Tópicos | Patrimônio Mundial da Unesco

O Japão proibirá a partir do próximo ano as visitas à ilha de Okinoshima, um dos lugares mais sagrados do arquipélago e inscrito no domingo (9) passado no patrimônio mundial da Unesco.

Esta ilha no Mar do Japão estava vetada às mulheres e só recebia visitantes um dia por ano, em 27 de maio. Seu número se limitava a 200 homens, que deviam fazer suas abluções antes de entrar em Okinoshima.

Mas o complexo de templos Munakata Taisha, proprietário da ilha, decidiu proibir a partir de 2018 as visitas de todos os laicos, mulheres ou homens, para proteger o lugar, segundo um dos porta-vozes.

Os monges xintoístas serão os únicos que poderão ter acesso à ilha, assim como pesquisadores que trabalham para preservar a zona.

Segundo a tradição, o único residente de Okinoshima, situada diante de Kyushu, a ilha mais meridional do Japão, é um monge.

A ilha foi durante muito tempo local de intercâmbio com o exterior e abriga inúmeros vestígios desse passado.

A Caverna de Chauvet, onde se encontram as pinturas rupestres mais antigas e conhecidas até os dias de hoje, entrou neste domingo (22) para a lista do Patrimônio Mundial da Unesco, anunciou o comitê desta agência das Nações Unidas em Doha.

A imensa gruta, situada 25 metros abaixo da terra em uma colina calcária do sul da França, "é um testemunho único e excepcionalmente bem conservado", segundo o texto do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco.

"Os vestígios arqueológicos, paleontológicos e artísticos da gruta ilustram, como nenhuma outra do começo do Paleolítico superior, a frequência das cavernas para práticas culturais e rituais", destaca o texto.

A caverna, que permaneceu fechada por 23.000 anos devido a um deslizamento de rochas e foi redescoberta em 1994 por três espeleólogos - Jean-Marie Chauvet, Christian Hillaire e Eliette Brunel -, contém mais de mil desenhos, uma expressão excepcional da primeira criação artística do homem durante o Paleolítico superior, há 36.000 anos.

Os desenhos feitos na rocha incluem uma espécie de zoológico gráfico constituído por 435 representações, que mostram 14 espécies: ursos, rinocerontes, um leão, uma leoa, uma pantera, bisões etc.

Nas paredes da caverna, também é possível observar umas dez mãos em negativo e positivo, representações do sexo feminino e, ao fundo, o desenho excepcional do corpo de uma mulher ao lado de um bisão.

A caverna, conservada de forma excelente e muito maior que a gruta francesa de Lascaux (cujas obras têm entre 17.000 e 18.000 anos de idade), conta com inúmeras salas e galerias ao longo de 800 metros, e de até 18 metros de altura.

Ao contrário de Lascaux, descoberta em 1940 e deteriorada pelo dióxido de carbono gerado pela respiração dos visitantes, a caverna de Chauvet nunca foi aberta ao público. Uma cópia criada na região e batizada de "Caverna do Pont-d'Arc" permitirá admirar as riquezas da cavidade original.

Neste projeto, pintores, escultores, agências de arquitetos, cenógrafos e empresas de construção colaboraram para criar em escala real e em 35.000 metros os melhores aspectos da gruta original. Esta réplica deve ser aberta ao público em 2015.

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