Tópicos | abuso sexual

Um bebê de dois meses de vida morreu, na última terça-feira (2), na Ilha de Itaparica, região metropolitana de Salvador, na Bahia, após ter sido vítima de abuso sexual dos próprios pais. O casal foi preso em flagrante após levar a filha, identificada como Lara Heloisa Pena da Conceição, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vera Cruz, e os médicos constataram sinais de lesão sexual em seu corpo. 

Os suspeitos foram encaminhados à Delegacia  de Polícia de Itaparica, que vai seguir com as investigações do caso. O corpo da vítima foi levado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde deverá passar por perícia. 

##RECOMENDA##

 

Um idoso de 80 anos foi preso em flagrante por abusar sexualmente de uma menina de cinco anos, na última terça-feira (5), no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife. O crime foi filmado por uma testemunha e utilizado para a denúncia, além de ter sido publicado nas redes sociais. O suspeito é um conhecido da família e foi autuado por estupro de vulnerável.

De acordo com a Polícia Civil, o homem foi preso através da Delegacia de Mulher de Santo Amaro após ser localizado pela equipe policial próximo ao local do crime, que ocorreu em frente à casa da vítima. Ele foi conduzido à delegacia e ficou à disposição da Justiça. A audiência de custódia aconteceu nessa quarta-feira (6), mas como o nome do agressor não foi divulgado, a reportagem não conseguiu confirmar o resultado da audiência com o Tribuna de Justiça de Pernambuco (TJPE).

##RECOMENDA##

Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver o idoso sentado em uma cadeira na calçada e convidando a criança a se aproximar. Quando ela se aproxima, ele faz com que ela o toque no órgão genital. Uma testemunha flagrou o crime, registrou com um celular e comunicou aos vizinhos e à família.

Divulgar as imagens também é crime

Desde 2018, o compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento é tipificado como crime, através da aplicação de duas leis que alteraram o Código Penal: a Lei Rose Leonel (13.772/18), que trata o registro não autorizado de “conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado” como crime com punição de seis meses a um ano de reclusão; e a Lei 13.718/18, reconhecida por tipificar cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável.

A divulgação da imagem de menores de idade envolvidos em questões criminais e/ou judiciais também é crime, independente do menor estar identificado como autor ou vítima. No caso do crime ocorrido no Arruda, não foi possível identificar quem divulgou as imagens do flagrante.

Gabriela Spanic, protagonista de A Usurpadora, abriu o coração durante sua participação no reality Secretos de Villanasa e contou que foi abusada sexualmente pelo ator mexicano Pablo Montero.

O episódio teria acontecido quando e eterna Paola Bracho estava confinada na La Casa de Los Famosos, uma versão latina do Big Brother.

##RECOMENDA##

- Lá dentro eu sofri um crime. Quando é crime não tem carta de confidencialidade que seja válida, então pode ser contabilizado... abuso sexual... e foi alguém que eu estimo muito e conheço há anos, e eu não tenha escrúpulos em dizê-lo, Pablo Montero. Ele abriu a sala de fumantes para mim e de repente eu vi ele assim [cara de surpresa olhando para cima] eu estava fumando meu cigarro, ele tirou de mim, caiu nos meus seios, ele começou a agarrar meus seios, ele me agarrou pelo braço, ele queria me beijar à força... Eu gritava: Tirem-me daqui!.

Nas redes sociais, ela confirmou o caso com um vídeo e escreveu na legenda:

Queridos, em Secretos de Villanas resolvi abrir meu coração sobre uma situação que me fez sentir violada e que acontece com muitas mulheres. Quero agradecer aos meus colegas por me ouvirem e dizerem a todas as mulheres para nunca calarem a boca!

Nesta terça-feira (31), em Divinópolis, região Centro-Oeste do estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra um médico, de 37 anos, investigado por crime sexual ocorrido na cidade de Nova Serrana.

Conforme o delegado responsável pela ação, Diógenes Caldas, as investigações tiveram início em maio deste ano.

##RECOMENDA##

"A partir da denúncia de uma paciente atendida por ele em uma unidade de saúde pública em Nova Serrana, iniciamos os levantamentos e identificamos outras quatro vítimas das cidades de Cláudio, São Sebastião do Oeste e Divinópolis. De posse dessas informações, representamos pelos mandados judiciais cumpridos nesta manhã, no bairro Niterói, em Divinópolis", explicou.

As investigações seguem em andamento na Delegacia Regional de Polícia Civil em Nova Serrana.

A Justiça de Santa Catarina condenou um médico clínico-geral por abuso sexual e atos libidinosos contra pacientes a cinco anos, cinco meses de 10 dias de reclusão em regime fechado. Segundo ação na 1.ª Vara Criminal, os crimes foram cometidos na cidade de Chapecó.

Além da pena de prisão, o acusado terá que pagar indenização no valor de R$ 50 mil a cada vítima por danos sofridos. Segundo a sentença, as denúncias mostram que os abusos aconteceram em julho de 2015, quando o médico atuava como clínico-geral em um posto de saúde, e em setembro de 2018, quando ele trabalhava como otorrinolaringologista em uma clínica popular.

