Tópicos | Parada do Orgulho LGBT

A Prefeitura de São Paulo mudou os semáforos de pedestres da Avenida Paulista em "apoio à diversidade e em respeito ao público LGBT": em vez do símbolo do transeunte caminhando ou parado, agora há bonecos representando casais homoafetivos. A mudança ocorreu em seis intersecções da avenida, que neste domingo, 23, recebe a 23ª Parada do Orgulho LGBT.

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A iniciativa é da Prefeitura e da Secretaria de Mobilidade e Transportes, por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), responsável pela confecção e instalação dos pictogramas. A administração informou que na madrugada de domingo para segunda-feira, os semáforos voltam a apresentar as imagens padrão.

As seis intersecções onde será possível encontrar a sinalização estilizada são: Av. Paulista com Rua Augusta; Av. Paulista com Alameda Joaquim Eugênio de Lima; Av. Paulista com Rua Peixoto Gomide; Av. Paulista com Av. Brigadeiro Luís Antônio; Av. Paulista com Alameda Campinas; Av. Paulista com Rua Pamplona.

A 23ª. Parada do Orgulho LGBTI de SP acontecerá das 12:00 às 18:00 do próximo domingo, 23 de junho. A CET informou que irá ativar um plano operacional de trânsito na região da Av. Paulista, Rua da Consolação e Centro. "A interdição da Avenida Paulista, em ambos os sentidos, está prevista para às 10 horas, porém, as transposições pela Av. Brig. Luís Antônio, R. Teixeira da Silva e R. Carlos Sampaio/Maria Figueiredo permanecerão liberadas", informou em nota o órgão.

Neste domingo (23), ocorre a 23ª Parada do Orgulho LGBT, na Avenida Paulista, em São Paulo, e as bicicletas compartilhadas por meio do Bike Sampa estarão coloridas e disponíveis gratuitamente.

Para ter direito à gratuidade, é necessário se cadastrar no Bike Itaú, pelo site ou aplicativo, selecionar a opção "plano diário" e inserir o código: coloridinhas.

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O uso das bicicletas de forma gratuita é válido em todas as estações que já ocorrem o compartilhamento. Ao todo, serão 1.300 bikes personalizadas com a badeira do arco-íris.

 

A 23ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que será neste domingo (23), traz como tema o aniversário de 50 anos da Revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, em Nova York (EUA), quando um grupo de homossexuais que frequentava um bar chamado The Stonewall Inn decidiu, após uma batida policial, se manifestar contra às opressões que sofriam em uma época em que ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo era ilegal no país.

A revolta, que teve duração de três dias de enfrentamento contra a polícia, se tornou um marco nas reivindicações por direitos da população LGBT, influenciando outros movimentos pelo mundo. No mesmo dia do ano seguinte, também em Nova York, ocorreu a primeira Parada do Orgulho, em comemoração à Revolta. Aproximadamente 10 mil pessoas participaram da marcha e nos anos seguintes outras cidades do mundo aderiram ao movimento.

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Em entrevista publicada no site da Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo, a presidente do órgão, Claudia Regina, explica que a Revolta de Stonewall mostra que independentemente de qualquer ameaça que essa minoria enfrente todos os dias, dentro de casa ou em qualquer lugar, combater o preconceito é fundamental. "Precisamos ser fortes, resistir e sermos nós mesmos, vivendo e lutando por nosso amor que não difere em nada do amor de outras pessoas. Lembrar de Stonewall é lembrar de nossas conquistas e do nosso orgulho de ser LGBT".

A rebelião que levou ao movimento de luta pelos direitos dos LGBTs é considerada tão relevante que já foi retratada no cinema em 2015, com o filme "Stonewall: Onde o Orgulho Começou", dirigido por Roland Emmerich, e neste domingo (23), o "Fantástico" irá exibir o documentário “Stonewall”, de Dario Menezes. O programa vai ao ar às 21h na TV Globo.

Essa edição da Parada do Orgulho LGBT, de acordo com os organizadores, deve levar mais de três milhões de pessoas à Avenida Paulista. Entre as atrações principais estarão a ex-Spice Girl Mel C, Iza, Gloria Groove, Aretuza Love, Luiza Sonza, entre outros artistas da atualidade.

Serviço:

23ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

Quando: Domingo, 23 de junho, das 10h às 18h

Onde: Concentração em frente ao Masp, na Avenida Paulista

Para conferir a programação completa, acesse o site oficial do evento.

Milhares de pessoas participam neste domingo (19), na Praia de Copacabana, da 22ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays , Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) do Rio de Janeiro. Com o lema “Resistindo à LGBTIfobia, fundamentalismo, todas as formas de opressão e em defesa do Rio”, a organização não governamental (ONG) Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, que organiza o evento, definiu e edição deste ano como a parada da resistência.

“Historicamente, somos uma resistência. O Brasil não tem uma política pública de fato para a população LGBT. A homofobia é um fato. Praticamente a cada dia morre um homossexual vítima de homofobia no país. Se existimos, de alguma forma, é uma resistência”, disse o presidente do Grupo Arco-Íris, Almir França. De acordo com ele, a expectativa é reunir até 1 milhão de pessoas no evento. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

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Segundo os organizadores, a parada leva para as ruas pessoas que lutam por direitos iguais, que combatem a intolerância, o preconceito e o ódio, dando voz a quem viveu muito tempo à margem da sociedade.

De cadeiras de rodas por causa de um acidente vascular cerebral, Silvina Correa Fernandes, de 87 anos, foi assistir à parada levada pelo filho Osvaldo Araújo, de 52 anos, e seu marido André, com quem está casado há 26 anos. “Eu sempre venho, eu gosto. Tem que apoiar, né? Meu filho é uma maravilha”, disse Silvina.

Segundo Araújo, sua mãe sempre o apoiou e fica feliz em participar do evento. “A parada é importante para mostrar que todos somos iguais. Não tem diferença. Trabalho, pago meus impostos, tenho direito como qualquer outra pessoa”, contou o professor.

Acompanhada do marido, a psicóloga Mônica Ribeiro, de 46 anos, disse ser importante que a sociedade civil esteja presente na parada. “É importante esse tipo de ocupação, esse tipo de resistência. Apoio qualquer tipo de diversidade, as diferenças. Sou completamente a favor da diversidade, cada um tem direito de amar quem quiser”.

Este ano, houve incerteza sobre a realização da parada por falta de recursos financeiros para viabilizar trios elétricos e atrações artísticas. Pela primeira vez, a parada não recebeu nenhum aporte da prefeitura do Rio, que alegou problemas financeiros. O evento foi viabilizado com patrocínio de empresas privadas em troca de renúncia fiscal. Segundo os organizadores, os R$ 300 mil arrecadados são metade do valor ideal e, por isso, a parada teve menos trios elétricos. Os cantores aceitaram abrir mão do cachê para participar do evento.

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