A noite desta Terça-Feira Gorda foi recheada de atrações pela cidade do Recife, provando que o carnaval de Pernambuco é multicultural ao ponto de misturar ritmos, acordes e melodias junto com o tradicional frevo.
O polo de Casa Amarela foi palco para três atrações com estilos totalmente diferentes. A banda que abriu a noite, Os Mamelungos, é formada por cinco jovens músicos, que não são adeptos dos rótulos e sim da pluralidade, diversidade, e da mistura de ritmos, tornando as suas músicas singulares. “O carnaval de Recife é muito mais do que só frevo”, conta o Thiago Hoover guitarrista e vocalista da banda, que em sua apresentação misturou as canções líricas dos blocos de ruas com a pegada forte do rock.
Em seguida, foi a vez do rabequeiro Siba, subir ao palco e dar continuidade ao show, que mesmo com a chuva não fez a animação do público cair. Otto foi umas das atrações mais esperadas do polo. O sambista pernambucano trouxe uma música singular e cheia de atitude, fazendo com que a madrugada de Casa Amarela fosse palco para as letras únicas.
Mas de todas as apresentações, a mais aguardada foi a da Banda Fresno, no polo de Jardim São Paulo. O público que estava esperando o grupo de meninos sulista não se aguentava de tanta emoção. Os fãs estavam em cima de muros e fizeram de tudo para tentar pegar uma simples foto dos garotos.
Quando Lucas deu a partida para a primeira música do show, os fãs o acompanharam em um único coro, tornando a cidade do frevo o maior palco de rock do mundo. “Legal trazer rock pra cá, porque o carnaval de Recife não é só frevo”, conta Lucas, vocalista e guitarrista da banda. O futuro projeto dos garotos é a junção dos três EPs para o próximo disco. “A Fresno é um grupo forte, e a gente já está tomando as rédeas da banda”, completa o vocalista.
A noite da cidade do Recife mostrou que tem espaço para todo tipo de música, do tradicional frevo, ao som forte das guitarras elétricas. Mostrando o porquê da cidade ser titulada a mais Multicultural do Brasil.