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O famoso card game digital da desenvolvedora de jogos Blizzard, “Hearthstone” recebeu a expansão gratuita, “Mercenários”, que apresenta uma nova maneira de jogar o título, além de trazer maior longevidade ao jogo.

“Hearthstone Mercenários” traz todos os elementos de RPG tático presentes no jogo original, mas com uma abordagem voltada para a progressão e busca por recompensas. O jogador precisará montar uma equipe de até seis heróis (pertencentes ao universo da franquia “Warcraft”) e cumprir os contratos estabelecidos.

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Durante os contratos, sua equipe precisará percorrer por um tabuleiro com diversos caminhos e derrotar todos os inimigos que tentam impedir seu percurso. Ao iniciar o combate, será necessário escolher quais serão os três integrantes que participarão do combate e quais ficarão de suporte.

Cada herói pode dispor de até três técnicas, que são adquiridas conforme eles ganham experiência nas batalhas. O jogador faz a distribuição dos ataques em seus inimigos correspondentes e com isso, o confronto se inicia. De maneira simplificada, ao vencer todos os inimigos, o jogador poderá avançar no mapa novamente.  

Ao ganhar as batalhas, os atributos de cada herói, como força e resistência serão fortalecidos, porém, caso o jogador seja derrotado, ele precisará iniciar todo o contrato novamente. Cada percurso completado recompensará a equipe com moedas, que podem ser utilizadas para criar novos integrantes ou aprimorar as habilidades dos heróis.

Caso o jogador fique enjoado de realizar os contratos, o Ringue de Luta pode ser uma boa distração. Neste modo online, cada competidor escolhe suas melhores equipes e levam elas para arenas, onde disputarão para decidir quem é o melhor grupo.

Outra novidade é que além do universo de “Warcraft”, o lançamento de “Hearthstone Mercenários” trouxe um crossover inusitado com a franquia “Diablo”, em que  é possível controlar o senhor das trevas, tanto no novo modo, como no jogo tradicional.

“Hearthstone Mercenários” é uma ampliação do famoso card game da Blizzard, mas assim como na modalidade tradicional, o jogo exigirá muita dedicação de seus jogadores, principalmente para os que desejam conquistar tudo que o jogo tem a oferecer.

O modo tradicional e sua expansão estão disponíveis gratuitamente para PC, via Battle.net; Android e iOS.

A brincadeira de muita criança, pelo menos até um tempo atrás, era fingir ser um Power Ranger – para as gerações um pouco mais antigas, um Jaspion ou Changeman; ou um Vingador do Espaço, para as gerações não tão jovens assim. Nada como a sensibilidade de um estúdio brasileiro, o Behold Studios, com profissionais que provavelmente viveram essas brincadeiras, para criar um jogo no qual você não é apenas um Power Ranger, mas um ator de um desses “tokusatsus” japoneses.

Chroma Squad, Tactical RPG, lançado na última quinta-feira (30), é, como o próprio nome reforça, um RPG tático, possuindo também elementos de gerenciamento de recursos. Fundado no Kickstarter, e conseguindo 180% do valor orçado, o jogo possui excelente gráfico retrô, música que gruda e ambiente descontraído.

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Os protagonistas são dublês de um grupo de Super Sentai, como são chamados os heróis coloridos do Japão, que, cansados de participarem apenas nas cenas de ação de uma série de má qualidade, decidem abrir o próprio estúdio. O enredo não é dos mais elaborados – e os próprios personagens do jogo sacaneiam isso o tempo todo.

O clima de deboche é algo presente. Desde a pose que cada “ranger” faz quando começa a dialogar até o nome dos equipamentos, que inicialmente são feitos de plástico e papelão. Os heróis arrumam os motivos mais absurdos para iniciarem uma luta e estão sempre criticando a qualidade da própria série. Quem joga também pode participar da galhofa, já que pode mudar o nome de quase tudo no game, como nomes dos personagens, estúdio e o grito de guerra.

Apesar de humorístico, os diálogos são muitas vezes vazios e desnecessários, mas aí é que está o grande trunfo do estúdio, porque os diálogos dos Super Sentais sempre foram igualmente vazios, então “apenas estávamos fazendo como no original do Japão” torna-se uma saída plausível. O game, apesar de possuir dois gêneros, os tem muito bem divididos. Você vai passar a maior parte dele com o RPG tático em turnos, que ocorre quando os personagens vão gravar o episódio da série independente. Para quem é fã do gênero e gosta da franquia Fire Emblem e de jogos como Final Fantasy Tactics não há o que por defeito.

A repetição é típica do RPG tático, o que faz esse gênero não ser muito popular e ter uma quantidade diminuta de opções no mercado. Algumas missões de Chroma Squad podem ser pouco convidativas justamente pelo sentimento de mais do mesmo. Mas fica claro que o Behold Studios fez o possível para evitar o cansaço. Todas as missões possuem “instruções do diretor”, que são missões paralelas, algo como “destrua cinco inimigos no primeiro turno”. Além disso, durante diversas ocasiões é possível escolher quais missões você quer fazer e quais quer deixar para depois.

Um outro diferencial de Chroma Squad é a execução de ações combinadas. A cada turno você pode fazer um dos personagens acionar o modo de Cooperação. Com isto ativado, o integrante da equipe pode arremessar os demais, fazendo com que alcancem maiores distâncias, ou atacar em conjunto, tirando mais dano.  O ataque finalizador consiste em deixar os quatro personagens em modo Cooperação ao redor do inimigo e com o último herói executar o ataque. Novamente remetendo aos clássicos Sentais, o ataque finalizador tem uma cena de coreografia com luzes e explosões coloridas.

Fazer determinadas ações, habilidades especiais ou ataques combinados rendem audiência. Ao final de cada “episódio”, ela é convertida em dinheiro e em número de fãs, que são essenciais para você gerenciar sua equipe.

Você estará sempre recebendo emails dentro de jogo. Dependendo de como você respondê-los, a história do jogo pode sofrer alterações. Muitas mensagens parecerem verídicas, que o estúdio teria recebido ao longo do desenvolvimento do jogo. Até porque não faltam semelhanças entre um estúdio independente de videogames no Brasil e um de jovens atores.

Chroma Squad não é muito difícil, ao menos no nível médio. A parte de gerenciamento também é bem simples e, a não ser que você seja um comprador compulsivo, não terá problemas com dinheiro. Por fim, não poderia faltar a luta dos robôs gigantes – ou mechas, como são chamados os autômatos controlados por pessoas. Estes embates acontecem com menos frequência e talvez por isso sejam sempre bem vindos. Mais uma vez a jogabilidade é bem direta, com o jogador escolhendo se faz o robô atacar ou defender, sendo que se consegue acertar o ataque pode realizar outro, mas as chances de êxito vão diminuindo.

O Behold Studios sabe onde está pisando, o que ficou claro desde o seu jogo anterior, o Knights of Pen and Paper. Estão sendo feitos jogos nostálgicos, para quem viveu as mesmas épocas dos desenvolvedores. Chroma Squad é repleto de referência, e não só de tokusatsu. Por exemplo, entre os personagens que você escolhe para o esquadrão estão uma paródia de Bruce Lee e Wesley Snipes. Há também uma leve lição sobre o sexismo, assunto muito discutido principalmente por uma geração que era criança nos anos 80 e 90.

Chroma Squad podia ter sido só uma paródia das séries japoneas. O Behold Studios preferiu ir além e transformá-lo em uma viagem no tempo. O estúdio cresceu, tal qual os vilões dos Power Rangers. Chroma Squad custa R$ 27,99 no Steam. 

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