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O pintor Édouard Manet, reconhecido como um dos artistas mais importantes do século 19 e considerado um dos mestres do impressionismo, é tema de uma grande exposição na Royal Academy of Arts, vitrine do circuito londrino que o menosprezou em vida. A exposição Portraying Life, inaugurada em janeiro, reúne retratos feitos pelo francês, que soube como poucos artistas traduzir as transformações da vida moderna.

A curadoria buscou telas espalhadas pelo mundo, incluindo duas do acervo do Masp: O Artista - retrato de Marcellin Desboutin e A Amazona - retrato de Marie Lefébure. Manet, apesar de ter crescido numa família de posses, que bancou suas viagens pela Europa para estudar arte, sofreu muitas vezes com o sentimento da rejeição. Em 1849, foi reprovado pela Escola Naval Francesa, depois de viajar até o Brasil num navio-escola.

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O pintor, em suas anotações, estranhou a desigualdade do país e elogiou a beleza do Rio e das mulatas. Uma década depois, foi esnobado na primeira tentativa de expor suas telas no Salão de Paris, o que se repetiria em outros anos. Vaidoso, Manet recusou vários convites para participar de exposições coletivas dos impressionistas, o que dificultou seu valor na época. O pintor, que morreu com apenas 51 anos, deixou um extenso acervo de obras (cerca de 400) e continua a provocar acesas disputas em leilão.

É por ser tão popular que a Royal Academy decidiu prolongar os horários das visitas às sextas e sábados e recomenda reservar o ingresso de 15 Libras (cerca de R$ 50) via internet, com horário marcado. É possível, pelo dobro do preço, ver os quadros domingo à noite, com menos frequentadores. A mostra Manet: Portraying Life, fica em cartaz até 14 de abril.

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