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O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, então herdeiro do Império Austro-Húngaro junto a sua esposa, duquesa Sophie, é considerado por historiadores como o episódio decisivo para que a Primeira Guerra Mundial tivesse seu início. A morte do nobre e figura importante da política europeia aconteceu em um atentado executado no dia 28 de junho de 1914, em Sarajevo, atual capital da Bósnia e Herzegovina, na época, província da Áustria-Hungria.

O assassinato foi planejado pelo ativista sérvio Gavrilo Princip, membro do grupo “Jovem Bósnia” (organizaçã que reunia sérvios, croatas e bósnios). O assassinato, segundo Gavrilo, serviria para causar o rompimento de provincias eslavas da Áustria-Hungria, para que posteriormente pudessem se reunir em uma Grande Sérvia, ou “Iugoslávia”.

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Na matéria de hoje, conheça filmes que você pode assistir para entender melhor esse período da história, confira:

Nada de Novo no Front - Lewis Milestone (1930)

Um grupo de estudantes alemães é convencido por um professor excessivamente nacionalista a se alistar no Exército durante a Primeira Guerra Mundial. Ao testemunharem morte e mutilações, o heroísmo dá lugar aos horrores e às tragédias da guerra.

Lawrence da Arábia - David Lean (1962)

Graças ao seu conhecimento dos beduínos, o oficial britânico T.E. Lawrence é enviado à Arábia para encontrar o príncipe Faisal e servir de ligação entre árabes e ingleses na luta contra os turcos. Com a ajuda do nativo xerife Ali, Lawrence se rebela contra as ordens de seus superiores e enfrenta uma jornada através do deserto para atacar um porto turco bem protegido.

Glória Feita de Sangue - Stanley Kubrick (1957)

Durante a Primeira Guerra Mundial, o General Comandante Broulard ordena que seu subordinado, o general Mireau, ataque a trincheira alemã, oferecendo-lhe uma promoção como incentivo. Embora a missão seja imprudente ao ponto de suicídio, Mireau manda seu próprio subordinado, o coronel Dax, planejar o ataque. Quando o plano termina em desastre, o General Mireau exige a corte marcial de três soldados, aleatoriamente escolhidos para manter as aparências.

Eles Não Envelhecerão (Documentário) - Peter Jackson (2018)

Por mais que a Primeira Guerra Mundial tenha terminado há mais de 100 anos, ainda hoje existem diversos materiais capturados por câmeras que jamais foram liberados ao público. Junto a uma equipe de pesquisadores e restauradores, o cineasta Peter Jackson reuniu vídeos e trechos extremamente impactantes e fez uma remontagem através da perspectiva cronológica dos detalhes mais sórdidos e intimistas da época.

 

O estúdio 20th Century Studios Brasil publicou ontem (6) em seu canal oficial do YouTube um novo trailer do filme “King's Man: A Origem”, que tem previsão de estreia para 22 de dezembro de 2021. Acompanhe:http://https://www.youtube.com/watch?v=F18l1ddG0yk&t=1s

A produção dirigida pelo cineasta Matthew Vaughn terá como plano de fundo a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e, como sugerido no título do filme, o enredo contará a origem do grupo de espiões que protagonizam “Kingsman: Serviço Secreto” (2014) e “Kingsman: O Círculo Dourado” (2017).

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O elenco de “King's Man: A Origem” contará com figuras como Daniel Brühl (Erik Jan Hanussen), Aaron Taylor-Johnson (Lee Unwin), Gemma Arterton (Polly), Colin Firth (Harry Hart), Ralph Fiennes (Duke of Oxford), Harris Dickinson (Conrad), Robert Aramayo (Gavrilo Princip), Rhys Ifans (Grigori Rasputin) e Djimon Hounsou (Shola).

Na história da franquia, um habilidoso jovem de rua é escolhido para participar de um treinamento que visa torná-lo um agente do serviço secreto. Durante a trama, um magnata da tecnologia planeja eliminar uma grande parcela da humanidade, em uma tentativa desesperada de acabar com o aquecimento global.  

"1917", o retrato inovador e profundamente pessoal de Sam Mendes da Primeira Guerra Mundial, entrou no radar do Oscar após surpreender no Globo de Ouro.

O filme é inspirado nas histórias do seu avô, que serviu no exército britânico.

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A história acompanha dois soldados britânicos em uma missão perigosa através de uma terra de ninguém, na qual, diante de uma morte quase certa, eles devem entregar uma mensagem vital que ordena que um ataque calamitoso planejado nas linhas alemãs seja abortado.

O filme ganhou o Globo de Ouro de melhor drama no domingo, além do de melhor diretor para Mendes, vencendo os favoritos Martin Scorsese ("O Irlandês") e Quentin Tarantino ("Era uma vez... em Hollywood").

"Foi o melhor trabalho em equipe de todos os tempos", disse George MacKay à AFP, momentos depois do anúncio do primeiro prêmio.

