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Uma semana antes do Oscar, o filme "1917" e seu diretor, Sam Mendes, foram os grandes vitoriosos na cerimônia de entrega do Bafta, a principal premiação do cinema britânica, realizada neste domingo (2).

A produção ambientada na 1ª Guerra Mundial, premiada recentemente com o Globo de Ouro, venceu em sete categorias do Bafta, incluindo melhor filme e direção. A nova obra de Mendes superou dos concorrentes "O Irlandês", de Martin Scorsese, "Coringa", de Todd Philipps, "Era Uma Vez em Hollywood", de Quentin Tarantino, e "Parasita", de Bong Joon-Ho.

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Com 11 indicações ao prêmio britânico, "Coringa" ficou com três, incluindo o de melhor ator para Joaquin Phoenix, que teve como concorrentes Leonardo DiCaprio ("Era Uma Vez em Hollywood"), Adam Driver ("Historia de um Casamento "), Taron Egerton ("Rocketman") e Jonathan Pryce ("Os dois papas").

Renée Zellweger brilhou entre as mulheres ao ficar com prêmio de melhor atriz por "Judy: Muito Além do Arco-Íris", biografia da atriz Judy Garland. "Parasita", do sul-coreano Bong Joon-Ho, ficou com o Bafta de melhor filme em língua estrangeira e melhor roteiro.

Com dez indicações, "Era Uma Vez em Hollywood" conseguiu apenas ser vitorioso na categoria ator coadjuvante, graças a Brad Pitt.

Quem saiu de mãos vazias da cerimônia foi a produção da Netflix, dirigida por Martin Scorsese, "O Irlandês", que concorreu em dez categorias. Este ano, a seleção de indicados ao Bafta foi muito criticada por sua falta de diversidade.

Pouco antes da cerimônia, a presidente do Bafta, Pippa Harris, lamentou a ausência de mulheres na categoria de melhor direção e julgou "exasperante" que nenhum ator negro estivesse nas principais categorias.

Confira abaixo a lista de premiados:

MELHOR FILME "1917"

MELHOR FILME BRITÂNICO "1917"

MELHOR ESTREIA DE UM DIRETOR, PRODUTOR OU ROTEIRISTA BRITÂNICO Mark Jenkin (Diretor/Roteirista), Kate Byers, Linn Waite (Produtor), por "Bait"

MELHOR FILME DE IDIOMA NÃO-INGLÊS "Parasita"

MELHOR DOCUMENTÁRIO "For Sama"

MELHOR ANIMAÇÃO "Klaus"

MELHOR DIRETOR Sam Mendes, por "1917"

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL "Parasita", Han Jin Won, Bong Joon-Ho

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO "Jojo Rabbit", Taika Waitit

MELHOR ATRIZ Renée Zellweger, por "Judy: Muito Além do Arco-Íris"

MELHOR ATOR Joaquin Phoenix, por "Coringa"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Laura Dern, por "História de um Casamento"

MELHOR ATOR COADJUVANTE Brad Pitt, por "Era Uma Vez em Hollywood"

MELHOR TRILHA SONORA "Coringa", Hildur Guđnadótti

MELHOR DIREÇÃO DE ELENCO "Coringa", Shayna Markowitz

MELHOR FOTOGRAFIA "1917", Roger Deakins

MELHOR EDIÇÃO "Ford Vs. Ferrari", Andrew Buckland, Michael Mccusker

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO "1917", Dennis Gassner, Lee Sandales

MELHOR FIGURINO "Adoráveis Mulheres", Jacqueline Durran 

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO "O Escândalo", Vivian Baker, Kazu Hiro, Anne Morgan

MELHOR SOM "1917", Scott Millan, Oliver Tarney, Rachael Tate, Mark Taylor, Stuart Wilson

MELHORES EFEITOS VISUAIS "1917", Greg Butler, Guillaume Rocheron, Dominic Tuohy

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO BRITÂNICO "Grandad Was A Romantic", Maryam Mohajer

MELHOR CURTA BRITÂNICO "Learning To Skateboard In A Warzone (If You’re A Girl)", Carol Dysinger, Elena Andreicheva

ESTRELA REVELAÇÃO Micheal Ward

"1917", o retrato inovador e profundamente pessoal de Sam Mendes da Primeira Guerra Mundial, entrou no radar do Oscar após surpreender no Globo de Ouro.

O filme é inspirado nas histórias do seu avô, que serviu no exército britânico.

