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Policiais civis realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (7) no centro do Recife. Os manifestantes cobram que o presidente do sindicato da categoria no Estado (Sinpol), Áureo Cisneiros, não seja demitido. Cisneiros acumula 16 processos, mas a Secretaria de Defesa Social (SDS) já sugeriu sua demissão, faltando apenas a assinatura do governador Paulo Câmara (PSB). O vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, responde a nove processos administrativos.

O protesto ficou concentrado em frente à Chefia da Polícia Civil, na rua da Aurora, no bairro da Boa Vista. Um protocolo foi entregue no local para que o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, interceda no caso.

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Cisneiros lembra que antes de presidir o sindicato não possuía nenhum processo administrativo. “São todos por atividade sindical, porque denunciamos as péssimas condições do IML, das delegacias, delegacias fechadas, paralisações que fizemos. Ao invés do governador sentar e negociar, prefere punir o sindicato e seus diretores. Isso nunca aconteceu no Estado, de um sindicalista ser demitido por atividade sindical, e não vamos permitir isso”, defende.

Rafael Cavalcanti diz que o governo havia assinado um acordo anos atrás para arquivar os processos, mas não o fez. “Esses processos são uma completa ilegalidade e afronta à democracia. Fizemos críticas contundentes, mas construtivas em relação aos erros e desmandos na gestão da segurança pública. A Corregedoria é única e exclusivamente para apurar as faltas que o policial comete no exercício da função e está sendo usado para tentar punir nossas ações sindicais”, acusa o vice-presidente do Sinpol.

Cerca de 15 ações no Judiciário tentam barrar os processos e a demissão de Áureo. “Há uma pressão por parte do governo para tentar revestir de legalidade esses procedimentos encaminhados via corregedoria”, opina Rafael. A advogada Dani Lacerda, que pleiteou o governo do estado pelo PSOL, participou do ato e também fez críticas ao governo. “O governo se diz socialista, do campo da esquerda, mas que vem punindo os trabalhadores. Hoje é um policial, amanhã pode ser um professor, um estudante. A gente não admite perseguição política dentro de um governo que se diz de esquerda”, disse a dirigente estadual PSOL.

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