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O Brasil testemunhará, nos próximos meses, uma queda de braço entre gigantes que prestam serviços relacionados à internet no país. De um lado, as chamadas big techs, grandes empresas de tecnologia e inovação que desenvolvem bens e oferecem serviços por meio da rede mundial de computadores. Do outro, as empresas de telecomunicações (teles), que fornecem toda a infraestrutura de internet para os lucros das big techs.

O centro da disputa tem dois nomes, mas é uma coisa apenas. As empresas provedoras de internet o chamam de fair share (divisão justa, em português). Já as big techs o chamam de network fee (taxa de rede). Ambos termos se referem à proposta apresentada pelas teles, de dividir os custos de manutenção da infraestrutura necessária à prestação do serviço de internet com as big techs, provedoras de boa parte do conteúdo que circula por essa infraestrutura.

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Conexis

Representante do setor de telecomunicações e de conectividade, a Conexis Brasil Digital (antiga SindiTelebrasil) defende que os as big techs provedoras de conteúdo digital “também remunerem o uso massivo das redes de telecomunicações, para assegurar o crescimento do ecossistema da conectividade como um todo”.

De acordo com a Conexis, as big techs são responsáveis por mais de 82% do tráfego total nas redes móveis, sem que façam qualquer contribuição para melhorar a qualidade das redes. “Para o setor de telecomunicações, é essencial que se estabeleça a obrigatoriedade de uma justa contribuição dos provedores de conteúdo digital pelo uso das redes das empresas detentoras dessas infraestruturas de telecomunicações”, informou à Agência Brasil a entidade.

Ainda segundo a Conexis, o crescimento do uso das redes tem se mostrado “um desafio para os investimentos das operadoras”, e isso gera um aumento nos custos inversamente proporcional ao valor cobrado dos usuários.

“Enquanto o tráfego de internet no Brasil cresceu 62,7% na última década e, em cinco anos, a demanda por investimento nas redes subiu 50%, nos últimos cinco anos houve uma queda real de 9% nas receitas de telecomunicações, fruto de um mercado competitivo onde o preço acaba sendo um diferencial para a conquista dos clientes”, complementou.

A Conexis acrescenta que muitos dos serviços oferecidos pelos provedores de internet tiveram uma “rápida evolução”, e que isso acabou por criar um ambiente de concorrência desequilibrada entre as big techs e as empresas de telecomunicações, uma vez que estas precisam manter a infraestrutura com “massivo investimento”, enquanto as big techs, que são as grandes usuárias, não pagam pelo uso destas redes.

AIA

Diante dessa situação e da possibilidade de serem taxadas pelo uso da infraestrutura das operadoras de internet, gigantes das big techs (como Google, Meta, Netflix, Kwai, Mercado Livre e Amazon, bem como associações de emissoras de rádio e televisão, de empresas de inteligência artificial, de softwares e de telemedicina, entre outras) se juntaram e criaram uma entidade com o propósito único de evitar a nova taxa sugerida pelas empresas operadoras de telecomunicações: a Aliança pela Internet Aberta (AIA).

Para o cargo de presidente, a AIA escalou o ex-deputado pelo PSB do Rio de Janeiro Alexandre Molon, que tem feito o papel de porta-voz da entidade.

Durante o lançamento da Aliança, Molon disse que “o debate está invertido”, uma vez que as pessoas pagam pelo acesso à internet para ter acesso aos conteúdos ali disponibilizados. “Isso, portanto, não é problema, mas a razão de existência da internet”, argumentou.

Molon acrescenta que a infraestrutura usada para viabilizar o serviço de internet não é custeada pelas empresas de telecomunicações, e sim pelos consumidores que já pagam pelo serviço.

A Aliança defende mais transparência, por parte das teles, no sentido de identificar o real custo dessa infraestrutura para, a partir dele, ampliar o debate sobre o assunto. “Quanto se gasta para manter essa infraestrutura? As telecons precisam apresentar os dados de custos e gastos para manutenção dessa infraestrutura. Ao que parece, os números são muito positivos. É preciso identificar o real custo e debater em cima dele”, questionou.

Anatel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que pretende, no início de 2024, promover uma série de debates sobre a cobrança da nova taxa.

“A complexidade do tema nos leva a fazer uma tomada de subsídios. Nesse sentido, está prevista uma audiência sobre o tema em janeiro. Faremos análises de impacto para então encaminharmos visando à construção de propostas”, disse o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, durante a cerimônia de lançamento da AIA.

“Faremos primeiro uma tomada de subsídios para identificação de problemas e, na sequência, a consulta pública”, acrescentou.

Impactos

Para Alessandro Molon, a taxa sugerida pelas teles pode impactar negativamente e de forma transversal os serviços de diversos setores, além de prejudicar a concorrência. Pode também afetar o acesso de usuários de regiões que não são atendidas pelos grandes provedores de internet – motivo pelo qual sua entidade conta com a participação de pequenos provedores de internet.

“Terá reflexos também no futuro da inclusão digital e na transformação digital no Brasil, bem como nos investimentos em inovação; na telemedicina e na saúde digital; nas startups; nas empresas nacionais de inteligência artificial; na cultura e no entretenimento”, complementou.

Gerente médico do Centro de Telemedicina do Einstein, Carlos Pedrotti explica que o setor de saúde usa cada vez mais a rede mundial de computadores para gerar, transmitir e armazenar dados. “É um serviço cada vez mais complexo. Na última década, a geração de dados tem crescido 36% ao ano. Há exames com mais de 20 mil imagens com resolução em 3D. Falamos de algo na ordem de terabytes para apenas um exame”, disse.

