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Após quebrar todos os recordes possíveis no atletismo e se arriscar como jogador de futebol na Austrália, o jamaicano Usain Bolt está em uma nova fase. A sensação dos 100 e 200 metros divulgou o lançamento do álbum de reggae que produziu com o amigo NJ Walker. Intitulado "Country Yutes", a novidade contém 14 faixas e carrega grandes expectativas por parte do ex-velocista.

Em entrevista à BBC, Bolt disse que está 'mirando o topo' e quer ganhar um Grammy ou um álbum ou single de platina. "Eu quero ter esse troféu e estar em uma sala onde todos aqueles grandes produtores falam sobre a minha música. Eu sei que é um longo processo e temos muito a aprender, mas estamos aproveitando o processo", afirmou.

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O jamaicano ainda contou que tentou voltar a correr em 2019 para tentar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas seu antigo treinador, Glen Mills, o convenceu a desistir da ideia. "É muito tarde. Se eu fosse voltar, teria de ser para as Olimpíadas de Tóquio. Quando eu falei para o meu técnico que iria me aposentar, ele me disse: "Quando você se aposenta, você se aposenta. Eu não vou fazer nenhum tour de retorno, nada. Então, tenha certeza que você está pronto para se aposentar".

Bolt disse que as únicas palavras de seu técnico quando ele sugeriu um retorno foram "nem comece". Apesar da vontade, o velocista garantiu que não volta a correr se não tiver Mills ao seu lado.

Se a Jamaica não tem mais nenhum nome de destaque no atletismo masculino, as velocistas Shelly-Ann Fraser-Pryce e Elaine Thompson-Herah vêm impressionando o mundo inteiro. Campeãs do revezamento 4x100 metros na Olimpíada de Tóquio-2020, as duas brigaram ponta a ponta pelo topo nos 100 e 200 metros. Thompson-Herah conquistou o bicampeonato nas duas categorias.

Na etapa da Diamond League, disputada no final de agosto em Eugene, nos Estados Unidos, ela atingiu um recorde pessoal de 10s54, apenas cinco milésimos abaixo da recordista mundial Florence Griffith-Joyner, que estabeleceu as melhores marcas dos 100 e 200 metros em 1988.

Bolt acredita que, no futuro, uma das duas vai quebrar o tempo de Griffith-Joyner. "Quando eu vi as meninas realmente aumentando a intensidade e correndo muito rápido, pensei: 'isso pode realmente acontecer'", disse. "A técnica de Elaine realmente melhorou e a mesma coisa com Shelly-Ann. Ela corre muito mais reta e sua fluência parece muito melhor. Então eu acho que essas garotas vão 'bater na porta'. Se elas conseguirem quebrar o recorde, vai ser enorme para o esporte", concluiu o tricampeão olímpico.

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