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Leonardo, um dos maiores ídolos da história do Sport, faleceu na tarde deste terça-feira (1º), às 15h15, no Hospital da Restauração, Centro do Recife. Para esclarecer os motivos que levaram à perda desse ídolo do futebol regional, a médica Fátima Buarque, chefe da UTI, se pronunciou, e deu como diagnóstico final falência máxima de órgãos. O baixinho chegou para ser internado no útlimo dia 3 de fevereiro, às 22h40, devido ao seu histórico de crises convulsivas frequentes. Ele foi transferido direto da UPA da Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, onde foi atendido com forte febre. Até entrar em estado irreversível, ele lutou, mas não respondeu aos tratamentos da forma adequada.

Segundo a doutora Fátima, Leonardo já sabia que sofria de problemas neurológicos desde outubro de 2015, mas, pelo quadro apresentado, tudo indica que não tomou os devidos cuidados com os sintomas apresentados, o que teria o levado ao óbito. "Ele tinha uma lesão expansiva cerebral, caracterizando a neurocisticercose. Infelizmente, para ter chegado ao nível que acompanhamos, ele não se tratou de maneira adequada. Inclusive, a própria esposa do ex-jogador confirmou isso. Mas, não é hora de fazermos julgamentos. Todos lamentamos muito essa morte", explanou a médica.

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Após seis dias de internação no Hospital da Restauração, Leonardo voltou a apresentar fortes crises convulsivas, entrando em estado de insconsciência. A partir daí, foi entubado e instalado na UTI, onde entrou em coma espontâneo. Algumas horas depois, os médicos sentiram a necessidade de induzirem esse coma. "Afinal, não é fácil ter um tubo na goela, não é, gente? Não é brincadeira. Diante de um quadro desse, a sedação é normal. Precisávamos gerar um silêncio cerebral", observou Fátima Buarque.

Na sequência do tratamento, depois de dias de observação, a equipe médica retirou o coma induzido, mas o ex-atacante não respondeu aos cuidados de forma satisfatória. "Ele só conseguiu abrir os olhos. Ainda voltou a apresentar novas crises convulsivas. Assim, precisamos sedá-lo novamente", revelou a chefe da UTI. "Até o momento da morte, foram vários passos nessa piora. A pressão dele se manteve baixíssima, e não conseguimos fazer com que melhorasse. Quando notamos que era irreversível, já havia problemas no pulmão, fígado, coração e rins. O resultado foi a falência múltipla de órgãos", completou.

Fechando a temática, Fátima Buarque esclareceu que, diferente do que se especulava, o quadro clínico ao qual chegou Leonardo não pode ser creditado, com convicção, a uma suposta ingestão de carne de porco mal tratada. "O que podemos afirmar é que havia deficiências neurológicas desde o ano passado. Diagnosticamos a neurocisticercose. Mas não temos como cravar que isso veio de algum alimento suíno", esclareceu.

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