Dois drones turcos mataram sete integrantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o PKK turco, na região autônoma curda do Iraque, anunciaram as autoridades de Erbil nesta quinta-feira (24), no mesmo dia em que o ministro turco das Relações Exteriores visitava a região.
Os ataques aconteceram no subdistrito montanhoso de Sidakan, no norte da capital regional de Erbil, onde o PKK mantém suas bases de retaguarda nas quase quatro décadas de insurgência contra o Estado turco.
"Um drone do Exército turco atingiu um veículo do PKK, matando um oficial e dois combatentes", disseram os serviços de contraterrorismo turcos em um comunicado sobre o primeiro ataque.
No segundo, ocorrido horas depois, "dois oficiais e dois trabalhadores dos serviços de emergência morreram", acrescentaram.
Os ataques foram realizados durante a visita do ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, a Erbil, em visita oficial ao Iraque desde a terça-feira.
Fidan reuniu-se com o presidente da região curda, Nechirvan Barzani, e com o primeiro-ministro, Masrour Barzani.
"Resolvemos essa questão na Turquia de uma vez por todas. Agora, o PKK se esconde em território iraquiano. Estamos trabalhando com Bagdá e Erbil para proteger o Iraque do PKK", disse Fidan em entrevista coletiva conjunta com Masrour Barzani.
Na terça, o ministro turco instou o governo federal de Bagdá a qualificar o PKK como organização "terrorista".
Há muito tempo, a região autônoma do Curdistão iraquiano tem sido alvo de operações aéreas e terrestres turcas contra o PKK.
Periodicamente, ocorrem declarações condenando a violação da soberania iraquiana, particularmente quando há vítimas civis.
Mas os críticos consideram que tanto Erbil quanto Bagdá estão mais preocupados em proteger os vínculos comerciais e de investimento com Ancara.