Tópicos | sabatina adiada

A sabatina do economista Ilan Goldfajn, indicado pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central, foi adiada para a próxima terça-feira (7). Inicialmente a série de questionamentos estava prevista para acontecer nesta quarta (1º), no entanto faltou acordo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para a aprovação do indicado. 

Com a postergação da sabatina e, consequentemente da análise do nome no Plenário, a primeira reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) da gestão do presidente em exercício Michel Temer será conduzida pelo atual presidente do Banco Central, indicado pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Alexandre Tombini. O encontro define a Selic, a taxa básica de juros da economia – atualmente fixada em 14,25 %, ao ano.

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A apresentação do relatório do senador Raimundo Lira (PMDB-PB) tumultuou a sessão da CAE. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) exigiu que fosse cumprido um intervalo de cinco dias, previsto pelo regimento do Senado, entre a apresentação do relatório e a sabatina do indicado.

Entre os argumentos do petista, está a alegação de que Goldfajn aparece entre os sócios do Itaú Unibanco desde agosto de 2010. O Banco Central fiscaliza as ações das unidades financeiras privadas e, para Lindbergh há um “claro conflito de interesses na indicação de economista”.

Além disso, ele pontuou ainda que o processo de impeachment de Dilma Rousseff não chegou ao fim no Senado e a mudança do comando do Banco Central pode gerar instabilidade econômica. “E se a presidente Dilma voltar? Porque é tanta crise neste governo do presidente interino Michel em 15 dias! Tantas crises! Olhem que instabilidade nós estaríamos passando: colocar um novo presidente do Banco Central, a presidenta Dilma volta e se muda o presidente do Banco Central novamente?”, ponderou.

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