##RECOMENDA##

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina divulgou detalhes do comportamento do médico durante os atendimentos. "Quando questionado pelas vítimas por analisar as partes íntimas com as mãos, argumentou que se tratava de 'procedimento padrão'".

Segundo a ação, o médico chegou a 'introduzir a mão no órgão genital da paciente', durante um exame para avaliar problemas no nariz.

O médico poderá recorrer em liberdade. "Não há qualquer dúvida de que o acusado efetivamente praticou os fatos narrados na denúncia", pontuou o juiz 1ª Vara Criminal da comarca de Chapecó.

"As vítimas confirmaram que, sob o falso pretexto de examinar os sintomas descritos por elas, o réu as tocava de modo lascivo em suas partes íntimas, de maneira incondizente com os ditames médicos."

O magistrado frisou que o depoimento das vítimas 'representa a viga mestra da estrutura de provas'. Ele destacou 'a esperada firmeza e segurança da acusação'. "Não fosse assim, certamente crimes desta natureza ficariam impunes, face à ausência, em regra, de testemunhas presenciais do fato criminoso."

A polícia investiga se um adolescente de 13 anos com transtorno de espectro autista foi vítima de abuso sexual no banheiro de uma escola estadual, em Votuporanga, interior de São Paulo. Colegas dos abusadores teriam filmado os atos e compartilhado as imagens com outras pessoas.

A direção da escola entregou o material à Polícia Civil. Uma investigação está em curso. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que os alunos foram suspensos e a direção da escola foi afastada para a apuração das responsabilidades.

##RECOMENDA##

Conforme a denúncia registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o crime aconteceu no dia 26 de setembro, na Escola Estadual Dr. José Manoel Lobo, que tem cerca de mil alunos dos ensinos fundamental e médio. Estudantes do 6º e do 7º ano do fundamental teriam levado o garoto ao banheiro da unidade e cometido os abusos.

Outros alunos presenciaram e filmaram os atos. O adolescente passou por exame de corpo de delito e a polícia aguarda o laudo.

A investigação vai apurar se houve omissão de funcionários. Os envolvidos nos atos infracionais, todos menores de idade, foram identificados pela direção da instituição. Os pais e responsáveis foram convocados e os alunos foram suspensos das aulas.

A pasta estadual informou que os funcionários responsáveis pela zeladoria interna e os dirigentes da escola também foram afastados.

Em nota, a secretaria estadual disse que repudia toda e qualquer forma de abuso, violência e importunação sexual. "A pasta lamenta veementemente o ocorrido e informa que tomou todas as medidas legais cabíveis", disse.

Uma apuração está em andamento na Diretoria de Ensino de Votuporanga e pode resultar em sanções administrativas aos funcionários envolvidos. A Seduc-SP informou ainda que vai intensificar as ações de inclusão e mediação com os estudantes e equipe escolar, por meio do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP). "O aluno poderá realizar atendimento pelo Programa Psicólogos na Educação, se autorizado por seus responsáveis", disse.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que a União e a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e atual senadora da República Damares Alves indenizem a população do Arquipélago do Marajó (PA). O caso refere-se a uma fala da ex-ministra num culto evangélico, durante as eleições de 2022, contendo falsas informações sensacionalistas envolvendo abuso sexual e torturas às crianças do Marajó.

Na ação, o MPF pede que a União e a ex-ministra sejam condenados ao pagamento de R$ 5 milhões (metade do valor para cada réu) por danos sociais e morais coletivos, a serem revertidos em favor de projetos sociais destinados à região do arquipélago.

##RECOMENDA##

O MPF pede ainda que a União seja condenada a elaborar, divulgar e executar imediatamente um plano de ações, com políticas públicas reais para a região para a concretização das metas pretendidas no Programa Cidadania Marajó. As medidas devem ser implementadas sem prejuízo das ações já programadas.

O que aconteceu?

Segundo a ação, no dia 8 de outubro de 2022, durante culto evangélico em Goiânia (GO), a recém-eleita senadora da República pelo Distrito Federal narrou detalhes de práticas sexuais violentas e torturas com crianças do Arquipélago do Marajó, das quais teria tomado conhecimento enquanto ministra de Estado.

O MPF aponta que os crimes foram narrados no contexto de campanha eleitoral para o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, e usados para justificar a existência do “maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó”. No caso, a ex-ministra referia-se ao Programa Abrace o Marajó, criado pelo governo federal durante a sua gestão como ministra, com o objetivo de melhorar o IDH dos municípios da região.

Para os procuradores da República que assinam a ação, as graves violações na região do Marajó não justificam “a utilização sensacionalista da vulnerabilidade social daquela população, associada à divulgação de fatos falsos, como palanque político e eleitoral em benefício do então presidente da República e da própria ministra”.

