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A primeira cena de Rampage é de um bom gosto surpreendente. Por alguns instantes até faz esquecer que o filme - adaptação de um game de 1986 - é dirigido pelo mesmo Brad Peyton do desinteressante "A Falha de San Andreas". O plano sequência no espaço (claramente inspirado em Gravidade) sugere que, talvez, haja ao menos um pouco de preocupação por parte do diretor em fazer um filme agradável aos olhos. E verdade seja dita: a ação megalomaníaca do longa é muito melhor filmada e montada se em comparação a outros blockbusters semelhantes como "Transformers" (todos) e até à recente sequência de "Circulo de Fogo". 

O problema é que, aparte a adrenalina das cenas capitaneadas por The Rock e os animais gigantes (vítimas da experiência genética que cai do espaço na primeira cena), nada do filme vale muito a pena. Não existe desenvolvimento de personagens, o roteiro não se esforça a fazer sentido e as atuações ficam no campo do sofrível. Destaque (negativíssimo) para Jake Lacy e Marley Shelton, que fazem os vilanescos irmãos donos da empresa responsável por toda catástrofe, sempre caricatos e aparentemente sem entender os rumos e decisões de seus personagens. A Jeffrey Dean Morgan concedem o também caricato Harvey, espécie de "deus ex machina" do governo que está sempre resiliente e pronto para aparecer magicamente em qualquer lugar, quando menos se espera. A decepção maior é a experiente Naomie Harris que simplesmente não encontra o tom de sua personagem, a doutora Caldwell, e sai vociferando os diálogos num misto de gestual e expressões faciais que não conversam entre si. Sub-aproveitado, Joe Manganiello poderia ser uma figura importante no roteiro do filme como o fuzileiro "Burke", mas o roteiro escrito a 4 mãos prefere tomar rumos que vão além de qualquer vã filosofia, portanto: vão-se os personagens como lágrimas na chuva.  

A The Rock sobra o papel de sempre: fazer cara de mau, sorrir vez ou outra, contar um punhado de piadas, destilar umas frases de efeito ("Mexeu com meu amigo, mexeu comigo") e cair na porrada com o que for que tiver pela frente. E, sim, havemos de convir que o cara é bom no que faz (e sempre fez, nunca enganou ninguém), o que o torna um ícone desse filão cinematográfico conseguindo atrair a empatia do público. Vários filmes do Arnold, Stallone ou Van-Damme só prendem até o fim pela presença desses nomes à frente de toda pataquada. Bem isso. E o The Rock ainda tem a vantagem de estar em plena forma exatamente nesse momento em que tudo é possível ser feito com um bom orçamento e uma equipe de CGI competente. Daí o que faz de "Rampage: Destruição Total" um bom entretenimento: cenas verossímeis de, literalmente, destruição total, com gorila, lobo e crocodilo gigantes arrasando com Chicago. E sim: The Rock sempre sendo a pedra no caminho dos monstrengos. Pra quem é fã de filme catástrofe, com prédios ruindo e gente correndo pra lá e pra cá, vai ser a pedida certa. 

No mais: nada. Se o objetivo for ir ao cinema pra esquecer as dores do mundo e compartilhar um pouco de testosterona em um filme qualquer, vale. Se for impaciente com fragilidade narrativa, passe longe pois esses gigantes vão arrasar você. Destruição total mesmo. 

Nota: 2,5 / 5

Mais um lutador não vai participar do UFC Rio III, o presidente da organização Dana White anunciou que o americano Quinton Rampage está impossibilitado de lutar neste evento, que está marcado para o dia 13 de outubro, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro.

"Rampage está machucado e fora doUFC UFC 153. M...", escreveu no Twitter o presidente da organização, depois de participar de uma entrevista sobre o UFC 152, que terá a luta entre Belfort e Jon Jones.

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O lutador veterano, de 34 anos estava com um contrato de apenas mais essa luta com o UFC e deve antecipar sua aposentadoria. A expectativa, antes do anúncio do presidente, era de que o duelo marcaria a despedida da lenda americana.

Esta foi à quarta saída de um lutador no UFC Rio III. Com luta marcada contra Alan Belcher, Vitor Belfort abdicou da chance de lutar no Brasil para subir de peso (médio para meio-pesado) e desafiar o campeão Jon Jones.

Já pela divisão pena, Erik Koch, lesionado, deu lugar a Frankie Edgar, ex-campeão dos leves, como novo postulante ao título de José Aldo, que também não vai mais competir devido a uma lesão no pé, após um acidente de moto na semana passada.

Chael Sonnen mal acabou suas brigas com Anderson Silva e já tem um novo desafeto pra ficar provocando, o americano Quinton “Rampage” Jackson. Os lutadores estão trocando insultos desde o inicio da semana. Rampage pediu a saída do compatriota do UFC e o classificou como porcaria e o falastrão não perdeu tempo e respondeu as ofensas.

“Se estupidez fosse uma doença tratada pela medicina, Rampage seria o primeiro na fila da farmácia, todas as manhãs. Se ele quer lutar comigo, vamos lutar. Mas, na realidade, ele está vindo de duas derrotas consecutivas e não consegue nem bater o peso. Ninguém se preocupa com ele. Rampage não mantém suas palavras e estará fora da organização em alguns meses. Mas, se quiser lutar, aceito”, disparou Chael Sonnen.

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Dias depois de sua derrota para Anderson Silva, Sonnen chegou a cogitar que iria subir de categoria e lutar entre os meio-pesados, categoria de Jackson. Ele ainda não tomou uma decisão definitiva sobre isso. Rampage Jackson vem de uma derrota contra Ryan Bader no UFC 144 e está escalado para enfrentar o brasileiro Glover Teixeira no UFC Rio III, em outubro. Sonnen, por sua vez, ainda não sabe qual será seu rumo após a derrota para o Spider.

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