Nesta segunda-feira (7), a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) determinou a paralisação de uma obra executada na margem direita da PE-09, em Porto de Galinhas, Ipojuca. Os trabalhos aconteciam a aproximadamente dois quilômetros do centro da praia. A área, de responsabilidade da empresa Promoções e Eventos LTDA, será um espaço de shows e eventos (para o local está agendado, por exemplo, o Fest Verão Porto, marcado para janeiro de 2017).
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##RECOMENDA##O órgão intimou a empresa para que apresentasse, em um prazo de 48 horas, a documentação completa de autorização da obra. Caso não seja fornecido o material, haverá a paralisação total e cobrança de multa. As solicitações, de acordo com a CPRH, são baseadas na legislação de licenciamento ambiental (Lei estadual 14.249/2010 e suas alterações).
Constatação dos fiscais
A visita à área foi feita na manhã desta segunda-feira (7) pela equipe de fiscalização da CPRH. Foi constatada a movimentação de mais de 20 caminhões, incluindo tratores, caminhão-caçamba e carros-pipa.
Os representantes da empresa que estavam presentes no local apresentaram apenas uma autorização para terraplanagem, concedida pela Prefeitura de Ipojuca. Diante de apenas este documento e, segundo a equipe, por motivo de prevenção, o pedido de paralisação cautelar imediata dos trabalhos foi dada. Além disso, foi registrada a intimação aos empreendedores do projeto. Um ofício também foi enviado à Prefeitura.
Promoções e Eventos LTDA se pronuncia
De acordo com o administrador do empreendimento, Emídio Genro, no momento em que a equipe da CPRH chegou ao local, era realizada a última etapa da terraplanagem. "A Companhia entendeu que estávamos fazendo a pavimentação e nos pediu a documentação para a execução".
Ainda segundo Genro, todas as licenças já foram apresentadas, faltando apenas a de pavimentação, que deve sair na quarta-feira (9). A obra, então, poderá ser retomada, "no mais tardar quinta-feira (10)", disse o administrador.
Repercussão
Uma foto do espaço foi publicada nas redes sociais e gerou revolta dos internautas, afinal a área verde ali antes existente havia sido desmatada. O alagado pertencente ao local também foi aterrado.
Dentre tantas mensagens de repulsa, uma internauta afirmou tratar-se de um crime ambiental. “Vocês deviam ter vergonha de compartilhar uma imagem como essa. Crime ambiental. Destroem o planeta pra atender os luxos e 'necessidades' de uns poucos filhinhos de papai e ainda se gabam disso. Me poupem.”
E os posicionamentos contrários continuaram e comentários comovidos também fizeram parte dos publicados. “Se você consegue ver essa foto sem nem sentir sequer uma pontinha de dor....algo ta muito errado.”