Segundo Pedrotti, a previsão é que, até 2028, de 10% a 30% dos dados que circularão pela internet estejam relacionados ao setor de saúde. “São números que aumentarão exponencialmente. Para otimizar custos, enviamos esses dados às nuvens”, acrescentou.

Inteligência artificial

Outro setor que deverá usar cada vez mais a internet para a prestação de serviços é o da inteligência artificial. “Ainda não é possível prevermos o quanto, mas a geração de conteúdo dos próximos anos será absurda. A inteligência artificial se baseia em uma imensa quantidade de dados, para trabalhar em cima deles, identificando modelos e padrões para as mais diversas áreas”, explica o presidente da Associação Brasileira de Inteligência Artificial, Valter Wolf.

A necessidade de garantir a segurança para transmissão e armazenamento dessa grande quantidade de dados tem levado diversas big techs a investir também em infraestrutura para armazenamento e transmissão de dados, sem a necessidade de uma nova taxa.

Molon, da AIA, diz que há casos de empresas que montaram estruturas próprias, “inclusive com a instalação de cabos submarinos, construção de data centers e CDNs [redes de entrega de conteúdo; servidores interconectados que aceleram o carregamento de um site]”.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou uma diferença com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta sexta-feira (3). A fala vem exatamente uma semana depois de o chefe do governo ter descartado a meta de déficit zero para 2024, que Haddad prega há meses.

"Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro. Mas, para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras", declarou o presidente da República.

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Lula deu as declarações na abertura de reunião com os ministros da área de infraestrutura de seu governo. Haddad também está presente, assim como os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é o titular do MDIC.

"Uma coisa importante, por isso que o companheiro Haddad está nessa mesa aqui. Além de ser o nosso libertador de dinheiro, o cara que põe dinheiro na mão dos ministérios, ele tem uma coisa muito importante que é o seguinte: a gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto ser investido nos ministérios", declarou Lula.

O presidente voltou a dizer que o trabalho dos ministros já está delimitado e que o foco deve ser execução, não a criação de novos programas.

"Todo mundo já tem o compromisso, ninguém precisa inventar nada novo nesse país. Está tudo determinado, tudo determinado, a gente vai fazer as obras, tem até 2026", afirmou Lula.

O presidente ainda realizará reuniões com ministros de outras áreas até o fim do ano e, possivelmente, fará uma reunião geral com todos os integrantes do primeiro escalão. Seria um encontro para um balanço das ações do primeiro ano de governo.

"Toda e qualquer falha que a gente tenha percebido nesse primeiro ano não poderá se repetir no segundo ano", afirmou Lula.

"Se os ministérios forem bem, o Brasil vai bem, o governo vai bem e eu e o Alckmin vamos bem. Se vocês não fizerem direito, o Brasil vai mal e eu e o Alckmin vamos mal. Então, nós queremos que vocês sejam os melhores ministros desse país, os melhores executores desse país, os melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro", disse Lula.

O Senado aprovou nesta terça-feira, 19, em votação simbólica, o projeto de lei das debêntures de infraestrutura. Diferente dos debêntures incentivados, em que o benefício fiscal fica com o comprador do papel (ou seja, o investidor que adquire o título no mercado), os de infraestrutura darão incentivos aos emissores (ou seja, a concessionária responsável pelo projeto de infraestrutura que emitir o título para se capitalizar).

Com isso, os juros que deverão ser pagos aos investidores serão deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

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Como o projeto passou por mudanças no Senado, terá de voltar à Câmara para uma última análise.

Para o relator da proposta, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), a proposta é "importantíssima para ampliar as fontes de captação privada para investimento de longo prazo no país traz também algumas modificações na disciplina das debêntures incentivadas".

Segundo o relator, ela "pode alavancar mais de R$ 1 trilhão de investimentos em infraestrutura, o que significa construção de ferrovias, duplicação de rodovias, melhoria da malha viária rural, construção de integração de diversos modais de transporte".

O projeto é visto pela equipe econômica como uma alternativa importante para alavancar investimentos privados no país e como uma das prioridades da agenda de reformas neste semestre no Congresso.

O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 15, publica a Medida Provisória 1.174/2023, que institui o Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica. A MP foi assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, semana passada em evento no Estado do Ceará.

Na ocasião, Lula disse que a medida deve investir quase R$ 4 bilhões entre 2023 e 2026 e possibilitará a conclusão de mais de 3,5 mil obras de infraestrutura escolar que estão paradas ou inacabadas durante seu governo e o da ex-presidente Dilma Rousseff.

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"O Pacto Nacional contemplará as obras e os serviços de engenharia de infraestrutura educacional cujos valores tenham sido repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no âmbito do Plano de Ações Articuladas, que estiverem paralisados ou inacabados na data de entrada em vigor desta Medida Provisória", diz o ato. "Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que possuam obras ou serviços de engenharia paralisados ou inacabados poderão manifestar interesse em sua retomada ao FNDE, conforme estabelecido em ato do Poder Executivo federal", completa.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou nesta sexta-feira, 10, a plataforma 'Mãos à Obra' para permitir que prefeitos e governadores atualizem o estado de obras paralisadas ou inacabadas em suas regiões. A apresentação do aplicativo foi feita em agenda no Palácio do Planalto que reúne Lula, ministros e prefeitos.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, criticou o contexto encontrado pela nova gestão em relação a esses dados. O governo ainda lida com um número desatualizado de obras paralisadas, levantado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que dá conta de 14 mil empreendimentos parados.

