Tópicos | Problema estrutural

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Estudantes de vários departamentos do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão reclamando de falta de água para beber. Um deles, Allan Ricardo de Luna, sexto período de educação física, afirmou ao LeiaJá que o problema está acontecendo há pelo menos um ano. De acordo com o universitário, ele e seus amigos precisam, praticamente todos os dias, comprar água de comerciantes que atuam na instituição de ensino, gastando, em média, R$ 10 diariamente.

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Segundo Allan, a “sede aperta” após as aulas práticas de educação física. “Estou aqui na quadra agora, sem água nenhuma. O grande problema é que a gente não sabe quando isso vai se resolver. O bebedouro aqui do Núcleo de Educação Física está interditado. Alguns amigos até levaram o caso para a Reitoria, mas até agora ninguém resolveu nada”, afirmou o estudante.

Aluno do quinto período do curso de letras, Lucas Fernando Amorim compartilhou uma foto em um grupo da UFPE no Facebook. A imagem reflete o descontentamento dos estudantes do Centro de Artes e Comunicação (CAC), que também alegam falta de água para beber. “Eu compro água aos comerciantes, assim como outros estudantes. Se não fossem os ambulantes, a gente não teria água para tomar”, disse Amorim.

Para o estudante de letras, a falta de água nos bebedouros da UFPE é mais uma prova de problemas estruturais da instituição de ensino. “Esse problema só é o reflexo de uma política de cortes com gastos que a Universidade está tendo, e há muitos outros problemas de estrutura semelhantes a esse”, finalizou.

O LeiaJá entrou em contato com a UFPE em busca de uma resposta sobre o problema denunciado pelos estudantes. O diretor do Núcleo de Educação Física, Pedro Paes, garantiu que o bebedouro interditado será recuperado em até 20 dias. Segundo ele, uma empresa já está atuando para recuperar o equipamento. 

Já o diretor do CAC, Walter Franklin, declarou que um novo bebedouro deverá ser adquirido pela UFPE. A previsão do gestor é que o equipamento chegue ao Centro até o final de maio.

De acordo com Franklin, o Governo Federal não liberou recursos financeiros para que a UFPE comprasse qualquer tipo de equipamento. Dessa forma, a instituição de ensino precisou usar dinheiro da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade). Mas o diretor também reclamou que atos de vandalismo ocorrem com frequência, porém não ligou as infrações aos alunos da Federal. “Não posso dizer que são os alunos, mas há o vandalismo que atrapalha nosso trabalho. Ficam colocando sujeira no bebedouro”, contou o diretor do CAC.  

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