Dano moral coletivo e dano social

Segundo a ação, além de não contribuírem em nada, as reiteradas desinformações discriminatórias divulgadas por uma alta autoridade da Administração Pública federal reforçam estereótipos e estigmas históricos. De acordo com os procuradores, esse tipo de informação falsa confunde a sociedade e prejudica a execução de políticas públicas sérias e comprometidas com a melhoria das condições sociais da população do Marajó, causando danos sociais e extrapatrimoniais aos moradores da região.

Nesse contexto, os procuradores salientam que as declarações de uma ex-alta autoridade da Administração Pública federal e recém-eleita senadora da República geraram grande repercussão em diversos setores da sociedade e na mídia.

Segundo eles, as consequências (danos sociais e morais coletivos) foram graves e potencializados pelo trânsito rápido e instantâneo com que as informações são veiculadas em razão das tecnologias atualmente disponíveis. Além disso, ocasionaram grande movimentação de força de trabalho e gastos públicos para analisar as denúncias e apurações relacionadas aos fatos narrados por Damares Alves, embora nada tenha sido confirmado.

Apuração

Na ação, o MPF cita atuação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), que solicitou informações ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) acerca dos supostos crimes envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis na região do Marajó, no período de 2016 a 2022.

Em resposta, o Ministério informou que entre 2016 e 2022, o quantitativo de registros somava 251 denúncias, encaminhadas às autoridades competentes. Segundo a ação, as informações revelaram registros desorganizados e, por muitas vezes, genéricos, sem indicação exata do que havia sido requisitado pela PFDC. Dessa forma, o MPF aponta que o MMFDH “não comprovou os registros dos crimes de altíssima gravidade narrados por sua própria ex-ministra”.

Em outra frente de atuação, os procuradores da República que atuam no Pará também solicitaram ao ministério informações sobre os supostos crimes contra crianças da região e quais providências o órgão tomou ao descobrir os casos, e se houve denúncia ao Ministério Público ou à Polícia. O MPF também solicitou informações ao estado do Pará, que respondeu dizendo não haver registros de supostos atos de tráfico internacional de menores na Ilha do Marajó.

Os procuradores da República daquela região também ressaltaram que, em 30 anos, nenhuma denúncia foi recebida pelo MPF sobre tráfico de crianças. Segundo a nota do órgão, o MPF atuou, de 2006 a 2015, em três inquéritos civis e um inquérito policial instaurados a partir de denúncias sobre supostos casos de tráfico internacional de crianças que teriam ocorrido desde 1992 no arquipélago do Marajó, no Pará. “Nenhuma das denúncias mencionou nada semelhante às torturas citadas pela ex-ministra Damares Alves”, diz um dos trechos da nota.

Além do MPF, o Ministério Público do Pará (MPPA) também divulgou nota informando que não havia recebido denúncia formal ou prova do que a ex-ministra relatou. A Polícia Federal também informou que nenhuma das investigações da corporação coincide com os fatos narrados por Damares Alves.

A presidente da maior agência de pop juvenil japonês anunciou a sua demissão nesta quinta-feira (7), após reconhecer os abusos sexuais cometidos durante décadas por seu tio e antecessor contra jovens contratados na cena musical do país.

"A agência e eu reconhecemos pessoalmente os abusos sexuais cometido por Johnny Kitagawa", declarou em coletiva de imprensa Julie Fujishima, sobrinha do rei do pop japonês, que morreu em 2019 aos 87 anos.

"Peço desculpas às suas vítimas do fundo do meu coração", acrescentou.

A demissão de Fujishima ocorre uma semana após a publicação dos resultados de uma investigação que expôs as agressões sexuais cometidas por Johnny Kitagawa contra muitos jovens talentos durante décadas.

Kitagawa fundou a agência Johnny & Associates em 1962, que reinou suprema na indústria cultural japonesa durante décadas e lançou bandas famosas de jovens estrelas como Smap, Arashi e Tokio.

As acusações de abuso sexual e exploração de menores já haviam sido mencionadas há muito tempo na imprensa local. Em 1999, o semanário Shukan Bunshun publicou uma série de artigos apresentando várias acusações de meninos contra ele.

No entanto, Kitagawa recebeu indenização por difamação nesses artigos, embora a decisão tenha sido parcialmente anulada em recurso.

Julie Fujishima nomeou o cantor e ator Noriyuki Higashiyama, veterano da agência, para substituí-la.

"Levará muito tempo até que possamos reconquistar a confiança do povo", disse Higashiyama. "Vou dedicar o resto da minha vida para resolver este problema", acrescentou.

Fujishima explicou que, no entanto, permaneceria no conselho de administração da agência para ajudar a "compensar" as vítimas.

- "Centenas" de vítimas -

Durante outra coletiva de imprensa, as supostas vítimas de Kitagawa reagiram positivamente aos anúncios da agência, embora sintam que não são suficientes.

"As cicatrizes que ficaram em meu coração nunca desaparecerão completamente", declarou Yukihiro Oshima, que foi um dos meninos "Johnny's" no final dos anos 1990.

A polêmica surgiu após a transmissão este ano de um documentário do canal de televisão público britânico BBC e das denúncias públicas de uma das suas supostas vítimas.

