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Nesta sexta-feira (3), foi deflagrada uma megaoperação da Polícia Federal, com o objetivo de combater a comercialização e difusão de material de abuso infantil na internet. A Operação Lobos 2 foi realizada em todos os estados da federação e no Distrito Federal, com exceção de Sergipe, Acre, Amapá, Bahia, Rondônia e Roraima. De acordo com a PF, um grupo de criminosos que utilizava a dark web para o compartilhamento desse tipo de conteúdo no Brasil e no exterior foi desarticulado. A dark web (“internet sombria”, do inglês) é um trecho da chamada deep web, inacessível a usuários comuns e que só pode ser alcançada através de softwares específicos. 

Ao todo, foram emitidos oito mandados de prisão preventiva e 104 de busca e apreensão, distribuídos em 55 cidades de 20 estados e no DF, nesta sexta-feira (3). Ao menos uma pessoa foi presa em flagrante, no Espírito Santo. A operação também tenta localizar e resgatar possíveis vítimas de abuso em situação de extrema violência. A segunda fase da Lobos identificou e localizou dezenas de suspeitos, todos brasileiros, envolvidos com a produção e divulgação de material de pedofilia.  

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Estiveram envolvidos na investigação o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI), o Serviço Nacional de Inteligência Criminal (NCIS) do Reino Unido, e outras forças policiais de países desenvolvidos. 

Preso um dos pedófilos mais procurados do mundo

De acordo com a Polícia Federal, na primeira etapa da investigação — Operação Lobos 1, em 2019 —, a polícia prendeu um brasileiro, responsável por hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de violência sexual e pedofilia de toda a rede mundial de computadores. O delegado federal Renato Cintra chegou a considerar o pedófilo como o “número um” no seu tipo de conduta criminosa — disseminação de conteúdo em larga escala — em todo o mundo. O nome do preso não foi divulgado e, à época, a polícia optou por não divulgar a prisão, para preservar as investigações e viabilizar futuras prisões. 

Os sítios e fóruns da dark web eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de zero a cinco anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.  

No geral, os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas: arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens e outros; com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material. 

Os sites eram utilizados por mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes. 

A Operação Lobos teve início em 2016, através de uma parceria entre a Polícia Federal e forças policiais de outros países, e está em sua segunda fase, tendo uma primeira deflagração em 2019 e a segunda, neste mês de dezembro. Os crimes investigados na ação são a venda, produção, disseminação e armazenamento de Pornografia Infantil (Arts. 240, 241, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente) e estupro de vulnerável (217-A do Código Penal Brasileiro). 

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