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A polícia migratória dos Estados Unidos deteve nesta quarta-feira 680 trabalhadores da indústria agroalimentícia no estado do Missisipi, em uma ampla operação que gerou hoje questionamentos e críticas.

A megaoperação, nas fábricas do setor avícola, se apresentou como a maior feita em um só dia no estado nos últimos dez anos, segundo as autoridades.

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Na falta de uma explicação sobre as razões que levaram a intervir nesses locais nessa data, escolhida por Donald Trump para prestar homenagem às vítimas de dois tiroteios recentes que enlutaram a população latina, gerou questionamentos.

"No mesmo dia que se supõe que o presidente consolará uma população angustiada e prestará homenagem à diversidade americana em El Paso, sua administração está alimentando o medo com operações migratórias maciças no Mississipi", denunciou o democrata Joe Biden, que lidera a corrida democrata para disputar com Trump as eleições presidenciais de 2020.

Outras vozes estão preocupadas pelas consequências dessas detenções que separaram famílias.

"Minha principal preocupação é: o que acontece com as crianças?", perguntou na CNN William Truly, prefeito de Canton, uma das cidades onde ocorreram as operações.

As autoridades garantem que foram cuidadosas com a situação particular das famílias, para que nenhuma criança fique abandonada.

Alguns adultos, algemados durante a detenção, foram presos para a deportação; outros foram postos em liberdade; outros, convocados a uma audiência judicial posterior e liberados com tornozeleiras eletrônicas. Essa distribuição não se tornou pública.

Denunciando uma "invasão", o presidente Trump se comprometeu recentemente a acelerar o processo de expulsão de "milhões" de imigrantes que chegaram aos Estados Unidos de maneira ilegal.

Ele os acusa de afetar o mercado de trabalho, apesar de a taxa de desemprego está muito baixa e que esses migrantes em situação irregular frequentemente ocupan os postos de trabalhos mais árduos, especialmente no setor agrícola.

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