Depois, o cantor japonês-brasileiro Kauan Okamoto falou publicamente em maio sobre sua experiência de ter sido agredido sexualmente por Kitagawa em diversas ocasiões.

A chefe da agência de talentos pediu desculpas, mas negou qualquer conhecimento das ações de seu antecessor.

A agência encomendou uma comissão composta por um advogado, um psiquiatra e um psicólogo para investigar o assunto e estimou que pelo menos "várias centenas" de jovens foram agredidos sexualmente por Kitagawa.

O relatório da comissão cita descrições precisas de abuso sexual recolhidas durante entrevistas com 41 supostas vítimas de agressão e depoimentos de funcionários da agência.

Recomendou a renúncia de Fujishima, que sucedeu Kitagawa em 2019, argumentando que ela já sabia das acusações há algum tempo, mas decidiu fechar os olhos.

Segundo a investigação, as agressões sexuais contra jovens talentos podem remontar à década de 1950, antes mesmo da fundação da agência.

A Polícia Federal prendeu nesse sábado (26) um homem acusado de abusar sexualmente de seus três enteados – duas crianças e um adolescente, na Operação “Kaleu 23”. Foi cumprido um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Pará, em Belém/PA, contra o suspeito dos crimes.

As investigações se iniciaram após a comunicação da polícia australiana sobre vídeos em que um brasileiro aparece abusando sexualmente de uma criança, publicados em fóruns da Darkweb - sites que requerem programas, configurações ou autorizações específicas para serem acessados e, por isso, não aparecem em sistemas de busca.

##RECOMENDA##

A partir dessas informações, a Polícia Federal entrou em ação por meio da Força Tarefa de Identificação de Vítimas, coordenada pela Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil, em Brasília/DF. Utilizando-se de modernas técnicas de investigação cibernética e tecnologia, conseguiu identificar os suspeitos, moradores do distrito de Mosqueiro, a cerca de 70 quilômetros de Belém.

Com base nisso, a ação foi desencadeada pela PF, que confirmou a identidade e idade das vítimas, além de ter apreendido o aparelho celular e notebook que o investigado utilizava para compartilhar os arquivos na DarkWeb.

No cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram encontradas roupas que aparecem nas filmagens criminosas. Na análise preliminar em sua residência, os policiais encontraram arquivos com links de acesso aos fóruns e as senhas salvas, no notebook apreendido. Os itens apreendidos serão submetidos a perícia técnica para extração do conteúdo.

Outras vítimas podem ser identificadas durante as investigações, bem como a participação de outras pessoas nos crimes.

Os crimes investigados são de estupro de vulnerável, satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente, divulgação de cena de estupro de vulnerável, além de produção, armazenamento e compartilhamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil.

O nome da operação, “Kaleu23”, é uma referência à denominação empregada pelo alvo nos fóruns em que compartilhava o conteúdo na DarkWeb.

Da assessoria

A ex-diretora de uma escola judaica ultraortodoxa na Austrália foi condenada nesta quinta-feira a 15 anos de prisão por abusar sexualmente de duas estudantes entre 2004 e 2007.

Malka Leifer, ex-professora de religião e ex-diretora da Escola Adass Israel de Melbourne, foi considerada culpada em abril de 18 acusações, incluindo o estupro de uma estudante e a agressão sexual da irmã desta aluna.

O juiz Mark Gamble a condenou a 15 anos de prisão.

Ao pronunciar a condenação, o juiz afirmou que seu crime "marcou por toda a vida" as irmãs e destacou a "indiferença" da acusada para com sua vítimas.

Leifer, mãe de oito filhos, fugiu para Israel em 2008, quando começaram a circular rumores sobre os abusos.

A mulher, com dupla nacionalidade israelense e australiana, lutou durante anos para evitar sua extradição, mas foi finalmente entregue à Austrália em 2021.

As irmãs Dassi Erlich e Elly Sapper celebraram a decisão do juiz de "derrubar os muros do silêncio" na comunidade ultraortodoxa de Melbourne ao deixarem o tribunal.

"Estamos aqui hoje porque não desistimos”, declarou Erlich.

"Esta luta nunca foi só nossa. Estamos mostrando que as vozes dos sobreviventes não serão e não podem ser silenciadas, quaisquer que sejam os obstáculos", afirmou.

Vestida com um uniforme azul claro, Leifer ouviu impassível a sentença por videoconferência de sua prisão em Melbourne.

Segundo a acusação, Leifer estuprou uma das irmãs, então adolescente, em 2006, depois de convidá-la para dormir em sua casa para "aulas de kallah", um curso pré-matrimonial.

Em diversas ocasiões, ela disse às alunas que estavam sendo preparadas para se tornarem esposas, segundo o promotor.

"Isso irá ajudá-la em sua noite de núpcias", disse a uma das vítimas.

Um educador ligado ao movimento católico Comunhão e Libertação (CL), de 52 anos, foi detido neste sábado (19), em Caorle, em Veneza, sob a acusação de agressão sexual contra uma adolescente de 14 anos.

