O ex-goleiro Andy Goram, ídolo do Rangers, um dos principais clubes do futebol escocês, e com passagem pelo Manchester United, revelou estar com um câncer terminal no esôfago e que tem somente mais seis meses de vida. O escocês de 58 anos disse ainda que recusou o tratamento com quimioterapia, o que poderia lhe dar pelo menos mais 12 semanas.
Ao jornal Daily Record, da Escócia, Goram conta que descobriu a doença há cerca de um mês e meio, depois que foi ao hospital por causa de uma indigestão severa. Foi quando descobriu que, na verdade, estava com um câncer de nível quatro, já em estado bastante avançado.
##RECOMENDA##"Pensei que tinha uma indigestão. Era como se a minha garganta estivesse bloqueada. Depois de algumas semanas piorou, tudo o que comia ou bebia, metade não chegava ao estômago e vomitava. Estava numa agonia total, emagreci 25 quilos em quatro semanas."
Segundo o ex-jogador, o câncer é inoperável, restando apenas a opção de cuidados paliativos para postergar o avanço da doença. "Se não me submeter a quimioterapia, tenho seis meses de vida."
Andy Goram afirma ainda que se submeter ao tratamento de quimioterapia está fora de cogitação. Para ele, a possibilidade de passar seus últimos momentos com "pouca qualidade de vida" não vale a pena. Um dos motivos da decisão foi justamente acompanhar a luta da mulher contra o câncer no ano passado, quando ela precisou passar por "duras" sessões de radioterapia.
"Agora a prioridade é obter a mistura certa de analgésicos e morfina. A minha dor é suportável. Ainda posso ver os meus amigos e continuar a ser eu mesmo", explica. "Vou estar aqui o tempo que puder. Vou lutar como nunca lutei antes. A única diferença é que a bomba-relógio está em marcha."
Andy Goram defendeu as cores do Rangers, atual vice-campeão da Liga Europa, entre 1991 e 1998. Em 2001, acertou com o Manchester United, ficando no time inglês por apenas uma temporada. Naquele mesmo ano foi eleito pelos torcedores do time escocês como o melhor de todos os tempos do clube na posição. Ele também serviu a Escócia nas Copas de 1986 e 1990, além das Euros de 1992 e 1996.