Tópicos | Projeto de Navegabilidade

Uma audiência na manhã desta sexta-feira (22) discutiu os impactos do projeto de Navegabilidade do Rio Capibaribe nas comunidades ribeirinhas. O evento reuniu alunos de escolas públicas, que trouxeram cartazes com reinvidicações, representantes de ONG’s de proteção ao rio e pescadores. A intenção é promover um debate e esclarecer alguns pontos sobre os impactos ambientais para animais, pessoas, água e vegetação do mangue, além dos projetos voltados à área ambiental.

O público presente no local aproveitou a oportunidade para fazer vários questionamentos. “Queremos saber sobre os impactos que este projeto terá e a questão do saneamento”, afirmou Maria do Socorro Cantanhede, representante da ONG Recapibaribe. O aluno do sétimo ano do Colégio Multivisão Gabriel Edvaldo já sabia o que perguntar: “Quero saber de onde vêm as verbas do projeto, as ideias e se o lucro da navegabilidade pode ser investido para o tratamento do esgoto industrial”, disse. Os pescadores presentes também estavam com dúvidas: “Como esse projeto vai nos afetar? Eles vão mexer numa área que é de onde vem o nosso sustento”, disse Luiz Antônio Ivo, presidente da Associação dos Pescadores da Ponte do Limoeiro.

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“Existem muitas interferências e projetos para melhorar a qualidade das águas e do meio ambiente”, lembrou a secretária executiva de Articulação Institucional e Captação de Recursos, Ana Suassuna, reforçando ainda o compromisso da população em ajudar, não poluindo as águas e margens do rio.

A intenção é que o rio volte a ser visto como parte da paisagem e as pessoas recuperem o acesso à área. “Existe um projeto para ser implementado no local com instalação de ciclovias e áreas de caminhadas para a população”, disse o secretário executivo de Sustentabilidade do Recife, Maurício Guerra, que reforçou o compromisso com o replantio da vegetação de mangue nos locais onde houver intervenção.

“Praticamente na há estuário”, disse Assis Lacerda, analista ambiental e engenheiro de pesca da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), se referindo aos “ambientes construídos”, instalados nas margens dos rios da Região Metropolitana do Recife e que modificaram a estrutura desses ambientes. “Nossa maior luta são os resíduos sólidos e o lixo jogado”, frisou, lembrando que o programa veio para ser acompanhado e monitorado.

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