- Memória muscular -

Em um experimento radical de cinema, Mendes e o diretor de fotografia Roger Deakins deslizam a câmera das trincheiras para os campos de batalha cheios de crateras em uma cidade francesa devastada, no que parece ser quase uma filmagem contínua que dura duas horas.

"Eles nunca fizeram um filme em uma tomada contínua. Nenhum de nós fez isso", disse Dean-Charles Chapman, outro ator principal do filme, falando à AFP em um evento em Beverly Hills organizado pelo BAFTA, a academia do cinema britânico.

Chapman e MacKay se lembraram de como ensaiaram suas cenas durante meses, repetindo movimentos e diálogos até que se tornassem "uma memória muscular".

"Estávamos andando sobre estacas que colocamos no chão para marcar as paredes, o começo, o fim do set", lembrou Chapman.

"Pouco a pouco, o cenário se tornou uma trincheira, depois ajustamos o tamanho do cenário em torno da cena. E fizemos isso com cada cena ... levamos seis meses para fazer isso".

- Heróis desconhecidos -

A abordagem ousada foi claramente recompensada, pois a vitória no Globo de Ouro, que abre a temporada de premiações de Hollywood, aumenta as chances de "1917" para o Oscar, em 9 de fevereiro.

A produção poderá disputar as categorias de melhor filme, melhor diretor e outras técnicas, embora seus protagonistas, relativamente desconhecidos, não apareçam nas previsões de premiação.

Mendes disse que escolheu deliberadamente atores que não eram grandes estrelas do cinema para que o público não simpatizasse de cara com eles e assim não conseguisse adivinhar se sobreviveriam ou não.

"Talvez sejam mortos, eu não sei. Se fosse Leonardo DiCaprio, talvez achasse que iria sobreviver", declarou Mendes à AFP em Paris no mês passado.

Chapman é mais conhecido por interpretar o jovem rei Tommen Baratheon em "Game of Thrones", enquanto MacKay teve um papel coadjuvante na comédia de 2016 "Capitão Fantástico".

"1917" tem estrelas britânicas como Colin Firth, Benedict Cumberbatch e Andrew Scott, mas seus papéis são secundários.

- Filme pessoal -

A base da trama era uma história particular que o avô de Mendes, Alfred, contou a ele sobre seu serviço como mensageiro na Frente Ocidental.

Ele complementou a trama com outras histórias reais de guerra retiradas de cartas, diários e outras pesquisas.

"Eu acho que é mais pessoal porque vem diretamente de mim, embora sinta que nunca fiz um filme que não fosse pessoal em algum nível", disse Mendes.

O filme acabou tendo também conexões pessoais com seus atores.

Chapman disse à AFP que durante sua pesquisa sobre o papel do soldado de primeira classe Blake descobriu um fragmento do diário de seu bisavô em um livro chamado "The Western Front Diaries".

Os atores também visitaram a França e a Bélgica para conhecer os lugares da guerra, embora o filme tenha sido rodado na Grã-Bretanha.

"1917" tem estreia prevista no Brasil em 23 de janeiro, embora os prêmios conquistados possam antecipar seu lançamento.

Conheça a história por trás de alguns objetos simbólicos ou de apreço de descendentes ou testemunhas da Primeira Guerra Mundial, com os quais a AFP se reuniu por ocasião do centenário do conflito.

- A paixão em meio à guerra -

NANTES, França - Durante um ano, Maurice e Yvonne Retour escreviam todos os dias, contando um ao outro as tarefas diárias, os horrores da guerra e expressando palavras de amor e intensidade incomum. Quase um século depois, seus netos descobriram, empolgados, suas cartas cheias de ternura.

"Meu amado Maurice, voltarei a te ver?", indagou em uma de suas cartas Yvonne Retour, que viria a perder Maurice de forma brutal em 27 de setembro de 1915, quando estava grávida de sua filha.

"Nunca saberei dizer-te como estou orgulhoso de ti e como me fazes feliz, é realmente a mulher com quem eu sonhava", escreveu Maurice, que alternava os sentimentos amorosos com as descrições sombrias da guerra, e "que só podia chorar à noite".

"Te beijo com a ternura da mais apaixonada das mulheres", assegurou Yvonne, que tinha 23 anos quando a guerra começou. Depois da morte de Maurice, ela nunca mais voltou a se casar.

Criou sozinha seu filho Michel e sua filha Emmanuelle, concebida quando Maurice fora repatriado durante o verão de 1915 para tratar de um ferimento na mão. Morreu pouco depois.

Patrice Retour, um dos 12 netos do casal, explica que jamais imaginou que sua avó - falecida em 1971 - tivesse escrito cartas tão apaixonadas.

Foi só no final dos anos 1990 que ele encontrou a correspondência dentro de uma caixa.

Retour, agora avó, sempre relê impressionado essas cartas que revelam "a guerra melhor que uma reportagem ou uma aula de História".

