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A instalação de passarelas contribuiu para reduzir em 41%, nos dois últimos anos, o número de mortes por atropelamento na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba. No período, foram construídas 42 novas passarelas em pontos estratégicos da rodovia, segundo a concessionária que administra a estrada. Em 2012, foram instaladas 15 passarelas em locais de passagem de pedestres nos municípios de Juquiá, Miracatu, Taboão da Serra, Barra do Turvo e Cajati, no Estado de São Paulo.

Historicamente, os atropelamentos representam um terço das mortes por acidentes na rodovia. De 257 casos em 2010, o número caiu para 176 em 2012, com redução de 32%. Já o número de mortes baixou de 93 para 55, menos 41%. Mais oito passarelas serão instaladas este ano - quatro estão em obras. Por medida de segurança, a concessionária também instala telas de metal e barreiras de concreto sob as passarelas para inibir a travessia pela pista.

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A Rodovia Régis Bittencourt tem sete quilômetros de lentidão na Serra do Cafezal, sentido São Paulo, entre os km 348 e 355. A fila é causada por uma operação para desvirar uma carreta tombada na terça-feira. De acordo com a concessionária Auto Pista Régis, os trabalhos começaram às 7h15 desta quinta-feira e o veículo já foi colocado de pé. As duas pistas estão liberadas, mas o motorista ainda enfrenta congestionamento por excesso de veículos.

Entre os km 532 e 535, também há um ponto de gargalo, reflexo do tombamento de outra carreta durante esta madrugada, no km 8 da rodovia.

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Mais cara e com quatro anos de atraso, a duplicação da Rodovia Régis Bittencourt no trecho da Serra do Cafezal, em Miracatu (SP), deve finalmente sair do papel. Além da publicação do decreto de desapropriação das áreas impactadas pela obra, os últimos documentos exigidos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), incluindo o projeto de engenharia, foram protocolados no início do mês para liberação da licença.

A duplicação dos 19 km de serra, eleita pelos empresários como a quarta obra prioritária para o Brasil por causa dos longos congestionamentos e número de acidentes, deveria ter sido concluída em fevereiro deste ano. Até agora, porém, apenas 4 km foram finalizados, no pé da serra. Outros 7 km estão em construção e deverão ser entregues em agosto.

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Se tudo correr bem e o Ibama liberar a licença dentro dos 75 dias combinados com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a obra ficará pronta entre 2015 e 2016 - quase quatro anos depois do previsto. "A novela está chegando ao fim", diz o superintendente de Exploração de Infraestrutura Rodoviária da ANTT, Mário Mondolfo.

Na sua avaliação, um dos principais entraves ao início das obras era a passagem dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, previsto no traçado original, criado na década de 1990. Na época, o Ibama concedeu uma licença prévia para a duplicação, que está valendo até hoje. Após muita discussão, o órgão ambiental entendeu que o deslocamento da pista evitaria danos ambientais e autorizou o "refinamento" do traçado.

De acordo com o projeto de engenharia recém-concluído, o desvio vai preservar 9 hectares de mata. No total, será necessário desmatar 88 hectares para a construção da obra, destaca Eneo Palazzi, diretor superintendente da Autopista Régis Bittencourt, concessionária que administra a rodovia desde 2008. A duplicação terá quatro túneis, de 1,8 km, que vão se conectar com vários viadutos.

Por causa da topografia acidentada (com desnível de 700 metros), a ampliação da rodovia na serra vai exigir a construção de 35 viadutos e pontes, em uma extensão total de 7 km - seis a mais que o traçado original. Alguns deles terão até 40 metros de altura e serão construídos de acordo com o método de balanço sucessivo, que exige menos pilares para suportar a estrutura de concreto.

Dificuldades. Segundo Palazzi, esse tipo de construção será essencial por causa das dificuldades de acesso às áreas de construção. "Não poderemos abrir caminho para levar o maquinário até a obra. Tudo terá de ser transportado por corda ou nas costas para evitar danos ambientais", conta o executivo, que prevê a contratação de até 2 mil funcionários para o empreendimento.

No total, a obra vai custar cerca de R$ 700 milhões - mais que o dobro do valor previsto no edital de licitação. Uma parte desse aumento se deve à inflação, já que o leilão de privatização foi feito em 2007 e a obra deveria ter sido concluída neste ano.

Segundo Mário Mondolfo, por causa desse atraso, a ANTT fez um ajuste no fluxo de caixa da empresa. Isso significa reduzir a taxa de retorno. Todo o processo está sendo apurado. Se houver algum indício de que os investimentos não foram feitos por culpa da empresa, eles serão multados. "Mas tenho acompanhado o caso e vi que houve muita resistência dos proprietários para o início dos estudos."

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