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Uma professora é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais por ter dito falas preconceituosas durante aula na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida, em Muzambinho, região sul do estado.

Segundo os estudantes, essa situação vem acontecendo com frequência. Em uma delas, por exemplo, os alunos conseguiram gravar as declarações da educadora durante uma aula da disciplina de Humanidades.

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Em uma gravação do dia 28 de agosto, é possível ouvir a profissional fazendo insultos contra pessoas negras, obesas e deficientes, durante sua aula em uma turma do ensino médio.

"Se fosse... A gente acha que é preconceito, por exemplo, gordo: gordura é feio. Tem pessoas mulatas que são bonitas, tem uns negros muito bonitos, mas você vai ver os 'traço' não ajuda, o cabelo não ajuda, entendeu? Então assim... 'cê' tem isso daí.. o deficiente, a pessoa que é deficiente, é bonito cê ver uma pessoa deficiente?", disse a professora no trecho que circula nas redes sociais.

De acordo com as investigações, pelo menos 10 depoimentos estão previstos, entre alunos e outros funcionários da instituição de ensino. Além disso, a Polícia solicitou à direção da escola o histórico da professora. Na última quinta-feira (31), três estudantes foram ouvidos.

A Polícia Civil ressaltou que o caso é tratado com cautela, responsabilidade e sigilo até o fim dos procedimentos. Portanto, a acusada ainda não foi ouvida.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que já recebeu a informação e garantiu que mandou uma equipe do serviço de inspeção escolar até o local para apurar os fatos. Além disso, afirmou que contribuirá com a investigação.

A secretaria reforça no comunicado que repudia qualquer conduta que "possa ferir princípios irrevogáveis da dignidade humana, como o respeito mútuo, que deve ser cultivado de forma irrestrita nas instituições de ensino".

A Polícia Civil investiga um ranking que expõe intimidades sexuais e faz ofensas a mulheres, inclusive menores de idade, de Muzambinho, cidade do sul de Minas Gerais. O caso ganhou expressão porque o conteúdo começou a viralizar em grupos de WhatsApp.

Além de citar o nome das pessoas, o ranking atribui adjetivos pejorativos às vítimas. A lista é intitulada "TOP 100 Put... de Muzambinho".

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O município de Muzambinho tem pouco mais de 20 mil habitantes.Várias mulheres já procuraram a delegacia para registrar o boletim de ocorrência. "A maioria são meninas na faixa de 13 a 16 anos, as mães ficaram preocupadas e procuraram a polícia", conta o delegado Silvio Sérgio Domingues ao jornal O Tempo.

De acordo com o delegado, o autores da lista podem ser adolescentes que estudam com essas jovens. "Já chegaram informações que dão conta que quem começou a lista foi um adolescente da escola da cidade, mas estamos apurando", complementou. O ranking já chegou à cidade de Monte Belo-MG e está sendo atualizada com o nome das moradoras de lá.

Atualmente, a lista traz o nome de mais de cem mulheres de várias idades, casadas e solteiras. Alguns nomes são acompanhados de informações pessoais como nomes dos pais, endereço e local de trabalho. Os envolvidos podem responder por crimes como ameaça, calúnia, difamação, injúria e falta identidade.

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