessoas.

De acordo com o presidente da CPI, o congelamento dos bens já havia sido pedido e concedido, mas a decisão foi derrubada em segunda instância. A comissão atualizou a lista, com novos dados fornecidos pela Polícia Federal, e encaminhou o pedido novamente. Segundo o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), o objetivo é dar publicidade à lista para evitar a venda dos bens, além de garantir uma decisão liminar que seja mantida após o julgamento do mérito. O vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), frisou que é importante garantir que os bens fiquem congelados até o julgamento da ação, para que o estado tenha a possibilidade de reaver valores obtidos ilegalmente.

Com informações da Agência Senado.

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