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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) está convocando voluntários para doarem sangue e plaquetas. De acordo com o instituto, esse período pós-carnaval é preocupante, já que, sem as doações devido às festas, seu estoque desse derivado do sangue fica zerado.

O hemoderivado tem vida útil de apenas cinco dias, o que significa que a plaqueta doada na sexta-feira antes do carnaval (17) não pode mais ser utilizada.

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A plaqueta pode ser obtida em uma doação de sangue regular, quando é separada após o procedimento, ou em uma doação especial, quando é separada na hora da retirada. Nesse caso, os demais hemoderivados (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plasma) e parte das plaquetas retornam ao corpo do doador após a separação.

Esse derivado do sangue é importante para pacientes que tenham sido submetidos a transplante de medula, quimioterapia ou a alguma intervenção cirúrgica.

A campanha Bloco da Solidariedade foi criada em 2005 e costuma aumentar em 45% o número de doações no pós-carnaval, em relação à semana que antecede as festas.

Neste ano, mesmo antes do carnaval, as doações de sangue já estavam 40% abaixo do ideal para o Inca.

Doações podem ser feitas por qualquer pessoa, de 16 a 69 anos, que estejam em boas condições de saúde e que pesem mais de 50 kg. A orientação é evitar o consumo de alimentos gordurosos três horas antes da doação. Quem foi infectada pelo novo coronavírus deve esperar pelo menos 10 dias, contados a partir do fim dos sintomas.

É necessário apresentar documento com foto. Adolescentes de 16 e 17 anos também devem comprovar consentimento formal dos responsáveis. Para doar plaquetas, é necessário agendamento prévio por meio de contato telefônico.

O Banco de Sangue do Inca fica na Praça Cruz Vermelha, 23, 2º andar, centro do Rio de Janeiro. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 14h30, e aos sábados, das 8h às 12h. Mais informações pelos telefones: (21) 3207-1021 e (21) 3207-1580.

O sangue é composto por diferentes estruturas. Existem as hemácias (glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio dos pulmões para as todas as células do corpo), os leucócitos (glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do corpo contra vírus e bactérias) e o plasma (líquido amarelado, composto em grande parte por água e que representa 55% do volume total do sangue. O outro componente é formada pelas plaquetas, fundamentais no processo de coagulação do sangue.

São as plaquetas as responsáveis por interromper os sangramentos de cortes e feridas, por exemplo. Quando um vaso sanguíneo sofre um rompimento, as plaquetas se concentram no local da lesão e a cobrem, como uma espécie de tampa. Ao mesmo tempo, atraem outras plaquetas para o local. As plaquetas liberam substâncias que formam um coágulo, estancando o sangramento.

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Existem casos de pessoas com baixa contagem de plaquetas no sangue. Isso pode provocar sangramentos espontâneos. Entre os casos em que é necessária a transfusão de plaquetas estão os portadores de doenças que afetam a medula óssea; as cirurgias cardíacas ou transplante de órgãos, onde a necessidade de transfusões é grande; e os tratamento como quimioterapia. Tratamentos quimioterápicos reduzem a produção de componentes sanguíneos da medula óssea.

Doação de plaquetas

A doação de plaquetas se chama aférese. Trata-se da separação dos componentes do sangue com uma máquina coletora. Ela separa os componentes do sangue por centrifugação, permitindo a coleta seletiva de um ou mais componentes. A máquina separa o plasma, a plaqueta, os leucócitos e as hemácias. Na aférese, apenas as plaquetas são coletadas, e o restante dos componentes é devolvido ao doador.

Na realização desse tipo de doação, um kit plástico é instalado na máquina coletora. O sangue do doador circula por ela, mas não entra em contato com a máquina. O sangue passa por três estágios. No primeiro, é aplicado um anticoagulante, depois passa para a centrifugação, onde são separados os componentes. Com isso, é feita a coleta seletiva apenas das plaquetas. No último estágio, os componentes restantes são misturados novamente e devolvidos ao doador.

A vantagem da aférese é o paciente carente de plaquetas receber a quantidade necessária com um número menor de transfusões. Dessa forma, é coletada uma quantidade maior do componente desejado do sangue, em pequeno volume. A coleta de plaquetas pode levar até 130 minutos, dependendo do calibre das veias do doador.

Quem pode doar

Para doar plaquetas, é necessário ter entre 18 e 55 anos, pesar mais de 60 quilos e não estar tomando medicamentos. É necessário ter tido seis horas de sono de boa qualidade na noite anterior à doação, não ter ingerido álcool nas 12 horas anteriores e nem fumado duas horas antes.

É importante estar bem alimentado para doar sangue, assim como beber bastante água desde o dia anterior. É importante, porém, não ter comido alimentos gordurosos (como açaí, abacate, queijo, iogurte, manteiga, massas, frituras e chocolate, por exemplo) até três horas antes da doação. Caso você queira doar sangue ou plaquetas, procure o hemocentro ou, na ausência dele, o centro de saúde de sua cidade.

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