Tópicos | OPERAÇÃO CRAVADA

O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse à reportagem do Estadão que seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro é endurecer o combate ao crime. Nas últimas semanas, a Polícia Federal, braço do Ministério de Moro, tem atacado intensamente o coração financeiro de organizações e facções violentas, como o PCC. Essa ofensiva permitiu a descoberta de diálogos entre lideranças do crime organizado com ameaças ao ministro.

Moro não se mostra acuado. "Tudo tem um preço", ele disse.

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Os grampos que citam Moro estão nos autos da Operação Cravada, deflagrada pela PF na quarta, 7 - os agentes saíram às ruas em sete Estados para cumprir 30 mandados de prisão e bloquear 400 contas do PCC.

"O PT tinha diálogo com nóis cabuloso… é que esse Moro aí mano, esse cara é uma filha da puta', disse no celular Alessandro Roberto Pereira, o 'Elias' ou 'Veio', segundo a Operação Cravada.

Ao Estadão, Moro declarou. "O compromisso assumido com o presidente Bolsonaro foi sermos firmes contra corrupção, crime organizado e crimes violentos. Essa foi a orientação feita à Polícia Federal que tem o mérito pelas recentes operações."

O ministro disse, ainda. "Precisamos avançar mais, porém com medidas executivas e também legislativas, como o projeto anticrime."

Áudio

Entre os presos, está Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como 'Elias' ou 'veio'.

De acordo com as investigações, ele atua como 'Resumo da Rifa', e é responsável por 'posição na hierarquia da organização criminosa e também possui poder de decisão e mando sobre os demais integrantes'.

"Das investigações foi possível desvelar que o noticiado possui a função de controlar as contas bancárias, utilizadas pela organização para movimentar dinheiro de suas atividades ilícitas, principalmente, o tráfico de drogas".

Ele é um dos homens de 'relevante função, bem como poder e comando' do PCC, que foram transferidos para presídios federais, segundo decisão judicial que deflagrou a Cravada.

Em diálogos com outros líderes do núcleo financeiro da facção, ele critica o ministro da Justiça Sérgio Moro: "Com nois já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estava tendo diálogo com outros, que tava na frente, com nois já não vai ter diálogo, não. Esse MORO aí, esse cara é um filha da puta, mano. Esse cara aí é um filha da puta mesmo, mano. Ele veio pra atrasar".

Também menciona um partido político. "Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano….", diz Elias.

E ainda menciona o Estado de São Paulo como núcleo do tráfico de drogas. "Os cara sabe os tabuleiro que é de dentro de São Paulo, do Progresso. Os Estado têm o tabuleiro que anda, mano".

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 6, a Operação Cravada para desarticular núcleo do Primeiro Comando da Capital responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em âmbito nacional. A ação foi determinada pelo juízo da Vara Criminal de Piraquara, no Paraná, que viu ainda "relevante função" e "grande poder de decisão e comando" de treze pessoas na organização, determinando a inclusão emergencial dos mesmos no Sistema Penitenciário Federal.

Até o momento, a PF fez 28 prisões - oito delas em presídios e duas em flagrante, durante a realização de buscas. Cerca de 180 Policiais Federais cumprem nesta terça 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete Estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

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Das 30 ordens de prisão, oito são cumpridas em presídios - três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná.

Ao determinar a expedição dos mandados de prisão, o juízo considerou quatro fatos constatados pela investigação. O primeiro deles indica que os investigados "integram organização criminosa, considerando que há associação de 95 pessoas, a fim de se obter lucro, mediante a prática de infrações penais, principalmente, o tráfico de drogas".

A decisão destaca ainda a prisão em flagrante de três supostos membros da facção por tráfico de drogas, realizadas em dois momentos - durante a apreensão de 332,1 quilos de substância entorpecente análoga à maconha, na cidade de Itapecerica da Serra, e durante abordagem policial realizada em Curitiba.