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A história acompanha dois soldados britânicos em uma missão perigosa através de uma terra de ninguém, na qual, diante de uma morte quase certa, eles devem entregar uma mensagem vital que ordena que um ataque calamitoso planejado nas linhas alemãs seja abortado.

O filme ganhou o Globo de Ouro de melhor drama no domingo, além do de melhor diretor para Mendes, vencendo os favoritos Martin Scorsese ("O Irlandês") e Quentin Tarantino ("Era uma vez... em Hollywood").

"Foi o melhor trabalho em equipe de todos os tempos", disse George MacKay à AFP, momentos depois do anúncio do primeiro prêmio.

- Memória muscular -

Em um experimento radical de cinema, Mendes e o diretor de fotografia Roger Deakins deslizam a câmera das trincheiras para os campos de batalha cheios de crateras em uma cidade francesa devastada, no que parece ser quase uma filmagem contínua que dura duas horas.

"Eles nunca fizeram um filme em uma tomada contínua. Nenhum de nós fez isso", disse Dean-Charles Chapman, outro ator principal do filme, falando à AFP em um evento em Beverly Hills organizado pelo BAFTA, a academia do cinema britânico.

Chapman e MacKay se lembraram de como ensaiaram suas cenas durante meses, repetindo movimentos e diálogos até que se tornassem "uma memória muscular".

"Estávamos andando sobre estacas que colocamos no chão para marcar as paredes, o começo, o fim do set", lembrou Chapman.

"Pouco a pouco, o cenário se tornou uma trincheira, depois ajustamos o tamanho do cenário em torno da cena. E fizemos isso com cada cena ... levamos seis meses para fazer isso".

- Heróis desconhecidos -

A abordagem ousada foi claramente recompensada, pois a vitória no Globo de Ouro, que abre a temporada de premiações de Hollywood, aumenta as chances de "1917" para o Oscar, em 9 de fevereiro.

A produção poderá disputar as categorias de melhor filme, melhor diretor e outras técnicas, embora seus protagonistas, relativamente desconhecidos, não apareçam nas previsões de premiação.

Mendes disse que escolheu deliberadamente atores que não eram grandes estrelas do cinema para que o público não simpatizasse de cara com eles e assim não conseguisse adivinhar se sobreviveriam ou não.

"Talvez sejam mortos, eu não sei. Se fosse Leonardo DiCaprio, talvez achasse que iria sobreviver", declarou Mendes à AFP em Paris no mês passado.

Chapman é mais conhecido por interpretar o jovem rei Tommen Baratheon em "Game of Thrones", enquanto MacKay teve um papel coadjuvante na comédia de 2016 "Capitão Fantástico".

"1917" tem estrelas britânicas como Colin Firth, Benedict Cumberbatch e Andrew Scott, mas seus papéis são secundários.

- Filme pessoal -

A base da trama era uma história particular que o avô de Mendes, Alfred, contou a ele sobre seu serviço como mensageiro na Frente Ocidental.

Ele complementou a trama com outras histórias reais de guerra retiradas de cartas, diários e outras pesquisas.

"Eu acho que é mais pessoal porque vem diretamente de mim, embora sinta que nunca fiz um filme que não fosse pessoal em algum nível", disse Mendes.

O filme acabou tendo também conexões pessoais com seus atores.

Chapman disse à AFP que durante sua pesquisa sobre o papel do soldado de primeira classe Blake descobriu um fragmento do diário de seu bisavô em um livro chamado "The Western Front Diaries".

Os atores também visitaram a França e a Bélgica para conhecer os lugares da guerra, embora o filme tenha sido rodado na Grã-Bretanha.

"1917" tem estreia prevista no Brasil em 23 de janeiro, embora os prêmios conquistados possam antecipar seu lançamento.

Cartaz de divulgação do novo filme de James Bond

007, o espião mais famoso do cinema, chega ao seu 24º filme e já tem o nome de seu diretor confirmado: Sam Mendes. Responsável pelo sucesso de Skyfall, o diretor reassume o comando da franquia e deve dirigir também o próximo longa. Outro nome confirmado é o do roteirista John Logan, repetindo a fórmula da última película estrelada pelo ator Daniel Craig.

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A ideia para a próxima produção é fazer igual a Cassino Royale e Quantum of Solace, porém desta vez aproximar mais as obras. O ator Ralph Fiennes também está confirmado e deve atuar ao lado de Craig. A bond girl ainda não foi definida. A data de lançamento é em novembro de 2014.