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Para montar o novo plano de investimentos, contudo, o governo precisa atualizar esse número, assim como o estado de execução de cada obra e os valores necessários para concluir os empreendimentos.

"A ideia é saber cada obra que está paralisada, o que falta, em que pé está, quais já podem começar a partir do momento que botar as mãos as obras, para todo mundo estar conversando numa única plataforma e colocar todas as obras para andar", disse a ministra na agenda, que é fechada à imprensa, mas tem trechos transmitidos pelo Planalto.

Esther Dweck afirmou que a plataforma é também um sistema de "escuta" com os entes da federação, que possibilitará uma uniformidade de dados para o Brasil. "É um sistema de escuta também, dá um certo espaço de conversa com Estados e municípios, para que a gente tenha informações e todos tenham as mesmas informações", disse a ministra.

Ela explicou ainda que as informações coletadas também contarão com uma divulgação externa por meio da plataforma de obras do governo federal - segundo ela, ferramenta que só não foi descontinuada pelo antigo governo por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com a ministra, haverá capacitação de funcionários das prefeituras para que eles possam usar a nova plataforma. "Vamos usar rede de parcerias, que existe desde 2015, onde estão todos os Estados, e 39 associações de prefeitura, que farão com que a gente chegue onde pessoas serão capacitadas e vão poder prover qualquer tipo de informação necessária a prefeito que queira e irá usar sistema", afirmou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta sexta-feira (10), que há cerca de 14 mil obras paralisadas em todas as áreas no País e destacou que grande quantidade de obras precisará ser reconstruída durante seu governo. De acordo com ele, há também 186 mil casas do Minha Casa, Minha Vida paralisadas.

Em reunião com ministros com foco na infraestrutura, o presidente destacou a importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o classificou como "extraordinário".

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"O sucesso do PAC foi porque a gente começou ouvindo os governadores de cada Estado, dos milhares de prefeitos e depois construímos um arcabouço de propostas de política de infraestrutura que foi fácil de executar", disse, em fala inicial no encontro, na manhã desta sexta-feira. "O momento mais rico de investimento em infraestrutura do nosso país foi a execução do PAC porque envolvia os governos federal, estadual e municipal."

Lula disse que, lamentavelmente, descobriu uma grande quantidade de obras paradas. O presidente citou uma ponte que liga Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e Juazeiro, no norte da Bahia, chamando-a de "ponte picolé", numa crítica à situação da obra.

"A ponte parou e ficou igual um sorvete, um picolé mesmo, um palito", disse ele. "Vamos ter que terminar esse picolé, já que não dá para chupar o lado que está pronto, vamos fazer o lado que falta." Em contraponto, ressaltou a rapidez que os seus ministérios lidaram com as grandes chuvas que atingiram o litoral paulista, no fim de fevereiro.

O presidente afirmou que, após sua viagem à China, programada para o fim de março, ele passará a viajar o País para inaugurar casas, creches, escolas, estradas e universidades.

"Temos que colocar esse país em funcionamento", declarou Lula.

Ele disse que não se pode "ficar chorando o dinheiro que falta". "Temos que utilizar bem o dinheiro que temos."

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta sexta-feira (10), que os ministros da área econômica terão de "arrumar" recursos para o governo investir em infraestrutura. Segundo ele, é por esse motivo que Fernando Haddad é o ministro da Fazenda, porque, segundo Lula, o auxiliar é "criativo" e, se necessário, se juntará a ministra do Planejamento, Simone Tebet, para disponibilizar o dinheiro público necessário para obras.

Lula declarou também que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer porque sua gestão irá gerar emprego com a retomada de investimentos. As declarações foram dadas na abertura de reunião ministerial focada em discutir os projetos para infraestrutura.

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O presidente da República também pediu que seus auxiliares não fiquem "chorando" pelos recursos que faltam, mas que utilizem bem o orçamento disponível.

"Temos que colocar esse país em funcionamento. Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta, temos que utilizar bem o dinheiro que tem. E é por isso que Haddad é o ministro da Fazenda. Porque ele é criativo. Se a gente não tiver dinheiro, vamos atrás dele e ele e a Simone vão sentar na mesa e arrumar dinheiro que precisamos para fazer investimentos nesse país. Não podemos aceitar a ideia de que o PIB não vai crescer porque alguém disse que não vai crescer. Nós vamos dizer que vai crescer porque vamos fazer o PIB crescer", afirmou Lula aos seus ministros.

Ele ainda afirmou que quer promover uma reunião para tratar especificamente do papel dos bancos públicos para alavancar investimentos no País.

O presidente defendeu o empréstimo para pequenos e médios empreendedores, cooperativas, "grandes empresários", além de Estados e prefeituras que têm capacidade de endividamento.

"Não pode ser proibido você emprestar dinheiro pra construir ativo e aumentar o patrimônio desse país. Não dá pra gente ficar achando que o gostoso nesse país é guardar dinheiro. Não, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, em melhoraria da qualidade de vida do povo, em educação, saúde", afirmou Lula.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que deve retomar na semana que vem viagens a Estados para inaugurar ou recomeçar obras paradas e fazer a "roda gigante da economia girar".

"Se a gente conseguir fazer com que todas as rodas gigantes que estão paradas comecem a funcionar e a gente comece a terminar algumas delas obras, a gente pode contribuir para fazer com que a economia brasileira não seja um desastre previsto pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] na última reunião deles", disse o presidente, repetindo críticas do governo de Jair Bolsonaro às previsões econômicas do organismo internacional.

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O FMI prevê alta de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano.

Na abertura da reunião do Conselho Político de Coalizão, Lula mencionou que fará uma reunião com os ministérios na semana que vem, sobretudo da área da infraestrutura, após o retorno da viagem para os Estados Unidos, porque já se identificou que muitas obras podem ser retomadas.