De acordo com os investigadores, o chefe provincial da Juventude Estudantil "Dom Giussani" de Reggio Emilio teria abusado de uma menina confiada a ele por seus pais durante um retiro espiritual em Rimini.

##RECOMENDA##

O juiz de instrução do Tribunal de Rimini, Vinicio Cantarini, assinou a ordem de prisão preventiva após inquérito apurado pelos carabineiros da cidade, coordenado pelo subprocurador Davide Ercolani.

"No momento, só posso dizer que há algumas semanas, em nome do meu cliente, apresentei aos promotores públicos de Rimini e Reggio Emilia, de acordo com as disposições da lei, um pedido para saber se havia investigações pendentes contra ele. Aí veio a medida cautelar", explicou o advogado de defesa do suspeito, Liborio Cataliotti.

Por sua vez, o grupo ativista católico leigo italiano manifestou "desgosto e consternação" pelo caso e revelou que o educador "já foi suspenso".

"O investigado foi suspenso de qualquer encargo educativo no seio de CL já há algumas semanas, logo que foi levantada a possibilidade de eventual abusos e ao mesmo tempo ter recebido a informação de que esta denúncia já havia sido endereçada à autoridade judiciária competente", diz a nota.

O movimento católico reforçou que está "em contato com a família da menor envolvida para prestar todo o apoio e ajuda possível, acompanhando-os também na oração neste doloroso caso".

"Com o devido respeito a todas as pessoas envolvidas, esperamos que o devido sigilo vai agora manter-se sobre o caso, aguardando e confiando que os trabalhos das entidades competentes irão esclarecer o mais brevemente possível", concluiu o texto.

O caso ocorre um dia antes do CL abrir seu comício anual de cinco dias em Rimini, cujos convidados incluirão o presidente da Itália, Sergio Mattarella.

Da Ansa

Na manhã desta terça-feira, dia 15, Alice Wegmann participou do Encontro e bateu um papo com Patrícia Poeta sobre a estreia de Rensga Hits na TV Globo. A série já estava disponível no Globoplay, mas agora também poderá ser vista na televisão aberta.

A atriz, que coleciona uma série de papéis no currículo, começou a conversa refletindo sobre o seu amadurecimento profissional e detalhou o que a personagem Raíssa representa para ela.

##RECOMENDA##

- Eu acho que a gente vai cada vez mais se apaixonando por essa profissão, porque tem sempre uma surpresa. A minha voz mudou, acho que eu mudei muito ao longo desses anos. A gente vai amadurecendo nas telinhas também. De certa forma, as pessoas que acompanham a gente também estão mudando. É muito lindo olhar para trás e reconhecer os erros e também as conquistas. A gente está estreando Rensga Hits!, que é uma série maravilhosa, faço uma cantora sertaneja, a gente já estreou ano passado na Globoplay e agora estreando na TV Globo dia 21. É uma série que a personagem é muito solar, eu vinha de personagens um pouco mais intensas, densas, eu estava muito em busca desse sol. A Raíssa veio como um sol na minha vida. Acho que foram grandes oportunidades de fazer personagens muito diferentes e eu gosto muito de gente. Acho que é através da arte que a gente acaba estudando um pouquinho mais.

Ao ser questionada se sempre gostou de cantar, a artista contou como é a sua relação com a música e como foi a preparação para a personagem:

- Eu sempre gostei muito de música. Acho que, depois do povo brasileiro, o que o Brasil tem de melhor é a nossa música. Digo incluindo todos os gêneros. Sempre ouvi muita MPB e o sertanejo entrou na minha vida tem uns três ou quatro anos, que eu ouvia com mais força. Foi muito legal entrar nesse universo, eu não cantava antes. Eu tocava um pouquinho de violão, cantava um pouquinho no meu chuveiro e a gente fez umas duas semanas de aula de canto intensivão. Chegamos em um lugar muito legal, quem fez a produção musical foi o Dudu Borges, que é um grande produtor musical. Acho que as músicas são chiclete, todo mundo fica com elas na cabeça durante um bom tempo.

Alice também está no elenco da segunda temporada da série Justiça, que toca em temáticas sensíveis ao falar sobre violência contra a mulher.

- É muito difícil a gente falar sobre Justiça em um país como o Brasil. É muito delicado. Eu acho que essa série já na primeira temporada levanta muitos questionamentos e debates muito importantes que o nosso país precisa falar mais sobre. É uma série que faz a gente questionar o que é certo e errado, até que ponto a gente pode ir. O Justiça traz várias histórias diferentes desses exemplos de situações que a gente vive aqui.