- As telas de um arquiduque militar -

VIENA, Áustria - Ulrich Habsburgo-Lorena, descendente dos soberanos de Áustria-Hungria, conserva com zelo as reproduções dos quadros pintados por seu avô, um oficial do Exército imperial.

Seu avô paterno, o arquiduque Enrique Fernando, foi enviado em 1914 ao front russo e, mais tarde, à Itália. Pintor confirmado, deixou várias telas nas quais reproduzia cenas da época de perto de Lutsk, na atual Ucrânia.

"Pintou lavadeiras, um barco militar em um rio, um cemitério judeu, mas nenhuma cena de batalha", testemunha Habsburg-Lorraine, de 77 anos, que conheceu o homem, falecido na década de 1960.

É provável que esse artista aristocrata, apaixonado por fotografia, tenha pintado seus quadros a partir das várias fotos que tirou no front e na retaguarda.

Depois da guerra, a República Austríaca proclamou que em 1918 expulsou do trono os Habsburgos e confiscou a maior parte de suas propriedades. Enrique Fernando perdeu oficialmente o título de arquiduque e foi para a sua residência em Salzburgo.

Seu neto, Ulrich, nascido em 1941, descobriu rapidamente a importância de seu sobrenome: "Na escola primária diziam que a minha família era responsável pela Primeira Guerra" Mundial, lembra. E ele, que não gostava particularmente de História, era repreendido pelos professores: "Por conta disso, você tem que saber tudo".

- Uma casa para cinco países -

KOSON, Ucrânia - Istvan Petnehazy nunca saiu da cidade de Koson, onde nasceu, mas sua casa mudou cinco vezes de país desde a Primeira Guerra Mundial, uma ilustração das transformações territoriais e políticas geradas pelo conflito.

Este afável idoso de 86 anos se expressa em húngaro, a língua falada por seus familiares por gerações. Mas sua cidade de Koson está atualmente localizada na Ucrânia, na fronteira com a Hungria.

Quando seu pai nasceu, a comuna era parte do vasto império austro-húngaro, que se expandia da Europa central até os Bálcãs. Mas quando Istvan nasceu, em 1932, o povoado havia se tornado parte da Checoslováquia, um novo Estado nascido da divisão do império dos Habsburgo após 1918.

Os húngaros ocuparam brevemente a região de Koson, de maioria linguística húngara, entre 1938 e 1944. A União Soviética recuperou a área após 1945 e posteriormente à queda da União Soviética, em 1991, ficou como parte da Ucrânia.

Em meio a esse turbilhão histórico, Istvan Petnehazy conserva fotos amareladas nas quais veem os irmãos de sua avó, ainda adolescentes, enviados ao front com o uniforme austro-húngaro.

"A vida continuou mais mal do que bem", conforme as bandeiras mudavam, explica Petnehazy, que se dedica à colheita de uvas. "As pessoas continuavam indo e vindo nos vinhedos que atravessam a fronteira".

- Um herói e uma escola -

MOUNT VERNON, Estados Unidos - É um simples estojo de couro marrom que leva a inscrição "Sgt Alvin C. York" em letras douradas. Pertenceu a um herói americano da Primeira Guerra Mundial que, ao retornar do front, fundou uma escola rural para crianças pobres.

Em 1917, Alvin York, um camponês analfabeto de 30 anos do Tennessee, foi convocado para lutar na França. "Ele sempre viveu em uma área rural, não sabia nada do mundo exterior. Quando veio a guerra, não sabia o motivo pelo qual lutavam", disse à AFP seu neto Gerald York, um coronel reformado do Exército, em sua casa em Mount Vernon, perto de Washington.

Em outubro de 1918, já havia se tornado o herói da batalha de Meuse-Argonne, perto de Verdun, a última ofensiva aliada que derrotou o Exército alemão. Com seu grupo, sob fogo inimigo, este atirador de eleite matou 25 soldados alemães e fez mais de 100 homens de prisioneiros.

Tornou-se sargento e recebeu numerosas condecorações militares, incluindo a Medalha de Honra, a mais alta distinção americana, a Croix de Guerre e a Legião de Honra francesas. No total, acumulou cerca de 50.

Após o armistício, ficou na França alguns meses antes de ser recebido como herói em Nova York.

"Pelo que viu na França e Nova York, e porque havia sentido que a sua falta de educação era um verdadeiro obstáculo, decidiu criar uma escola e infraestruturas de qualidade em sua comunidade. Queria que todas as crianças do Tennessee tivessem uma oportunidade", conta Gerald York.

O sargento York iniciou seu projeto escolar, que começou em 1926 com uma escola de ensino fundamental em Jamestown.

Durante 10 anos e apesar da Grande Depressão, pagou os professores, os ônibus escolares e as obras para pavimentar as estradas ao redor da instituição.

O Instituto Alvin C. York, agora uma escola pública, ainda está de pé.

- Vietnã: uma foto em preto em branco -

HANÓI, Vietnã - Uma foto em preto e branco do tamanho de um selo que ficou amarelada com o tempo. É o que resta de Dang Van Con, um jovem vietnamita enviado à França no início da Primeira Guerra Mundial para lutar contra os alemães, juntamente com milhares de recrutas da Indochina.

A sua família destruiu os livros, as cartas, os uniformes e as fotos do soldado, exceto pela foto tirada durante o casamento de um primo em 1953.

No Vietnã pós-colonial posterior a 1954, liderado por Ho Chi Minh, qualquer vínculo com os colonos franceses que acabavam de ser derrotados era motivo de pena de morte.

"Tivemos que queimar todas as evidências de nosso relacionamento com os franceses", recorda um dos netos de Dang Van Con, Cao Van Dzan, que hoje tem 75 anos.

Cerca de 10.000 vietnamitas foram recrutados para lutar com os soldados franceses durante a Grande Guerra. Quase metade deles lutou no front, outros trabalhavam em fábricas ou construindo estradas e trilhos de trem.

A maioria deles era pobre e sem educação. Mas Dang Van Con, oriundo de uma família de classe média, foi uma exceção. De fato, após seu retorno da guerra, a dinastia dos Nguyen, que reinou no Vietnã entre 1802 e 1945, lhe concedeu um título honorário, que contribuiu para melhorar o status de sua família. Mas, depois de 1954, essa distinção lhe valeu o desprezo de seus vizinhos.

Dzan lamenta a destruição de memórias familiares, mas está contente que o caminho marcado por seu avô permitiu que seus descendentes estudassem e trabalhassem no exterior. "Sua viagem à França fez com que seus filhos e netos tivessem um modo de vida civilizado", assegura.

Na décima primeira hora do décimo primeiro dia do décimo primeiro mês, em 11 de novembro de 1918, às 11h, milhares de clarins anunciaram o cessar-fogo da Primeira Guerra Mundial.

No início de novembro de 1918, as tropas do imperador Guilherme II da Alemanha retrocediam em todas os fronts ocidentais.

Semanas antes, em 4 de outubro, o príncipe Maximiliano de Baden, o chanceler alemão, já havia telegrafado ao presidente americano, Thomas Woodrow Wilson, que seu país estava pronto para iniciar as negociações. Os Aliados exigiram uma rendição e a partida do Kaiser Guilherme II.

Contra a opinião do presidente francês Raymond Poincaré e do general Philippe Pétain, o marechal Foch, comandante-em-chefe das forças aliadas, e o chefe de governo, Georges Clemenceau, decidiram cessar os combates e não levar a guerra para a Alemanha.

Em 5 de novembro, dois dias após a capitulação do Império Austro-Húngaro, tudo se acelerou.

A ordem foi dada para que os plenipotenciários alemães, liderados pelo ministro de Estado Mathias Erzberger e o diplomata Alfred von Oberndorff, ultrapassassem as linhas aliadas.

Em 7 de novembro, por volta das 20h30, perto da cidade francesa de La Capelle (norte), o primeiro cessar-fogo foi anunciado em setembro de 1914 para permitir a passagem do comboio da delegação alemã.

A delegação foi acompanhada até a estação Tergnier, a cerca de 70 quilômetros de distância, onde pegou um trem para uma clareira em uma floresta perto de Compiègne, a mais 60 km de distância.

- Abdicação do kaiser -

O trem de Foch esperava a delegação alemã naquele lugar. No dia 8 de novembro, às 9h, o marechal recebe os alemães em seu vagão, um vagão-restaurante modificado. "Vocês querem o armistício?", perguntou.

O general Maxime Weygand leu o texto com as condições decididas pelos Aliados, em 4 de novembro em Versalhes.

Os alemães pediram para enviar um mensagem para Spa, na Bélgica, a sede do marechal Paul von Hindenburg, comandante-em-chefe do exército alemão. Ela chegou lá em 9 de novembro. O kaiser acabara de abdicar e a República Alemã foi proclamada. A autorização para assinar o armistício chegou à delegação alemã em 10 de novembro, à noite.

Na madrugada do dia 11, os enviados alemães estudaram cada um dos 34 artigos da convenção de armistício lida e traduzida. Às 5H20, na segunda-feira, 11 de novembro, ambas as partes assinaram o documento e o armistício entrou em vigor às 11H00.

Às 10h55, o soldado Augustin Trébuchon, do 415º Regimento de Infantaria, morreu às margens do rio Meuse. Foi provavelmente o último falecido francês na frente ocidental. Às 11 horas, quase no mesmo lugar, o soldado Octave Delaluque, corneta do mesmo regimento, tocou as 13 notas do cessar-fogo.

Do Mar do Norte a Verdun, os clarins aliados e alemães transmitiram o tão esperado sinal. Pouco a pouco, os soldados, ainda atordoados, deixaram as trincheiras.

- Cenas de alvoroço -

Em Paris, centenas de pessoas aplaudiram Georges Clemenceau no bulevar Saint-Germain enquanto caminhava até a Assembleia Nacional para receber uma homenagem dos deputados.

Às 16H00, o chefe do governo leu as condições do armistício na Câmara mergulhada em absoluto silêncio. O acordo estipulava que os alemães tinham que entregar a maior parte do seu armamento e evacuar a margem esquerda do Reno dentro de 30 dias.

Em todos os municípios franceses onde os combates não destruíram os sinos, eles soaram para celebrar uma amarga vitória para as centenas de milhares de viúvas e órfãos.

Em Saint-Nazaire, Brest, Le Havre, os soldados americanos recém-desembarcados desfilaram sob a sua bandeira esperando para voltar para casa, como dois milhões de seus compatriotas que tinham lutado durante meses contra os alemães.

Nas capitais aliadas, os civis invadiram as ruas com alegria. Piccadilly Circus em Londres, a Quinta Avenida em Nova York, a Piazza Venezia em Roma, se encheram de pessoas.

Na Alemanha, cujo território não foi invadido durante todo o conflito, o alívio foi acompanhado por muitos por um sentimento de humilhação.

O exército alemão lutou firmemente até os últimos dias nos territórios belga e francês, mas na retarguada, o motim dos marinheiros de Kiel, iniciado em 3 de novembro, se espalhou para grandes cidades, onde a revolta espartaquista foi reprimida a sangue e fogo.

Os generais Erich Ludendorff e Paul von Hindenburg atribuíram a derrota militar a uma traição de políticos e "burgueses cosmopolitas". Os partidos ultranacionalistas, incluindo o partido nazista, retomaram essa expressão anos depois.

Do tratado de Brest-Litovsk, firmado antes do final da guerra entre os bolcheviques e os impérios centrais, até o de Lausanne, fechado em julho de 1923 com a Turquia, as potências beligerantes firmaram 16 acordos de paz. Estes são os principais:

- Brest-Litovsk -

A jovem República bolchevique, nascida da Revolução de Outubro de 1917 na Rússia, assinou o tratado de Brest-Litovsk com os Impérios Centrais em 3 de março de 1918. Isto pôs fim nos combates na frente oriental. Porém, a Rússia perdeu grande parte de seus territórios ocidentais para Alemanha, incluindo a Polônia, os países bálticos e a Finlândia, e mais de 30% de sua população.

- Versalhes -

O acordo assinado em 28 de junho de 1919 no Palácio de Versalhes pôs fim à guerra entre a Alemanha e os Aliados.

A Alemanha, sem voz nem voto no acordo, foi apontada como a única responsável pelo conflito. Dividida em dois pelo corredor polonês, que isolou a Prússia Oriental do resto do país, perdeu 15% de seu território e 10% de sua população.

O país também teve que ceder todas as suas colônias e foi forçado a pagar enormes reparações de guerra, especialmente para a França. A região do Sarre ficou sob controle da Liga das Nações, órgão criado por iniciativa do então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, para que as potências resolvessem seus problemas por mútuo acordo.

A Alemanha, humilhada, rejeitou o "diktat" (ditado) de Versalhes, que alimentou um grande ressentimento entre a população e foi aproveitada pela propaganda nazista.

- Saint-Germain-en-Laye -

O Tratado de Saint-Germain-en-Laye, firmado em 10 de setembro de 1919 entre os Aliados e a Áustria, dissolveu o Império dos Habsburgo, que existia há sete séculos, transformando-o em meia dúzia de Estados novos ou parcialmente novos, de acordo com o princípio estabelecido pelo Presidente Wilson do direito de autodeterminação dos povos.

Esta divisão originou inúmeras tensões posteriores. A Tchecoslováquia reuniu tchecos e eslovacos, e também minorias importantes como a alemã na Boêmia, ou a húngara na Eslováquia. A Romênia se expandiu com a Transilvânia e a Bessarábia. A Iugoslávia reuniu os eslavos do sul. A Polônia recebeu a antiga Galícia austríaca e territórios que pertenciam à Alemanha, como Posnânia ou Alta Silésia.

Os únicos que restaram do extinto Império foram uma pequena Áustria (83.000 km2 e 6,5 milhões de habitantes, somente alemã), e uma pequena Hungria (92.000 km2 e 8 milhões de habitantes).

- Neuilly -

O Tratado de Neuilly, assinado em 27 de novembro de 1919 entre os Aliados e a Bulgária, transformou as fronteiras do país, que entrou na guerra em 1915 em apoio à Alemanha. Regiões inteiras no oeste passam para o novo Estado iugoslavo; as do nordeste, para a Romênia; e as do sul, para a Grécia, que recebeu a maior parte da Trácia.

- Trianon -

O Tratado de Trianon, de 4 de junho de 1920, tomou da Hungria, separada da Áustria desde 31 de outubro de 1918, dois terços de seu território. Três milhões de húngaros foram para terras estrangeiras, a maioria deles para Romênia.

- Sèvres e Lausanne -

O Tratado de Sèvres (10 de agosto de 1920), que dissolveu o Império Otomano, foi rejeitado pelos nacionalistas turcos liderados pelo general Mustapha Kemal Atatürk, que continuou a luta contra os armênios, gregos e franceses. Com suas vitórias militares, o novo homem forte da Turquia impôs um novo tratado aos Aliados, que foi assinado em Lausanne em 24 de julho de 1923.

A Turquia, transformada em República, manteve a Anatólia e os Estreitos, mas perdeu todas as suas posses árabes. Palestina e Mesopotâmia ficaram sob o mandato britânico, e Síria e Líbano, sob controle francês. O fim do Império Otomano desencadeou um enorme movimento de populações: cerca de 1,3 milhões de gregos tiveram que deixar a Anatólia e cerca de 500.000 turcos deixaram a Grécia.

Na falta de fontes confiáveis, os dados da Primeira Guerra Mundial são baseados em aproximações e variam de acordo com os historiadores.

A AFP cita os dados mais consensuais ou margens de variações quando as diferenças são pronunciadas.

- Mais de 70 países beligerantes -

Esse número é um pouco anacrônico porque a maioria dos países ainda não eram independentes e faziam parte dos seis impérios ou potências coloniais (Reino Unido, França, Rússia, Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano).

Na verdade, somente uma dezena de países independentes entraram em guerra no verão de 1914 e os outros se vão unindo progressivamente, como a Itália em 1915 e os Estados Unidos em 1917. Todos somavam 600 milhões de habitantes, ou seja, metade da população mundial da época.

Somente cerca de vinte países conseguem permanecer neutrais durante toda a contenda bélica, essencialmente na América Latina e no norte da Europa.

- 70 milhões de soldados -

Cerca de 20 milhões de homens foram mobilizados no começo da guerra em 1914. Esse número aumentará paulatinamente até os 70 milhões.

Mais de oito milhões de efetivos na França, 13 milhões na Alemanha, 9 milhões na Áustria-Hungria, outros muitos no Reino Unido e no Império britânico, 18 milhões na Rússia, 6 milhões na Itália e 4 milhões nos Estados Unidos. Dois milhões de soldados foram recrutados no Império Britânico (sobretudo na Índia) e nas colônias francesas da África e do norte da África (600.000 homens).

- 10 milhões de combatentes mortos -

Nas fileiras militares, a guerra deixou 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.

- França: 1,4 milhão de mortos e 4,2 milhões de feridos.

- Alemanha: 2 milhões de mortos e 4,2 milhões de feridos.

- Áustria-Hungria: 1,4 milhões de mortos e 3,6 milhões de feridos.

- Rússia: 2 milhões de mortos e 5 milhões de feridos.

- Reino Unido e seu império: 960.000 mortos e 2 milhões de feridos.

- Itália: 600.000 mortos e um milhão de feridos.

- Império Otomano: 800.000 mortos.

Proporcionalmente, o pequeno exército sérvio sofreu o maior número de baixas: 130.000 mortos e 135.000 feridos, o que representa três quartos de seus efetivos.

As batalhas emblemáticas de Verdun e Somme, em 1916, causaram respectivamente 770.000 e 1.200.000 vítimas (mortos, feridos e desaparecidos) de ambos lados. O período mais violento foi o começo da guerra: 27.000 soldados franceses morreram 22 de agosto de 1914, o dia com mais baixas de toda a história das forças armadas francesas.

Dos mortos e feridos, 70% foram vítimas de disparos de artilharia e entre 5 e 6 milhões ficaram mutilados. Os gases de combate, usados pela primeira vez em 1915, deixaram 20.000 mortos e uma grande marca na memória das pessoas.

- Milhões de civis mortos -

A chamada guerra de movimento (operações de deslocamento rápidos de tropas em 1914), os êxodos, a fome, a guerra civil na Rússia e os conflitos regionais do pós-guerra podem ter causado entre 5 e 10 milhões de mortos entre a população, segundo as estimativas de vários historiadores. Um número que inclui os entre 1,2 e 1,5 milhão de armênios no Império Otomano.

Ao final da guerra, uma pandemia mundial de gripe, a chamada gripe espanhola, deixou dezenas de milhões de vítimas na Europa.

- Outros números -

6 milhões de prisioneiros.

20 milhões de civis sob um regime de ocupação em 1915. Esta ocupação - alemã, austro-húngara ou búlgara - afeta essencialmente Bélgica, França, Polônia e Sérvia.

10 milhões de refugiados em toda Europa.

3 milhões de viúvas e 6 milhões de órfãos.

1,3 bilhão de obuses disparados.

10 bilhões de cartas e pacotes entre os combatentes do front oeste e suas famílias.

A guerra custou 180 bilhões de dólares aos principais beligerantes, ou seja entre 3 e 4 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) dos países europeus, que acabaram arruinados.

Estes são os dez momentos decisivos da Primeira Guerra Mundial desde o atentado de Sarajevo, em 28 de junho de 1914, ao armistício de 11 de novembro de 1918.

O conflito deixou 10 milhões de mortos, redesenhou o mapa da Europa, derrubou três impérios, contribuiu para a revolução soviética e deu origem à Segunda Guerra Mundial.

- O atentado de Sarajevo -

Em 28 de junho de 1914, o príncipe herdeiro do império austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando, e sua esposa Sofia estavam en Sarajevo, capital da Bósnia, uma antiga província do império otomano anexada em 1908 pela Áustria-Hungria, cujo principal adversário nos Bálcãs era a Sérvia, apoiada pela Rússia.

O estudante nacionalista sérvio-bósnio Gavrilo Princip atirou e matou o arquiduque e sua esposa e a Áustria responsabilizou a Sérvia pelo crime. Isto deflagrou uma série de acontecimentos que levou à Guerra, um mês depois.

- A declaração de guerra -

No dia 28 de julho, a Áustria declarou guerra à Sérvia e bombardeou Belgrado após ter dado um ultimato em 23 de julho. Em 30 do mesmo mês, a Rússia decretou uma mobilização geral para intimidar a Áustria. Em 1º de agosto, a Alemanha - aliada da Áustria - e a França - em apoio à Rússia - colocaram suas tropas de prontidão. No mesmo dia Berlim declarou guerra aos russos.

Em 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à França e as tropas alemãs invadiram a Bélgica. No dia seguinte, o Reino Unido, aliado de França e Rússia, entrou em guerra com os alemães por violação da neutralidade belga.

- A Batalha do Marne -

No início de setembro de 1914, após um mês da ofensiva relâmpago na Bélgica e no nordeste da França, as tropas alemãs chegaram a algumas dezenas de quilômetros de Paris, e o governo francês se mudou para Bordeaux.

Em 6 de setembro, as forças francesas, lideradas pelo general Joffre, e as tropas britânicas contra-atacaram, no que ficou conhecido como a Batalha do Marne.

Como a rede ferroviária estava desorganizada, o general Joseph Gallieni, governador militar de Paris, requisitou cerca de 700 taxis de Paris para transportar entre 5.000 e 6.000 combatentes para o front, na primeira operação de transporte de tropas motorizada da História.

A batalha principal ocorreu entre 6 e 9 de setembro, e as forças alemãs recuaram. As baixas no Marne foram tremendas: quase 100 mil mortos ou desaparecidos de cada lado, e o dobro de feridos.

Em 17 de novembro, o front oeste de estabilizou do Mar do Norte à Suíça, e a guerra que os dois lados pretendiam breve se estancou.

- Dardanelos -

Em 25 de abril de 1915, forças britânicas e francesas desembarcaram em Galípoli, no estreito de turco de Dardanelos, visando abrir o acesso a Constantinopla (hoje Istambul) e ao Mar Negro, fechado pela Turquia, aliada à Alemanha e ao império austro-húngaro.

A operação, defendida por Winston Churchill, à frente da Marinha Real britânica, tinha por objetivo atingir Alemanha e Áustria pela retaguarda e estabelecer uma ligação com a Rússia.

O ataque foi um fracasso total: 180 mil mortos entre os aliados, que acabaram se retirando em janeiro de 1916.

Autralianos e neozelandeses comemoram a Batalha de Galípoli porque lutaram nela pela primeira vez sob sua bandeira nacional.

- Verdun -

Em 25 de fevereiro de 1916, os alemães - que queriam desorganizar por completo o exército francês e obrigar Paris a um armistício - lançaram uma grande ofensiva ao norte de Verdun.

A partir de junho, o avanço alemão foi detido. Em outubro e dezembro os franceses reconquistaram os emblemáticos fortes de Douaumont e a maior parte do terreno perdido no início da batalha.

Em dezembro de 1916, quando a batalha acabou, as linhas eram praticamente as mesmas, apesar das pesadíssimas baixas em ambos os lados, com centenas de milhares de mortos.

- A Batalha do Somme -

A batalha do Somme é considerada a mais sangrenta da Primeira Guerra, com 1,2 milhão de mortos, feridos ou desaparecidos. Os alemães e os Aliados (a maioria britânicos) se enfrentaram no norte da França entre julho e novembro de 1916.

A ofensiva foi lançada pelos Aliados em 1º de julho, o dia mais sangrento da história britânica, com 20 mil mortos ou desaparecidos - a maioria durante a primeira hora - e 40 mil feridos.

Após cinco meses de combates, os progressos sobre o terreno eram ínfimos.

- Estados Unidos na guerra -

Em janeiro de 1917, para romper o bloqueio marítimo britânico que a asfixiava, a Alemanha deflagrou uma guerra submarina sem precedentes, atacando qualquer navio em direção à Grã-Bretanha, incluindo mercantes neutros, com a esperança de acelerar o final da guerra.

A estratégia acabou levando os Estados Unidos para a Guerra, em 6 de abril, após o naufrágio de vários navios mercantes americanos.

No dia 26 de junho, o primeiro comboio com tropas americanas chegou à França. O corpo expedicionário dos EUA chegou a 1 milhão de homens no verão de 1918 e a 2 milhões no final da guerra.

Quase 117.000 soldados americanos morreram durante a guerra.

- Caminho das Damas -

Em 16 de abril de 1917, o Exército francês - comandado pelo general Robert Nivelle - lançou uma ofensiva com um milhão de homens no Caminho das Damas, uma pequena estrada usada no passado pelas Damas da França (as filhas do rei Luis XV).

A ofensiva encontrou uma forte resistência alemã e até o início de maio os franceses avançaram apenas algumas centenas de metros; ao custo de 100.000 mortos em poucas semanas.

No dia 15 de maio, o general Philippe Pétain substituiu Nivelle e decidiu deter as grandes ofensivas para controlar as revoltas entre as tropas.

Entre 30.000 e 40.000 homens se envolveram nas revoltas, em geral na retaguarda, entre tropas que vinham e iam para arriscar a vida por progressos quase nulos. No total, 554 rebelados foram condenados à morte e 49 acabaram executados.

- A Revolução Russa -

Entre 1914 e 1917, a Rússia perdeu em combate mais de dois milhões de soldados e oficiais, devido principalmente à falta de armamentos.

Em março de 1917, uma primeira revolução provocou a abdicação do czar Nicolau II e a formação de um governo provisório, que na prática não controlava quase nada, enquanto crescia a reação contra a guerra entre a população russa.

Em novembro, os bolcheviques tomaram o poder e sua primeira decisão foi propor aos países em guerra contra a Rússia um armistício.

Lenin obteve um armistício com os alemães no dia 15 de dezembro, em Brest-Litovsk, e em 3 de março de 1918 firmou um tratado que entregou grande parte de seus territórios ocidentais à Alemanha (Polônia, Países Bálticos e Finlândia).

A Alemanha transferiu parte de suas forças para o front ocidental.

- Rethondes -

Após ter sofrido durante a primavera quatro grandes ofensivas dos alemães, que conseguiram romper o front, os aliados - reforçados pelos primeiros contingentes americanos - lançaram uma contra-ofensiva no verão, empregando pela primeira vez tanques de guerra em grande escala.

Preparada pelo general Ferdinand Foch, comandante das forças aliadas, a operação mudou definitivamente o curso da guerra e provocou um recuo alemão em toda a linha de frente.

Um atrás do outro, os aliados da Alemanha foram desistindo: Bulgária firmou um armistício em 29 de setembro; Áustria foi derrotada pelos italianos em Vittorio Veneto (24-27 de outubro); e Turquia foi obrigada ao armistício de Mudros em 30 de outubro.

Na Alemanha, um movimento revolucionário provocou a abdicação do imperador Guilherme II em 9 de novembro e foi proclamada a República.

Em 11 de novembro, às 5h20 da manhã em Rethondes (norte de Paris), em um vagão do general Foch, a delegação alemã firmou o armistício.

Os alemães aceitaram entregar as armas, libertar os prisioneiros aliados e se retirar em 15 dias dos territórios ocupados no oeste, assim como da Alsácia-Lorena.

Às 11h00 entrou em vigor o cessar-fogo e a Primeira Guerra Mundial havia acabado.

Uma revelação de impressionar o público infantil - e até os adultos - foi divulgada pela escritora Lindsay Mattick, em seu livro “Finding Winnie”. É que o Ursinho Pooh, na verdade, é uma ursinha. Isso mesmo. Como afirmou a autora ao site Huffington Post, o personagem foi batizado como Winnie the Pooh, em homenagem a uma ursa preta chamada Winnie, de um zoológico da cidade de Londres, na Inglaterra. 

Em seu livro, a escritora conta toda a história que envolve Pooh. A autora é neta do tenente Harry Colebourn, que comprou Winnie, ainda como filhote, nos tempos da Primeira Guerra Mundial. O regimento dele adotou a ursa como mascote, mas a deixou para trás quando precisou partir das terras britânicas para a França. 

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E tem mais. O nome da ursa foi uma referência à cidade canadense de Winnipeg. No zoológico londrino, Winnie era sempre visitada por um rapaz chamado Christopher Robin, que passou a utilizar o nome do animal em seu próprio urso de brinquedo. E a chave do mistério: o pai do garoto era Alan Alexander, autor das histórias de Winnier the Pooh. Eis o motivo da 'confusão'.

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