No dia 14, Lula vai à Bahia inaugurar um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida e depois, segundo ele, deve ir a Sergipe.

O presidente ainda disse que o encontro desta quarta-feira é o começo de nova relação entre o Poder Executivo e Legislativo e defendeu que haja um compromisso do Planalto para que as reuniões sejam contínuas e dos parlamentares de criarem o hábito de usar o espaço para discutir os problemas do País.

A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia dividir o atual Ministério da Infraestrutura em duas pastas. O Estadão apurou que a ideia foi debatida pelo grupo técnico que analisou a área. Um órgão ficaria responsável pela gestão de rodovias e ferrovias, enquanto outro assumiria a gestão de portos, aeroportos e hidrovias.

O plano de criar um "superministério", como passou a ser chamado o atual Ministério da Infraestrutura, foi encampado pelo governo Jair Bolsonaro (PL), que aglutinou, dentro do que era o antigo Ministério dos Transportes, outras áreas que tinham gestões distintas, com a Secretaria de Portos e a Secretaria de Aviação Civil.

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A avaliação do governo eleito é de que essa estrutura, na realidade, tratou apenas de centralizar temas complexos dentro de um único ministério, sem efeitos práticos para reduzir custos da máquina pública.

A cúpula do governo Lula ainda discute a estrutura final da área, e não há nomes definidos para os dois novos ministérios. Alguns despontam como favoritos para assumir as novas pastas e secretarias. O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), são os mais cotados, além da ex-ministra Miriam Belchior.

Disputas

O Ministério da Infraestrutura está no centro das disputas políticas do governo, principalmente por concentrar grande parte das obras públicas, concessões à iniciativa privada e um dos maiores orçamentos da União. É no MInfra que são negociados, por exemplo, os recursos para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para cuidar das rodovias do País.

A força política do ministério se confirmou neste ano, com a eleição do então ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo de São Paulo. Durante as eleições, Tarcísio explorou a imagem de "executor de obras" de Bolsonaro e de pessoa de perfil técnico e menos político.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, divulgou nota oficial sobre as fortes chuvas registradas nos últimos dias, que provocaram deslizamentos e interdições em importantes rodovias federais do País. Conforme a nota, embora haja registros de ocorrências em várias regiões, o caso mais grave, no momento, é registrado no Sul do País.

"É fundamental que os motoristas não se desloquem para as rodovias BR-376/PR e BR-101/SC, entre os municípios de Tijucas do Sul (PR), Guaratuba (PR) e Garuva (SC). A rota está intransitável, depois que o deslizamento de encosta obstruiu completamente essa ligação rodoviária, na altura do km 668,7, na noite de segunda-feira (29)", disse o ministro na nota.

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Uma equipe da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi deslocada para o local, em apoio aos trabalhos em andamento pela concessionária Arteris Litoral Sul, a qual administra a BR-376/PR; e ao socorro que é prestado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, com apoio de voluntários civis.

Segundo o ministério, a Serra encontra-se bloqueada, ainda sem previsão de liberação, com tráfego interrompido na praça de pedágio de São José dos Pinhais (PR), km 635 da BR-376/PR; na unidade operacional da PRF em Tijucas do Sul (km 662) e na praça de pedágio de Garuva, no km 1,3 da BR-101/SC. A recomendação das autoridades no local é de que os condutores antecipem a manobra de retorno (evitando prosseguir até os pontos de bloqueios). As rotas alternativas indicadas neste momento para ligação entre os Estados do Paraná e Santa Catarina são as BR 470 e 116.

Pontos de atenção

Alerta também na BR-277/PR, cuja pista no sentido litoral está totalmente interditada por causa da queda de barreira no km 41 e parcialmente interditada no km 42; e na BR-280/SC, onde há interdição total no km 93 e no trecho entre os km 84 e 122. Os segmentos foram sinalizados e equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) atuam nos serviços de desobstrução e de orientação aos condutores quanto a rotas alternativas.

Em Aracruz (ES), o trânsito foi totalmente interrompido no km 170 da BR-101, em virtude de um registro de erosão. A concessionária Eco101 e a PRF encontram-se no local, e, conforme a concessionária, a previsão é que os trabalhos sejam concluídos amanhã (2). Outros pontos de atenção nesta rodovia são o km 171,3, ainda em Aracruz, por causa de uma erosão; e os km 134 e 146, ambos em Linhares e em decorrência à queda de barreiras.

A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia pelo menos cinco propostas para tentar garantir a continuidade do pagamento de um Auxílio Brasil (que voltará a ser chamado de Bolsa Família no novo governo) de R$ 600 a partir de janeiro de 2023.

As propostas se acumulam, e cada uma delas tem padrinhos importantes no PT, no Congresso, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

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Coordenador do governo de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin disse, nessa terça (8), que a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição é uma possibilidade para garantir a continuidade do pagamento do benefício de R$ 600, mas não descartou outras alternativas em análise.

Ele afirmou que a solução será definida nos "próximos dias", diminuindo a expectativa no mercado em torno de um possível anúncio ainda hoje - quando o presidente eleito estará em Brasília para reuniões com lideranças políticas e com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

"Isso não está ainda definido. É uma possibilidade. Têm várias possibilidades. Uma delas é ter uma PEC para garantir a continuidade do trabalho com foco na questão social. Esse é um caminho, tem outros. Isso vai ser definido nos próximos dias", disse Alckmin.

