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Os 27 estudantes eleitos para integrar o Parlamento Nacional do Mercosul Juvenil tomaram posse em cerimônia realizada na última segunda-feira (12), em Brasília. Os jovens escolhidos elaboraram projetos de melhorias para o ensino no Brasil. Os estudantes eleitos irão trabalhar junto a representantes de países do Mercosul  — Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela — e também do Peru, da Bolívia e Colômbia, para o mandato do biênio 2016/2018. Um estudante secundarista foi eleito em cada Estado da Federação e no Distrito Federal. A representante de Pernambuco, Gabriela Calábria Araújo Moraes dos Santos, de 16 anos, foi a mais votada dentre todos os estudantes eleitos e por isso foi a escolhida para ler o juramento parlamentar.

Gabriela conquistou 1.617 votos com o seu projeto para criação de um núcleo de apoio estudantil, com participação voluntária, para prestar serviços à comunidade ao redor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco, onde estuda. Dentre os serviços prestados pelos alunos está o esclarecimento para a população sobre questões ligadas ao combate à proliferação do mosquito transmissor do zika vírus, dengue e febre chikungunya. Gabriela afirma que 'se um grupo escolar fosse fornecer informação e eles estudassem isso com os professores, podendo aplicar as disciplinas que aprendem no colégio de uma maneira mais prática, acho que seria bem interessante'.

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Durante a semana, os estudantes eleitos para o Parlamento Juvenil do Mercosul participam de um curso de formação sobre temas da política educacional brasileira e que permeiam os cinco eixos temáticos sobre o ensino médio que os estudantes parlamentares querem: integração regional, inclusão educativa, igualdade de gênero, jovens e trabalho e direitos humanos. Após o encontro internacional, os jovens membros elaboram carta de recomendações a ser entregue aos ministros da área de educação que participam do Mercosul Educacional.

O Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) está recebendo inscrições de estudantes. Jovens do ensino médio brasileiro podem contribuir com a educação nos países do Mercosul pelos próximos dois anos. O edital com detalhes disponíveis a respeito da seleção pode ser acessado pelo portal do Ministério da Educação (MEC). A primeira etapa classificará 108 candidatos e na segunda fase será escolhido um representante por unidade da federação, totalizando 27 estudantes representando o Brasil. A previsão é de que esta etapa seja realizada online por um portal que será criado pelo MEC especificamente para esse fim. 

Para participar os interessados devem elaborar um projeto de protagonismo juvenil. A proposta tem que ser encaminhada à unidade regional da secretaria de educação ou a uma instituição da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica juntamente com os documentos exigidos no edital. O intuito é fazer com que os jovens atuem como protagonistas dentro da escola. No projeto devem estar inclusos temas como integração regional, inclusão educativa, gênero, jovem e trabalho, direitos humanos ou participação cidadã. A tarefa dos escolhidos para representar o Brasil no PJM será criar um documento que aborde o tema: O Ensino Médio que Queremos. A elaboração será em conjunto com os representantes dos outros países-membros do Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai, juntamente com os jovens dos países associados ao bloco, Bolívia e Colômbia.

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Surgimento do PJM

O projeto de protagonismo juvenil para estudantes do ensino médio surgiu dentro do setor educacional do Mercosul e em cada edição (2010, 2012 e 2014), foram selecionados 27 estudantes brasileiros. O projeto prevê mandato de dois anos e está iniciando sua quarta edição (2016-2018) para exercício de voz na tomada de decisões coletivas. Os jovens do PJM concentram as reflexões que fazem sobre cinco eixos temáticos: inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos. Esses temas foram selecionados tendo em vista que se trata de direitos que são reconhecidos nos países, tanto em normativas nacionais específicas como em legislações internacionais às quais se sujeitam os estados que integram o projeto.

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