Já a quarta infração penal investigada diz respeito à associação ao tráfico. Segundo a PF, a organização conta com "departamentos específicos para a gerência e coordenação do tráfico de drogas, como, por exemplo, o 'Setor das Lojas', 'Setor da 100%', 'Setor do BOB', 'Setor do Óleo', bem como os 'Setores da Financeira' e da 'Rifa', estes dois últimos responsáveis pelos lucros auferidos da prática criminosa."

A investigação teve início, de acordo com a Polícia Federal, em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

O esquema consistia na arrecadação de valores de membros, chamados de "rifas", que eram repassados aos líderes da organização por meio de diferentes contas bancárias, indicou a PF.

A investigação indica que cerca de R$ 1 milhão circulava nas contas ligadas à facção por mês.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça (6) a Operação Cravada para desarticular o núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital, o PCC, que, segundo a PF, era responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores "para financiamento de crimes" em diferentes Estados do País. Até o momento, a PF fez 28 prisões - oito delas em presídios e duas em flagrante, durante a realização de buscas.

Cerca de 180 Policiais Federais cumprem 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná.

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Das 30 ordens de prisão, oito são cumpridas em presídios - três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná.

No Paraná as ordens são cumpridas nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel e Guarapuava.

Já em São Paulo, os policiais cumprem mandatos em Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia, na capital paulista e no presídio de Valparaíso.

Nos outros Estados, a ação é realizada nas cidades de Uberlândia (MG), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Caruaru (PE) e Dourados (MS).

A ação tem apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de São Paulo, do Departamento Penitenciário Federal, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e da Polícia Militar de SP.

Segundo a PF, a investigação teve início em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

A apuração constatou que o núcleo financeiro da facção é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em âmbito nacional. Para dificultar o rastreamento do dinheiro, os pagamentos, chamados de "rifas", eram repassados à organização por meio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, apontou a Polícia Federal.

De acordo com a PF, a investigação indica que cerca de R$ 1 milhão circulavam nas contas ligadas à facção por mês.

A investigação identificou e bloqueou mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre tais contas eram utilizados "para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da organização em locais próximos a presídios", indicou a PF.

A Polícia Federal informou que os investigados podem responder pelos crimes de Tráfico de Entorpecentes, Associação para o Tráfico, Organização Criminosa, entre outros.

Cravada

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação faz referência a uma jogada de xadrez na qual "uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco".

"De igual forma, a operação deflagrada hoje visa sufocar as reações das lideranças de Facções Criminosas, atingindo os núcleos importantes de comunicação e de gerenciamento financeiro", indicou a PF.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6) a Operação Cravada para desarticular o núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital, o PCC, que, segundo a PF, era responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes em diferentes Estados do País.

Cerca de 180 Policiais Federais cumprem 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná.

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Das 30 ordens de prisão, oito são cumpridas em presídios - três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná. Até o momento, 18 prisões já foram realizadas.

No Paraná as ordens são cumpridas nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel e Guarapuava.

Já no Estado de São Paulo, os policiais cumprem mandatos em Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia, na capital paulista e no presídio de Valparaíso.

A ação tem apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de São Paulo, do Departamento Penitenciário Federal, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e Polícia Militar de SP.

Segundo a PF, a investigação teve início em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

A apuração constatou que o núcleo financeiro da facção é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em âmbito nacional. Para dificultar o rastreamento do dinheiro, os pagamentos, chamados de "rifas", eram repassados à organização por meio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, apontou a Polícia Federal.

De acordo com a PF, a investigação indica que cerca de R$ 1 milhão circulavam nas contas ligadas à facção por mês.

A investigação identificou e bloqueou mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre tais contas eram utilizados "para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da organização em locais próximos a presídios", indicou a PF.

A Polícia Federal informou que os investigados podem responder pelos crimes de Tráfico de Entorpecentes, Associação para o Tráfico, Organização Criminosa, entre outros.

Cravada

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação faz referência a uma jogada de xadrez na qual ‘uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco’.

"De igual forma, a operação deflagrada hoje visa sufocar as reações das lideranças de Facções Criminosas, atingindo os núcleos importantes de comunicação e de gerenciamento financeiro", indicou a PF.

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