Ao longo das negociações feitas ontem, ganhou força no Congresso proposta de retirar todas as despesas do novo Bolsa Família do teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. Retirado o custo integral do benefício, abre-se espaço no Orçamento para acomodar outras promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral, como a correção da tabela do Imposto de Renda de pessoas físicas.

Espaço orçamentário

A retirada do programa social do governo sempre foi um "desejo" do mundo político, sobretudo depois da pandemia de Covid-19, quando a elevação das despesas do Auxílio Brasil comprimiu ainda mais o espaço orçamentário para outras políticas devido às restrições do teto de gastos.

Nesse cenário, um total de R$ 175 bilhões sairia do teto de gastos, sendo R$ 105 bilhões já previstos no Orçamento para bancar o pagamento de R$ 405, R$ 52 bilhões para o adicional de R$ 200 e R$ 18 bilhões para um novo benefício, de R$ 150, que Lula prometeu para famílias com crianças de até seis anos.

Sem dar detalhes e se desviando de questionamentos sobre valores da "licença" para gastar em 2023, Alckmin citou alternativas que estão sendo discutidas também com integrantes do Judiciário e do Tribunal de Contas da União usando a opção de abrir um crédito extraordinário. Apesar da insistência da imprensa sobre o valor da licença, ele repetiu que a definição sobre valor e formato será tomada "nos próximos dias".

Na defesa do aumento de gastos para garantir o novo Bolsa Família, Alckmin disse que todos são favoráveis a dar prioridade à agenda social. "Ninguém é contra garantir, nesse momento, o Bolsa Família de R$ 600. Isso foi unânime", disse o vice-governador eleito.

Emendas para infraestrutura

A equipe de transição busca uma costura política para usar uma parcela do orçamento secreto para bancar um programa de obras. A carteira de obras seria pactuada com os parlamentares.

No projeto do Orçamento de 2023, os recursos previstos para as chamadas emendas de relator, que sustentam o orçamento secreto, são de R$ 19,4 bilhões. Pela proposta em discussão, essa carteira não seria uma imposição do Executivo, mas baseada em critérios definidos em torno de obras estruturantes com impacto no crescimento da economia.

Além da ausência de transparência, uma das críticas ao orçamento secreto é de que as emendas são muito pulverizadas e não contribuem para um plano estratégico de investimentos para o País, restringindo-se aos interesses paroquiais dos parlamentares.

No Congresso, lideranças do Centrão não querem abrir mão do orçamento secreto. Como mostrou o Estadão, líderes do grupo querem usar o Plano Plurianual (PPA), proposta que define os programas prioritários do governo federal durante quatro anos, para validar o orçamento secreto e blindar essas emendas de cortes durante o próximo mandato presidencial.

Ex-ministro da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro (PL), o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer "blindar" as pastas ligadas ao setor em São Paulo e planeja desalojar da Secretaria de Transporte e Logística o grupo ligado ao vereador Milton Leite (União Brasil).

Antes mesmo de iniciar o processo de transição, Tarcísio avisou que pretende indicar para comandar a secretaria um engenheiro de sua confiança e sem relação com partidos: Rafael Benini, diretor da Empresa de Planejamento e Logística. Outro nome que terá influência será Arthur Lima, diretor-presidente da estatal.

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Aliado tradicional do PSDB paulista, que comandou o Palácio dos Bandeirantes por 28 anos, Leite é o principal dirigente do União Brasil em São Paulo e exerce forte influência no setor de transporte na capital e no Estado.

Se essas escolhas se confirmarem, o governador eleito estará "desalojando" o grupo de Leite. Na política desde 1983, ele ingressou na Câmara Municipal em 1997 após vencer sua primeira eleição com 33 mil votos. No ano passado foi reeleito presidente da Casa.

Acordo

Um ano antes, o vereador, que tem um filho deputado estadual e outro federal, fez um acordo com o PSDB. Então candidato à reeleição na capital, o prefeito Bruno Covas decidiu entregar a vaga de vice em sua chapa ao MDB de Ricardo Nunes, e não ao União Brasil, como estava previsto. Como compensação, Leite indicou para a presidência da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) o engenheiro Milton Persoli. O atual secretário de Transporte e Logística, João Otaviano, também foi indicação do vereador.

Um dos primeiros partidos a declarar apoio a Tarcísio no segundo turno, o União Brasil fez chegar ao governador eleito a mensagem de que gostaria de manter a pasta em sua área de influência. O Republicanos, partido de Tarcísio, também sinalizou interesse em comandar a secretaria e autarquias ligadas a ela.

Releitura

"Deve haver uma releitura completa dos cargos de primeiro escalão, que serão renovados. Na área de infraestrutura e transportes, os nomes serão técnicos. Tarcísio não acolheu bolsonaristas quando estava no ministério. É próxima de zero a chance de ele manter os cargos na infraestrutura em São Paulo", disse o vice-governador eleito, Felício Ramuth (PSD).

No governo paulista, a pasta dos transportes responde pelos maiores contratos do governo em obras como o Rodoanel, a duplicação da Rodovia dos Tamoios e a recuperação de vicinais. "Na área de transportes, a influência política muitas vezes vai contra o bom planejamento técnico e não segue linhas metodológicas. O transporte faz parte da vida das pessoas. Tarcísio, que fez isso no ministério, vai encontrar resistências em São Paulo, mas o caminho é esse", disse o engenheiro de Transportes Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes.

Procurado, Milton Leite, que na semana passada ocupou o cargo de prefeito interino, disse que o União Brasil não discutiu espaços no governo. "Caso ele (Tarcísio) convide, vamos avaliar", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante de uma janela apertada e das incertezas políticas, o setor de rodovias deve ter parcos projetos indo a leilão ainda este ano - com o risco de novos adiamentos. Ainda assim, agentes do mercado apostam que a agenda de infraestrutura deve se manter independentemente dos governos que tomarem posse em 2023, tanto no âmbito federal quanto nos Estados, com o volume de rodovias concedidas à iniciativa privada dobrando de tamanho nos próximos anos.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), atualmente o Brasil tem pouco mais de 26 mil quilômetros de rodovias concedidas. Nos próximos seis anos, a expectativa é que outros 27 mil quilômetros sejam transferidos para gestão privada, o que deve representar quase R$ 140 bilhões de investimentos. O destaque fica para o programa federal, que deve ter cerca de 18 mil quilômetros leiloados. No âmbito estadual, Minas Gerais deve liderar as concessões de rodovias, com mais de 2,2 mil quilômetros, seguido de Mato Grosso e Goiás.

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CONSULTA

Segundo o presidente da ABCR, Marco Aurélio Barcelos, apesar da janela restrita para leilões este ano, diversos projetos no âmbito federal estão sendo modelados ou já estão em consulta pública. "A mensagem principal é que o programa de concessões de infraestrutura teve um importante espaço nos últimos anos. O próximo governo terá muito trabalho para transformar esses projetos em realidade. A perspectiva do setor é positiva, a política de concessões não vai arrefecer", avalia.

O dirigente lembra que o primeiro ciclo de concessões de rodovias, que tiveram início em meados da década de 1990, já foi concluído. "Estamos praticamente migrando para uma quinta etapa desse processo de concessões, temos história para contar, muita coisa mudou ao longo do tempo", diz o dirigente.

Empresas tendem a ser mais seletivas em novos projeto

Não faltam projetos para serem leiloados no setor rodoviário, afirma o executivo sênior de project finance do Santander, Edson Nobuo Ogawa. "Há muito a ser feito, tivemos leilões importantes tanto no âmbito estadual quanto federal. Agora, temos de trabalhar no cronograma de rodovias mais complexas, que podem demandar algum recurso do governo", avalia.

Ele acrescenta que o modelo de concessão "filé com osso" - que une rodovias maduras com outras que não seriam financeiramente viáveis sozinhas - também tem sido adotado com êxito. "No setor rodoviário, o pipeline existente é muito importante."

LIMITAÇÕES

O sócio do Castro Barros Advogados, Paulo Dantas, afirma que ainda há poucos competidores disputando projetos de grande porte no setor.

"Há espaço de sobra para concessões de rodovias, o problema é que temos poucos players em grandes projetos e eles serão mais seletivos em suas escolhas, nem todos os leilões farão sentido", diz.

Segundo o especialista, apesar dos avanços notórios no setor, o déficit de investimentos em rodovias ainda é muito grande. Ele observa que, além dos projetos que preveem infraestrutura totalmente nova (chamados greenfield), há também uma demanda por aqueles que abrangem apenas manutenção e serviços (brownfield) - o que já exigiria cifras significativas do poder público, que muitas vezes deixa de fazer esses aportes. "Para o tamanho do Brasil, os players no setor ainda são limitados", diz.

Para o sócio do Machado Meyer Advogados, Lucas Sant’Anna, o amadurecimento das concessões de rodovias acabou trazendo um ambiente de retornos menores dos projetos. Adicionalmente, ele aponta que inúmeros pleitos de reequilíbrio de contrato ainda não foram resolvidos. "Com muitos contratos acabando, restam dúvidas sobre como ficam os valores devidos às concessionárias", diz.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, avalia propor alterações na regulamentação e na lei de 2017 que instituiu a relicitação de ativos de infraestrutura. "A ideia é de aperfeiçoamento", disse Sampaio ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A ferramenta foi pensada para funcionar como uma alternativa de devolução amigável de concessões problemáticas, mas tem enfrentado percalços. Desde que a regulamentação do tema foi editada, em 2019, nenhuma relicitação saiu do papel. Seis concessionárias de rodovias e três de aeroportos já apresentaram pedidos ao governo.

O caso dos aeroportos de São Gonçalo do Amarante (RN) e de Viracopos (SP) são emblemáticos. A expectativa é de que a devolução de São Gonçalo, pedida em 2020, se resolva nos próximos meses, permitindo que o governo faça o leilão ainda neste ano. Já Viracopos tem outros complicadores, como a disposição da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) de ficar com o ativo. Questionado, Sampaio não descartou a possibilidade, apesar de não haver definição. Segundo ele, o ministério analisa ideias recentemente apresentadas pela concessionária à pasta. "Mas, em paralelo, a relicitação segue de vento em popa no Tribunal de Contas da União", disse.

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Apesar da expectativa de resolução nesses casos, o tempo levado para o governo encaminhar a relicitação dos ativos é considerado um dos problemas a equacionar. Sampaio estuda com a equipe quais regras pretende aprimorar e espera ter um plano traçado nas próximas semanas, com eventual edição de uma medida provisória para ajustar a legislação.

"Entendo que há questões que dá para melhorar no decreto (de regulamentação). E minha proposta é pensar numa MP (medida provisória) também", explicou."Está demorando demais (o processo de relicitação). É um instrumento bom, que ainda precisa mostrar a que veio."