Ao comentar sobre a produção, a artista explicou sua personagem:

- Uma das histórias que vem nessa nova temporada é a da Carolina, que eu faço. É uma personagem abusada pelo tio. Isso acontece em um período de dois anos, ela vai embora para fugir da cidade dela. Quando volta, o tio continua tentando de alguma forma assediá-la. Tentando não, conseguindo. Ela se vê muito perdida, porque está sozinha em uma família que não reconhece aquilo que está acontecendo. Ela não tem muito bem com quem contar, isso acaba tensionando ainda mais, a vida dela toma rumos inimagináveis. É uma história muito envolvente, porque de alguma forma infelizmente muitas das mulheres vão se identificar. Acho que a gente tem falado cada vez mais sobre abusos, assédios, estupros que acontecem com uma frequência muito grande aqui no Brasil. Sinto que de alguma forma essa história vai dar uma chacoalhada também nesse assunto que é necessário. A gente precisa cada vez mais falar sobre isso, expor esse tipo de situação.

Em uma publicação feita em julho para divulgar a série, a atriz revelou aos seguidores que sofreu abuso. Ao relembrar o desabafo, ela explicou:

- Nesse meu relato nas redes sociais, eu abri isso justamente por saber que muitas das minhas amigas já passaram por isso, acho que a grande maioria, infelizmente. Sinto que a gente ainda tem muita dificuldade de falar, de assumir, porque a vergonha é muito grande. A gente sente culpa sobre uma coisa que a gente não tem. As feridas estão muito abertas ainda. Quanto mais a gente fala, mais isso vai se curando.

Quatro novas vítimas de abusos sexuais praticados por um líder religioso em Lucas do Rio Verde, no interior do Mato Grosso, surgiram após a prisão do suspeito, realizada pela Polícia Civil, na última quarta-feira (2). O homem está preso preventivamente desde quinta-feira (3), quando passou por audiência de custódia. Nove mulheres, vítimas dos abusos, já foram identificadas. 

Em depoimento, o religioso negou as denúncias, revelando que realizava os atendimentos espirituais nas cidades de Lucas do Rio Verde, Sinop e Alta Floresta. A delegada responsável pelas investigações, Ana Carolinne Mortoza Terra, acredita que, com o avanço dos trabalhos, devem aparecer novas denúncias de outras vítimas dessas cidades. 

##RECOMENDA##

As investigações iniciaram após denúncias de três vítimas de Lucas do Rio Verde. A primeira denúncia foi registrada no ano de 2020 e as outras duas nos meses de junho e julho de 2023. Outras duas vítimas foram identificadas na cidade de Sinop. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito agia por meio de manipulação psicológica, sob argumentos de conexão e troca energética, colocando de forma fraudulenta na mente das vítimas a necessidade de realização de um ritual espiritual. 

Acreditando que receberiam uma cura espiritual, as vítimas deixavam que o suspeito realizasse toques corporais, chegando em um dos casos ao ato sexual, após ingestão de um chá. 

Segundo a delegada, todas as vítimas identificadas, até o momento, são mulheres, algumas passando por momento de fragilidade, tendo o suspeito aproveitado dessa condição para ludibriá-las. “Temos vítimas que foram abusadas desde o primeiro atendimento e outras, que frequentavam o centro por um longo período, gerando até mesmo uma dependência emocional do tratamento realizado pelo suspeito e das substâncias por ele utilizadas”, disse a delegada. 

 

Após levar uma goleada de 5 a 0 do Japão e às vésperas do confronto com a Espanha pela Copa do Mundo feminina, a seleção de Zâmbia teve uma terça-feira tumultuada. A entrevista coletiva do técnico Bruce Mwape foi encerrada antes do previsto após perguntas de jornalistas sobre a acusação de abuso sexual que ele enfrenta na Justiça do seu país. As próprias jogadoras da seleção africana seriam supostas vítimas do caso.

A primeira pergunta sobre o tema chegou a ser vetada por um oficial de mídia da Fifa, mas Mwape decidiu responder a um segundo questionamento sobre o tema. O treinador foi perguntado se a sua saída do cargo seria positiva para a seleção zambiana.

##RECOMENDA##

"Que ambiente afeta a equipe? Do que você está falando? Gostaria de saber porque não tem como eu me aposentar sem motivo. Talvez a razão (para a sua pergunta) seja por aquilo que você está lendo na mídia ou na imprensa, mas a verdade sobre o assunto deverá aparecer, não apenas rumores", afirmou o treinador.

Novas perguntas foram vetadas na sequência, até que oficiais de mídia decidiram pelo encerramento da entrevista coletiva. Muitos jornalistas não puderam fazer questões sobre o treinador. A acusação, revelada pelo jornal inglês The Guardian, veio à tona no início deste mês, às vésperas do Mundial.

Uma jogadora, que preferiu não se identificar, confirmou a denúncia: "Se ele (Mwape) quiser dormir com alguém, você tem que dizer sim... É normal que o treinador durma com as jogadoras em nossa equipe", disse ao The Guardian. Além de Mwape, Kaluba Kangwa, treinador da seleção sub-17, também está entre os funcionários investigados. A Associação de Futebol da Zâmbia encaminhou o caso para a Fifa, que está coordenando as investigações desde setembro do ano passado.

Mwape foi nomeado técnico da Zâmbia em 2018 e o levou a equipe para a sua primeira Copa do Mundo neste ano, na Austrália e na Nova Zelândia. De acordo com os relatos de jogadoras, o treinador as coagia a ter relações sexuais para continuar jogando pelo seu país.

