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O bombardeio em massa na madrugada desta terça-feira (12) causou "danos graves" à Cidade Velha da capital iemenita, Sanaa, Patrimônio Mundial, lamentou a Unesco, que convocou as partes a "proteger o patrimônio cultural único" daquele país.

"Nos últimos dias, a Unesco recebeu informações sobre danos significativos causados em sítios culturais no Iêmen", escreveu a agência da ONU, com sede em Paris, em um comunicado.

De acordo com as informações recolhidas pela Unesco, a cidade velha de Sanaa, cujas casas de adobe, mesquitas e banhos turcos foram construídos antes do século XI, "foi fortemente bombardeada durante a noite de 11 de maio de 2015, causando sérios danos a muitos edifícios históricos".

A histórica cidade de Saada, reduto dos rebeldes huthis no norte e o sítio arqueológico da cidade murada pré-islâmica de Baraqish (noroeste), "também foi danificada", lamenta a Unesco.

"Condeno essas destruições e apelo a todas as partes envolvidas a manter a herança cultural distante do conflito", declarou a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, para quem este patrimônio é "um testemunho excepcional das conquistas da civilização islâmica".

Situada em um vale de montanha a 2.200 metros, Sanaa foi durantes os séculos VII e VIII um importante centro para a propagação do Islã, contando com 103 mesquitas, 14 banhos turcos e cerca de 6.000 casas, casas-torre e outras em adobe, construídas antes do século XI.

Um avião militar do Iêmen caiu na manhã desta quarta-feira durante uma missão de treinamento sobre a capital Sanaa, matando as dez pessoas que estavam a bordo, disseram oficiais da Força Aérea iemenita. O avião, um modelo russo Antonov, despencou e atingiu um mercado vazio no bairro de Al-Hassaba, bem no centro da capital do Iêmen. Várias lojas foram destruídas mas o mercado estava vazio no momento do desastre e ninguém ficou ferido em solo. O mercado foi parcialmente abandonado no ano passado durante confrontos entre beduínos e soldados do governo.

Os oficiais disseram que o piloto percebeu que o avião estava com problemas e avisou o controlador de tráfego aéreo que tentaria um pouso de emergência após um dos motores parar e pegar fogo. Entre as vítimas estão o piloto, o co-piloto e a tripulação. Segundo os oficiais, não existem indícios de sabotagem.

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As informações são da Associated Press.

Confrontos entre tropas leais ao presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, e opositores do governo deixaram pelo menos 18 mortos e 30 feridos na capital Sanaa e na cidade de Taiz, nesta segunda-feira, segundo funcionários da área médica e do setor de segurança, que falaram em condição de anonimato.

Eles disseram que oito seguidores de um poderoso líder tribal, que passou para a oposição em março, foram mortos durante confrontos durante a madrugada com soldados de Saleh, na parte norte da capital.

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Quatro civis pegos pelo fogo cruzado e dois soldados ligados ao governo de Saleh também morreram nos combates, nos quais foram usados morteiros, foguetes e metralhadoras pesadas. O som de explosões foi ouvido durante a maior parte da noite, até cessar com o nascer do sol.

Três pessoas também foram mortas quando morteiros atingiram um acampamento de manifestantes no centro de Sanaa, conhecido como Praça da Mudança, o local de nascimento e epicentro da campanha popular de oito meses que tem como objetivo derrubar Saleh, que governa o país há 33 anos.

Um homem também foi morto na cidade de Taiz, quando homens ligados ao governo dispararam contra manifestantes nesta segunda-feira. Não há informações precisas sobre quantas pessoas foram mortas e quantas ficaram feridas nos confrontos.

O major general Ali Mohsen al-Ahmar, comandante da 1ª Divisão Blindada que era aliado de Saleh mas agora integra a oposição, disse em comunicado que 91 de seus homens foram mortos e 2.300 ficaram feridos em combates entre suas tropas e forças ligadas ao presidente desde que Saleh voltou da Arábia Saudita, em 23 de setembro.

O presidente permaneceu em território saudita durante quatro meses para tratar dos graves ferimentos e queimaduras sofridos durante um ataque a sua residência em Sanaa, no mês de junho. As informações são da Associated Press.

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