O ministro avalia, por exemplo, se no caso das rodovias não faria sentido o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já assumir a operação, diante do impasse. "Para mim, há investimentos que precisam ser feitos de forma urgente, e não posso colocar o Dnit lá dentro (segundo as regras atuais)", comentou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nas negociações para a aprovação de medidas com potencial de redução dos preços dos combustíveis, o governo discute com lideranças aliadas no Congresso o envio de um projeto para abrir a Transpetro, "braço" da Petrobras que opera terminais e dutos, à concorrência. A proposta teria o objetivo de garantir "de fato" que refinarias, distribuidoras e importadores tenham acesso à infraestrutura da Transpetro - que, na avaliação de integrantes do governo, tem grande ociosidade.

Segundo o Estadão apurou, o envio do texto está sendo discutido com o Congresso para ser incluído no pacote de projetos que podem ajudar a reduzir preços neste momento de alta da inflação - algo com potencial para afetar as chances de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Entre os projetos em tramitação, está a fixação de um teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, gás, telecomunicações e transportes. O texto foi aprovado na Câmara e agora será avaliado pelos senadores.

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Subsidiária integral da Petrobras, a Transpetro tem uma atuação voltada para logística de transporte: dutos e terminais e transporte marítimo. Conta com mais de 14 mil quilômetros de oleodutos e gasodutos, 47 terminais (20 terrestres e 27 aquaviários) e 55 navios.

Segundo fontes a par das negociações, a Transpetro tem obrigação em lei de ceder e compartilhar essa infraestrutura. Mas, na prática, isso não aconteceria. A intenção da proposta é forçar esse movimento de uma maneira mais contundente. Para o convencimento dos parlamentares, integrantes do governo têm reforçado que há trechos de dutos com ociosidade acima de 50%. Procurada, a empresa não se pronunciou até o encerramento desta edição.

Punição

O projeto deve dar mais instrumentos à Agência Nacional de Petróleo (ANP) para que toda a cadeia - refinarias, distribuidoras e importadores - possa usar os dutos da Transpetro. A atual determinação para compartilhamento é considerada muito genérica, e a ANP só tem hoje duas ferramentas de punição: multas e cassação da licença da Petrobras, o que é inviável.

No ano passado, o envio de uma medida provisória com essa proposta foi barrado pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, substituído no cargo pelo economista Adolfo Sachsida. Inicialmente, foi construída pela área técnica do Ministério da Economia. Nas conversas com o Congresso, um ponto tem sido ressaltado: o de que esse projeto, sozinho, não resolve todo o problema, mas pode ajudar a reduzir os preços. A área jurídica avalia ainda que a proposta não pode ser enviada por meio de medida provisória. Seria preciso um projeto de lei.

Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-diretor da ANP, Helder Queiroz avalia que a medida em tese é boa, mas, na prática, "é nula" diante da urgência que o governo tem de reduzir os preços dos combustíveis.

"É uma medida para o médio e longo prazo, por isso não seria suficiente para atender ao que o governo almeja, que é a competição com preços mais baixos rapidamente", afirma Queiroz, acrescentando que a ociosidade não é tão alta se a análise compreender períodos mais longos, como um ou dois meses.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (16), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o presidente da Câmara de Vereadores, Romerinho Jatobá (PSB), oficializaram o repasse do valor de R$ 30 milhões, oriundos do fundo especial do Legislativo Municipal, para a realização de obras públicas na cidade.

Segundo a prefeitura, o valor vai permitir o início das intervenções de infraestrutura urbana em diversos bairros da cidade. A verba tinha sido reservada pela Câmara para reformar a Casa José Mariano.

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“Agradeço a toda a Câmara do Recife, vereadores e vereadoras de todos os partidos, independente de ser oposição, de ser da base, por terem tido a compreensão de como é importante a harmonia entre os Poderes e assim, fazer esse repasse de R$ 30 milhões que está saindo da Câmara de Vereadores para a prefeitura", disse João Campos.

O prefeito esclareceu ainda o critério que será utilizado na destinação do recurso. “A decisão da aplicação tem um critério importante a ser seguido: demandas que têm um maior índice de prioridade e de necessidade da cidade. Esse valor é para novas obras, novos investimentos. Nosso foco é trazer benefícios duradouros”, completou o prefeito do Recife.

“Esse recurso é fruto do duodécimo do ano corrente e parte do fundo que nós temos, que foi criado por uma Lei, para aquisição de um novo prédio. Fizemos um ano de austeridade, reduzimos gastos para poder trazer agora para o município R$ 30 milhões, um número histórico na cidade, para ser investido em obras que afetem diretamente a vida do recifense. Essa foi uma decisão unânime", pontuou Romerinho Jatobá.

Nesta terça-feira (14), a Câmara Municipal do Recife vota o dispositivo inédito que permite o repasse de R$ 30 milhões para obras de infraestrutura da Prefeitura. Com o corte de gastos causados pela pandemia, o dinheiro seria destinado a compra de imóveis.

O decreto legislativo partiu de uma decisão coletiva das lideranças da Casa, que foram recebidas pelo prefeito João Campos (PSB) na sexta (10). O recurso foi guardado através de economias, como a informatização dos processos, e outra parte foi retirada do fundo para a construção da sede do Legislativo, criado pela lei municipal 17.853/12.

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Em entrevista ao LeiaJá, o vereador Ivan Moraes (PSOL), celebrou o amplo acordo que permitiu a destinação mais efetiva do montante.

"Na realidade que a gente vive é muito mais interessante para o povo do Recife ter esse recurso podendo ser executado pelo Poder Público, e que a gente possa acompanhar a devolução desse dinheiro para a população", disse o parlamentar, que divulgou o item da pauta da Câmara de hoje em publicação no Twitter.

Ele reforça que, além dos parlamentares, é importante que a população fiscalize como os valores serão destinados através do Portal da transparência e do Diário Oficial do município.

 O presidente da Câmara, Romerinho Jatobá (PSB) destacou a importância do investimento para estimular a retomada econômica permitida pela ampliação da cobertura vacinal.

“O Recife está iniciando sua retomada econômica e voltando a investir em obras públicas. Fechamos o primeiro ano da Legislatura com uma decisão histórica de vereadoras e vereadores, que certamente irá impactar na melhoria da qualidade de vida de milhares de recifenses”, complementou.

O Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira, o substitutivo ao PLN 20/2021 que abre crédito suplementar de mais de dois bilhões de reais no Orçamento para reforçar o caixa de projetos e ministérios. O texto foi relatado pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que apresentou parecer favorável à proposição, com emendas.

A maior parte dos recursos (46,45%) vai para o Ministério da Infraestrutura a fim de viabilizar no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a conservação e recuperação de ativos de infraestrutura da União (R$ 343 milhões); a construção de ponte sobre o Rio Araguaia em Xambioá - na BR-153/TO, além da adequação de diversos trechos rodoviários (R$ 624 milhões).

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Parte do dinheiro vai para investimentos do Ministério de Minas e Energia (21,6%) no parque fabril das Indústrias Nucleares do Brasil S.A (INB), em Resende (RJ). Serão cerca de R$ 450 milhões para melhorar a infraestrutura e para a reposição de equipamentos industriais.

Dos recursos do crédito suplementar, R$ 1,1 bilhão vem do superávit financeiro apurado no ano passado, mas R$ 965 milhões foram transferidos pela anulação de outras dotações orçamentárias. Durante a votação do texto, Eduardo Gomes assumiu o compromisso de, nos próximos dias, recompor os recursos cancelados em outros dez PLNs que devem ser votados pelo Congresso.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) registrou que Eduardo Gomes preservou as dotações orçamentárias que irão garantir a continuidade de obras rodoviárias em Santa Catarina.

Eduardo Gomes, por sua vez, agradeceu às lideranças partidárias pela paciência e determinação na votação dos projetos e destacou seu compromisso com as recomposições previstas nas proposições votadas pelos deputados e senadores.

O líder do governo no Congresso destacou ainda os 33 anos da Constituição e, por consequência, do estado do Tocantins, cuja criação foi prevista no artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Carta promulgada em outubro de 1988.

O PLN 20/21 ainda abre crédito suplementar para outros oito ministérios:

Saúde (R$ 113,5 milhões)

Justiça e Segurança Pública (R$ 94,2 milhões)

Agricultura (R$ 77 milhões)

Educação (R$ 71,6 milhões)

Cidadania (R$ 67 milhões)

Economia (R$ 35,7 milhões)

Turismo (R$ 30 milhões)

Defesa (R$ 14,4 milhões)

*Da Agência Senado/Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

A empresa de tecnologia XP Inc. anuncia, nesta segunda-feira (2), seleção com 100 vagas exclusivas para mulheres. As oportunidades são para as áreas de dados, engenharia e infraestrutura. Podem participar da seletiva mulheres de qualquer parte do Brasil ou exterior, já que o trabalho é remoto.

As candidaturas são realizadas no site da empresa até 22 de agosto. O processo seletevo se dará durante o mês de agosto e contará com envio de currículo e carta de apresentação, através da plataforma de recrutamento, e entrevista. 

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“Apesar de ainda termos um longo caminho a percorrer, fico muito feliz e orgulhosa por anunciar as mais de 100 vagas exclusivas para mulheres. Elas são um reflexo do nosso objetivo de acelerar a inclusão de mulheres no mercado financeiro. Processos seletivos especiais como este são parte de um processo para derrubar as barreiras históricas e sociais que dificultam a ascensão profissional das mulheres”, afirma Marta Pinheiro, diretora ESG da XP por meio da assessoria.

 

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, fez neste sábado uma defesa da isenção de pedágio para motocicletas no Brasil. Para uma plateia de motoqueiros na cidade de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, Tarcísio afirmou que, "a partir de agora, motociclistas não pagarão mais pedágio".

O comentário surge após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter aprovado, na última quarta-feira, o plano de concessão da Via Dutra (BR-116), que liga o Rio de Janeiro a São Paulo. Atualmente, o trecho é operado por uma empresa privada, o grupo CCR, mas o contrato vence no início do próximo ano, o que abre espaço para o governo realizar um novo leilão.

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O plenário do TCU também deu aval ao projeto político do presidente Jair Bolsonaro de isentar o pedágio de motociclistas nos trechos concedidos. Para ir à frente com o benefício, no entanto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deverá realizar ajustes no Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da concessão e nos demais documentos que integram o projeto. O Ministério Público junto ao TCU havia se manifestado contra a isenção, classificada como um aparente "privilégio injustificado" aos motociclistas.

No evento deste sábado com motociclistas, Tarcísio Freitas afirmou que, em todas as concessões que forem realizadas a partir de agora, não haverá mais pedágio para as motos. Porém, ele não justificou o benefício aos motociclistas. Outros proprietários de veículos seguirão pagando pedágios normalmente.

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro se referiu a ele como uma "pessoa corajosa", que está "pagando o "preço pela transformação" do País. "(É um) cara corajoso, predestinado, escolhido. Estamos tendo o privilégio de participar desta transformação", acrescentou Tarcísio Freitas, em tons messiânicos ao se referir a Bolsonaro. "Vocês são parte disso, são a geração que vai mudar o Brasil", completou.

Tarcísio de Freitas e Bolsonaro participaram neste sábado de passeio de motocicletas em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Nesta tarde, Bolsonaro visita um hospital na cidade e se reúne com prefeitos da região.

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