Um ginecologista de Nova York acusado de abusar de dezenas de mulheres, entre elas a mulher de um ex-candidato à presidência, foi condenado nesta segunda-feira (24) a 20 anos de prisão por abusos sexuais.

Robert Hadden, 64, foi declarado culpado em janeiro por induzir pacientes a viajarem de outros estados para fazer exames ginecológicos em Manhattan, onde o médico abusava sexualmente delas.

##RECOMENDA##

A promotoria apelidou Hadden, que perdeu seu registro em 2012, de "predador de jaleco branco". Ao anunciar a sentença, o juiz Richard Berman disse que nunca havia visto "nada tão horrível, inimaginável ou depravado" como o caso do médico.

Após cumprir a pena, Hadden ficará em liberdade vigiada pelo restante de sua vida, informou um porta-voz do tribunal à AFP.

Morador do estado vizinho de Nova Jersey, Hadden foi acusado de abusar de mulheres entre o começo da década de 1990 e 2012. Entre suas vítimas, está Evelyn Yang, mulher de Andrew Yang, empresário do setor de tecnologia que aspirava à presidência em 2020 pelo Partido Democrata.

Em janeiro daquele ano, Evelyn disse à rede de TV CNN que Hadden havia abusado dela em 2012, quando ela estava grávida de sete meses de seu primeiro filho. Em um primeiro momento, ela não contou o que havia acontecido ao marido.

Hadden se declarou culpado em 2016 de duas acusações de apalpação e uma de abuso sexual de terceiro grau, após um acordo com a promotoria que o poupou da prisão. Como parte do acordo, ele perdeu seu registro médico.

No ano passado, o Centro Médico Irving, da Universidade de Columbia (CUIMC), anunciou que havia fechado um acordo de US$ 165 milhões (R$ 783 milhões) para ressarcir 147 pacientes de Hadden. Isto ocorreu depois que a Columbia anunciou outro acordo, de US$ 71,5 milhões, em 2021, entre seus hospitais e 79 pacientes de Hadden representadas por um advogado diferente.

Segundo a Universidade de Columbia, o departamento de obstetrícia e ginecologia do CUIMC revisou na última década as políticas existentes e ampliou os recursos para aumentar a segurança das pacientes.

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam, nesta segunda-feira (24), um padre, de 33 anos, suspeito de abusar sexualmente de duas crianças​, de 11 e 12 anos.

De acordo com a polícia, as vítimas frequentavam uma paróquia em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (capital), onde o autor exercia o sacerdócio. Ele foi afastado das funções em razão de uma ordem judicial.

##RECOMENDA##

O autor se apresentou na delegacia com seu advogado após o mandado de prisão preventiva ser decretado pela Justiça. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 20 anos de prisão.

Com informações da PCRJ

Os casos de estupro e estupro de vulnerável notificados no ano passado às autoridades policiais chegaram a 74.930 (205 por dia, em média), o que representa 36,9 em cada grupo de 100 mil habitantes. O número é 8,2% maior do que o registrado em 2021, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (20), no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os casos de estupro somaram 18.110 vítimas em 2022, crescimento de 7% em relação ao ano anterior, e os de estupro de vulnerável, 56.820 vítimas, 8,6% a mais do que no ano anterior. 

##RECOMENDA##

Segundo os dados, 24,2% das vítimas eram homens e mulheres com mais de 14 anos, e 75,8% eram capazes de consentir, fosse pela idade (menores de 14 anos), ou por qualquer outro motivo (deficiência, enfermidade etc.). Apenas 8,5% dos estupros no Brasil são reportados às polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde. Assim, conforme a estimativa, o patamar de casos de estupro no Brasil é de 822 mil casos anuais. 

A pesquisa revela que as crianças e adolescentes continuam sendo as maiores vítimas da violência sexual: 10,4% das vítimas de estupro eram bebês e crianças com idade até 4 anos; 17,7% das vítimas tinham entre 5 e 9 anos e 33,2% entre 10 e 13 anos. Ou seja, 61,4% tinham no máximo 13 anos. Aproximadamente 8 em cada 10 vítimas de violência sexual eram menores de idade. Pela legislação brasileira, uma pessoa só passa a ser capaz de consentir a partir dos 14 anos. 

De acordo com o anuário, no ano passado, 88,7% das vítimas eram do sexo feminino e 11,3%, do masculino; 56,8% eram pretas ou pardas (no ano anterior. eram 52,2%); 42,3%, brancas; 0,5%, indígenas; e 0,4%, amarelas. 

“Embora não tenhamos pesquisas sobre o tema no Brasil, é comum ouvir relatos de profissionais de educação, ou mesmo de policiais, que indicam que foi o professor ou a professora que notou diferenças no comportamento da criança e primeiro soube do abuso. Assim, a escola tem papel fundamental para identificar episódios de violência, mas, principalmente, em fornecer o conhecimento necessário para que as crianças entendam sobre abuso sexual e sejam capazes de se proteger”, diz o anuário. 

