Tópicos | Ordem do Mérito

O padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, recebeu neste domingo (24) a medalha da Ordem do Mérito, no Grau Grã-Cruz. A condecoração, concedida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, homenageia pessoas que tenham prestado serviços relevantes ao país e aos brasileiros na área da Justiça.

"Esse trabalho social é um trabalho de justiça e um trabalho de segurança pública, porque só existe segurança pública quando há plenitude de direitos para todos. Não há possibilidade de nós termos segurança na sociedade apenas com a ideia de que a polícia vai resolver tudo. Não vai. Não há paz sem justiça", destacou o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante a cerimônia, realizada em uma capela na zona leste da capital paulista.

##RECOMENDA##

Lancellotti é pároco da Igreja São Miguel Arcanjo, também na zona leste, e atua em defesa de populações desprotegidas socialmente há 40 anos. Ao fazer seu sermão na missa celebrada neste domingo, o padre lembrou que “a população em situação de rua não tem acesso à água potável em muitos lugares do Brasil”.

O padre também defendeu justiça social, que garanta o necessário para a vida de todas as pessoas. “A justiça de Deus é equitativa. Essa é a questão que o Brasil também precisa entender, uma justiça equitativa. Não a cada um o que é dele, mas a cada um o que ele necessita”, enfatizou.

A decisão de homenagear o padre veio, segundo o ministro da Justiça, após a notícia de que ele vinha sendo ameaçado, em agosto. De acordo com Dino, o pedido para a condecoração partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Padre Júlio tem um trabalho social que é fundamental para São Paulo e para o Brasil. É um trabalho inspirador em que ele pratica atos de justiça, de misericórdia. É uma inspiração para a cidadania, para as pessoas todas. Especialmente aqueles que estão no governo, em tarefas governamentais, pratiquem esses sentimentos, esses princípios positivos que o Padre Júlio emana”, disse o ministro.

O autor do bilhete com ameaças e ofensas deixado na porta da igreja São Miguel Arcanjo foi identificado após análise das imagens das câmeras de vigilância.

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida, que também participou da celebração, disse que atuação de Lancellotti é um “farol” para as ações da sua pasta. “Toda vez que a gente no ministério acha que vai perder o rumo, a gente pensa ‘o que o padre Júlio Lancellotti faria nesse caso’”, destacou em breve discurso.

Em discurso representando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na cerimônia de entrega da comenda da Ordem do Mérito ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a ministra Cármen Lúcia desferiu elogios ao senador e disse que "ele falou quando muitos se calaram".

A ministra citou a escalada do extremismo político no Brasil, que culminou nos atos golpistas de 8 de janeiro, e elogiou Pacheco por ser "conciliador em tempos de conflito de toda ordem". Cármen disse que Pacheco "advogou a causa da democracia" ao defender a confiabilidade das urnas eletrônicas e garantir a realização de eleições limpas e transparentes. "Amigo da democracia", classificou.

##RECOMENDA##

"Não há de ter mais lugar no Brasil a descompostura no desempenho de funções públicas, e quem dá o tom de respeito estatal e físico em primeiro lugar é agente público", ressaltou. Ao ressaltar a defesa de Pacheco às instituições, Cármen disse que "a democracia não é inerte" e que a "República não permite omissão".

A ministra enfatizou as características "mineiras" do senador. "Pacheco caracteriza-se por ser um mineiro de trato fino, sereno e firme. Homem de poucas, mas assertivas e acertadas palavras, tem a rara qualidade que se recomeça a compor o Brasil, de saber ouvir", disse Cármen.

Ao retomar "conflitos instigados" no passado recente do País, Cármen Lúcia disse que "conflitos de ideias viraram mentiras destiladas, falsidades divulgadas, dúvidas insufladas sem qualquer embasamento que não a mera vontade". "Destruir quase sempre é fácil, construir exige talento."

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou na noite desta terça-feira, 7, na cerimônia em que recebeu a comenda da Ordem do Mérito do Tribunal Superior Eleitoral Assis Brasil, que o TSE teve "papel decisivo na manutenção dos valores democráticos de nosso País" e que as tentativas de desacreditar o resultado das eleições foram "infrutíferas".

"Acompanhei de perto a atuação do presidente do TSE, o eminente ministro Alexandre de Moraes, e sou testemunha de que Vossa Excelência conduziu o pleito eleitoral absolutamente comprometido com a Constituição Federal e com a legislação pátria", disse Pacheco em seu discurso. Moraes foi o responsável por entregar a comenda a Pacheco. A homenagem foi aprovada por unanimidade pela Corte eleitoral no ano passado.

##RECOMENDA##

O senador afirmou que o Brasil passou por graves "turbulências políticas" mas destacou a confiança nas urnas eletrônicas e a "maturidade institucional" da sociedade brasileira como fatores indispensáveis para a preservação da democracia.

O senador ainda ressaltou as urnas eletrônicas como motivo de orgulho nacional. "As eleições existem para assegurar a legitimidade do poder político, pois os resultados das urnas são a resposta da vontade popular. Legitimidade que deve ser reconhecida assim que proclamado o resultado da eleição", afirmou.

No evento, estão presentes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e outras autoridades como ministros e senadores.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando