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O filme "Touch me not", uma exploração sobre o sexo e a intimidade dirigida pela romena Adina Pintilie, ganhou o Urso de Ouro neste sábado (24) no Festival de Berlim.

"Touch me not" é um longa no meio do caminho entre a ficção e o documentário, baseado em personagens que tentam penetrar na intimidade de formas inesperadas.

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A 68a edição do Festival de Cinema de Berlim também premiou "Las herederas", do paraguaio Marcelo Martinessi, com o Urso de Prata de melhor atriz para Ana Brun e com o Urso de Prata Alfred Bauer, como filme que abre novas perspectivas.

A produção de Martinessi, que retrata uma mulher homossexual burguesa já na idade madura em busca de um novo começo, fez história, já que é o primeiro filme do Paraguai em competição na Berlinale.

Wes Anderson ganhou o Urso de Prata de melhor diretor por "Ilha de cachorros", um dos favoritos da crítica, e o francês Anthony Bajon foi recompensando com a estátua de melhor ator por seu trabalho em "La Prière".

"Museo", do mexicano Alonso Ruizpalacios, com Gael García Bernal, levou o prêmio de melhor roteiro.

Já a polonesa Malgorzata Szumowska conquistou o Grande Prêmio do Júri por "Twarz".

Um conto sobre a degradação social no isolamento da França rural e um drama romeno que explora a complexidade dos laços familiares abriram nesta quinta-feira a disputa pela Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Com um cinema cru, que inclui animais estripados, um parto em primeiro plano, sexo explícito e uma cena de eutanásia e outra de sodomia, o francês Alain Guiraudie surpreendeu com "Rester vertical", filmado nas paisagens isoladas de Lozer, assim como em Poitou e com algumas cenas urbanas no porto de Brest.

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O longa-metragem conta a história de Leo (Damien Bonnard), um jovem roteirista um pouco perdido na vida que conhece uma jovem pastora com a qual tem um filho que ela se recusa a criar.

Em uma trama que termina por relacionar vários personagens - inclusive do ponto de vista sexual -, todos são infelizes e solitários.

Guiraudie, premiado em 2014 na mostra Um Certo Olhar por "Um Estranho no Lago", explicou à imprensa que seu filme permite "distintas portas de entrada".

Criação artística e paternidade, sexualidade no mundo rural ou a relação com o selvagem e primitivo de uma sociedade que perde suas referências são apenas algumas delas.

O elemento selvagem é representado no filme por um lobo, animal ameaçador que obrigou o homem a "permanecer erguido" para enfrentá-lo, expressão que explica o título do filme e que, segundo Guiraudie, também tem uma conotação sexual.

"O sexo é algo que dá medo, mas não queria apresentá-lo de maneira grave ou solene", disse Guiraudie sobre o filme, que tem elementos oníricos e algumas citações bíblicas.

O clima de degradação social na França permeia o filme à medida que o protagonista perde a razão até o momento em que precisa adotar uma mudança radical para se reerguer.

"Com a decadência de Leo, quis falar de algo que ameaça a todos", disse o cineasta de 51 anos.

"Há poucas pessoas na França que podem dizer que viverão de modo tranquilo o resto de seus dias", concluiu.

Dissecando a família

Do diretor e roteirista romeno Cristi Puiu, o drama "Sieranevada" explora as tensões, angústias e rancores nas relações familiares.

O filme, que se desenvolve praticamente em um único lugar - o apartamento de uma família em Bucareste -, conta a história de Lary, um médico de 40 anos, que acompanha a mulher em um almoço para recordar o pai falecido.

Mas o evento fúnebre não acontece do modo previsto e gera uma sucessão de atos absurdos.

O longa-metragem foi inspirado no funeral do pai de Puiu, que faleceu em 2007 quando ele participava como jurado na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes.

"Voltei para a Romênia imediatamente e o primeiro encontro, pouco depois do funeral, aconteceu de forma muito estranha. Havia pessoas que eu não conhecia, amigos do meu pai com quem bebíamos, assim como vizinhos. Lembro que tive uma discussão com um amigo da minha mãe sobre a história do comunismo", explicou o diretor.

"As histórias que são parte da minha história pessoal são fictícias. Eu sou o criador da ficção", disse Puiu.

Com uma indústria cinematográfica ainda hesitante, a Romênia consegue a façanha de ter dois filmes entre os 21 na competição em Cannes.

Cristi Puiu, vencedor da mostra Um Certo Olhar em 2005 por "A Morte do Sr. Lazarescu", disputa a Palma de Ouro pela primeira vez.

Os olhares se voltam agora para seu compatriota, Cristian Mungiu, que apresentará em 19 de maio "Bacalaureat" ("Bacharelado"), um filme sobre a corrupção no sistema de ensino.

Mungiu já venceu a Palma de Ouro, em 2007, por "4 Meses, 3 Semanas, 2 Dias", um filme sobre o aborto ilegal na Romênia dos anos 1980.

Um homem escalou um andaime nos arredores da Praça de São Pedro e abriu uma faixa com o escrito para o papa Bento XVI "acabar com o terrorismo". O homem se identificou na faixa como Julian Jungarean, um romeno que já escalou as colunas em volta na praça.

Testemunhas dizem que oficiais uniformizados conversavam, do chão, com ele e também a partir de um teto próximo.

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Mais cedo, o papa Bento XVI presidiu a celebração da missa de Ano Novo na Basílica de São Pedro. Depois, o papa apareceu em uma janela para desejar feliz ano novo para as pessoas na praça.

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