O cineasta britânico Sam Mendes anunciou que não vai dirigir o 24º filme da saga James Bond, apesar do sucesso de Operação Skyfall, para poder concentrar-se no teatro, em entrevista publicada na revista Empire. Mendes dirigiu a mais recente aventura do agente 007, que se converteu no filme de maior bilheteria do Reino Unido e supero um bilhão de dólares no mundo todo.

"Foi uma decisão muito difícil não aceitar uma oferta tão generosa (dos produtores Michael G. Wilson e Barbara Broccoli) para dirigir o próximo filme de James Bond", afirmou Mendes. "Dirigir Skyfall foi uma das melhores experiências de minha vida profissional, mas tenho outros compromissos, principalmente no teatro - com A fantástica fábrica de chocolate e Rei Lear - nos quais vou me concentrar durante ao menos um ano", explicou.

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O ator espanhol Javier Bardem, o grande vilão do novo filme de James Bond, "Skyfall", elogiou em entrevista à AFP o método de trabalho do cineasta britânico Sam Mendes, que transformou as filmagens em "um grande laboratório criativo, onde todos puderam experimentar o que queriam fazer.

Vigésimo terceiro filme do famoso 007 - interpretado pela terceira vez pelo ator britânico Daniel Craig -, "Skyfall" também marca o 50º aniversário do agente secreto a serviço de Sua Majestade nos cinemas, desde a estreia, em 1962, de "James Bond 007 contra Dr. No", com Sean Connery.

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"A primeira vez que vi um filme de James Bond, eu tinha doze anos e foi o "Moonraker - O foguete da morte". Desde então, assisti a todos eles", contou à AFP Javier Bardem, que interpreta em "Skyfall" o cyber-terrorista Raul Silva.

"Minha geração e muitas outras cresceram com James Bond e foi um luxo e uma honra ser convidado para participar do filme que celebra o seu 50º aniversário", acrescentou o ator, de 43 anos, Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2008 por seu papel como um assassino psicopata em "Onde os fracos não têm vez", dos irmãos Coen.

Este novo capítulo das aventuras do espião britânico, que tem pré-estreia nesta terça-feira em Londres e estreia na sexta em grande parte do mundo, inclusive no Brasil, e no dia 9 de novembro nos Estados Unidos, foi confiado a Sam Mendes, o diretor de "Beleza Americana" (1999) e de "Foi apenas um sonho" (2008), cuja "coragem face ao mito 007 é encontrada ao longo de todo filme", segundo palavras do ator espanhol.

"O que ele fez foi dar o toque clássico dos filmes históricos de James Bond, oferecendo uma proposta mais complexa aos personagens, às relações entre eles e aos diálogos", disse. "E esta mistura faz com que o filme funcione em todos os níveis".

"É alguém que trabalha duro, que gosta de colocar as mãos na massa, tentar coisas diferentes, improvisar", prosseguiu. "Ele é muito aberto às propostas dos atores. Durante as filmagens, havia uma atmosfera de laboratório de criação, todos nós pudemos experimentar coisas. E para um filme do tamanho de 'Skyfall', foi extremamente incrível".

O trabalho de laboratório também foi aplicado ao papel de Silva - por seu caráter e sua aparência física -, especialmente na cena de apresentação do personagem, em um longo plano muito ousado no qual Bardem vem do fundo do cenário, caminhando em frente à câmera, para se juntar a James Bond e o espectador.

"Sam e eu trouxemos muitas ideias e nós trabalhamos sobre como abordar a mesma cena com vários tons e nuances diferentes", explicou o ator. "Isso fez as coisas nascerem. E Sam usou estas coisas para configurar a cena como aparece no filme".

O mesmo vale para o aspecto físico de Silva, que usa uma estranha peruca loira e quase sempre esboça um sorriso muito largo e quase infantil, inesperado no rosto de um psicopata.

"A aparência física de um personagem deve sempre, absolutamente sempre, ter uma justificativa dramática. Nada pode ser feito gratuitamente, caso contrário, torna-se uma simples exibição da vaidade de um ator", disse Javier Bardem, marido da atriz espanhola Penélope Cruz.

"Com Silva, queríamos criar situações constrangedoras para as pessoas que estivessem em frente a ele. E este constrangimento devia estar presente no aspecto físico, de maneira muito explícita. Daí a ideia de criar um aspecto físico embaraçoso", de modo que o espectador que assiste questiona: "O que é está acontecendo com esse cara?", explicou o ator.

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