Ainda segundo o anuário, é comum a criança não ser capaz de reconhecer o abuso, seja por falta de conhecimento, seja por vínculo com o agressor. “É compreensível que a criança tenha algum sentimento de amor, ou mesmo lealdade, pelo agressor, já que em geral o abuso é praticado por pais, padrastos, avós e outros familiares. Além disso, o abusador tende a manipular a criança com ameaças ou subornos, o que garante o silêncio da vítima. O sentimento de culpa ou vergonha costuma estar presente na criança, que acaba não revelando nada a familiares.” 

Conforme os registros 82,7% dos abusadores são conhecidos das vítimas e 17,3%, desconhecidos. Entre as crianças e adolescentes com idade até 13 anos, os principais autores são familiares (64,4% dos casos) e 21,6%, conhecidos da vítima, mas sem relação de parentesco. Entre as vítimas de 14 anos ou mais, chama a atenção que 24,4% dos abusos foram praticados por parceiros ou ex-parceiros íntimos da vítima, 37,9% por familiares e 15% por outros conhecidos. Apenas 22,8% dos estupros de pessoas com mais de 14 anos foram praticados por desconhecidos. 

A residência é o local que aparece com mais frequência, já que em média, 68,3% dos casos somados de estupro e estupro de vulnerável ocorreram na casa da vítima. A proporção dos estupros de vulnerável que ocorrem em casa é de 71,6% e nos estupros, de 57,8%. A via pública foi o local apontado em 17,4% dos registros de estupro e em 6,8% dos de vulnerável. A maioria dos casos de violência sexual (53,3%) ocorre à noite ou na madrugada (entre 18h e 5h59). Quanto às ocorrências de estupro de vulnerável, que atingem principalmente crianças, a maioria (65,1%) foi ao longo do dia, entre 6h e 11h59, ou entre o meio-dia e as 17h59, período em que a mãe ou cuidadora em geral está fora. 

Segundo Juliana Brandão, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de casos de estupros é o maior desde que a instituição começou a acompanhar tais ocorrências, e é difícil atribuir o aumento a um único fator, principalmente porque é um crime extremamente complexo, que tem suas especificidades. “Neste caso, estamos falando de crianças com até 13 anos, consideradas vulneráveis. Esse aumento dos números é apenas o aumento das notificações, porque o crime de estupro por si só já é um crime que, pela natureza que carrega, já tem muita subnotificação. Quando estamos olhando para esse universo mais de crianças e adolescentes, é mais difícil ainda imaginar que crianças e adolescentes foram responsáveis por notificar a grande violência que sofreram”, afirmou. 

Para Juliana, é possível que esse resultado seja fruto de um conjunto de fatores que pode ser explicado, em parte, pelo maior empoderamento das vítimas, mas não se pode esquecer de analisar que há pessoas que estão sendo os vetores dessa comunicação oficial para as autoridades, os adultos. “E são esses adultos que conseguiram, de alguma forma, funcionar fazendo essa mediação, ouvindo o relato das crianças e adolescentes e levando para a polícia para que o registro fosse efetivado”, acrescentou.

A Polícia Civil do Paraná prendeu um homem, de 45 anos, por estupro contra a esposa, de 42. A captura aconteceu na sexta-feira (14), no bairro Cajuru, em Curitiba, mas foi divulgada nesta quarta (19).

Ele ainda é suspeito de cometer outros crimes contra a vítima como lesão corporal, injúria, ameaça, dano, perseguição e descumprimento de medidas protetivas de urgência. 

##RECOMENDA##

De acordo com as investigações, o indivíduo foi noticiado em pelo menos sete boletins de ocorrência envolvendo a mesma vítima.

- No dia 26 de junho, o suspeito a agrediu fisicamente a vítima, com puxões de cabelo e socos. Além de ter danificado pertences da esposa. 

- Já no dia 2 de julho, o indivíduo ameaçou matar a vítima e os pais dela.

- Ainda no início de julho, ele descumpriu a medida protetiva e ligou para ela, enviando áudios e pedindo desculpas pelas agressões anteriores. 

“Houve o registro, entre os anos de 2019 a 2021, de outros boletins de ocorrência na Delegacia da Mulher em Curitiba por crimes de estupro, ameaça, injúria, perseguição, lesão corporal e dano. Em dezembro de 2020, teria agredido a vítima com barra de ferro e forçado ela a praticar relações sexuais", afirma o delegado da PCPR Emanuel Almeida.

Com informações da assessoria da PCPR

No próximo domingo, dia 16, o Fantástico vai mostrar pela primeira vez o relato da mulher que denunciou Felipe Prior à polícia por violência sexual. Tudo teria acontecido em 2014, quando ela aceitou uma carona do ex-BBB.

No curto vídeo que adianta uma parte da conversa, o rosto da mulher não é mostrado para manter sua privacidade. Na conversa, ela dá maiores detalhes de como o crime aconteceu e revela:

##RECOMENDA##

- Ele é muito mais forte que eu, então não tinha como sair dessa situação.

Felipe Prior foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando