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Um espetáculo natural que havia se tornado raro voltou de ser visto no litoral do Recife e chamou a atenção de moradores do Cais de Santa Rita, área central da Cidade. Nesta semana, uma mancha escura se movimentava rápido nas águas da Bacia do Pina, mas não se tratava nem de óleo nem de poluição. A mancha escura registrada pela população era um grande cardume de sardinhas, pequeno peixe nativo do litoral brasileiro. Um grupo tão grande dessa espécie não era avistado há pelo menos nove anos na região.

No vídeo, um cardume gigante de sardinhas se movimenta e cria diferentes formas na superfície da água, fazendo um balé aquático na Bacia do Pina. Um espetáculo que encantou a população. O titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE), José Bertotti, explica que esse é um fenômeno que vem se repetindo no mundo inteiro. Animais – antes assustados com a ocupação humana – agora estão se aproximando das áreas urbanas e também da costa.

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“Ficamos felizes em ver esse registro, pois mostra a natureza se recuperando. O aparecimento desse cardume deve estar ligado à diminuição da presença do homem e de barcos, devido ao momento distanciamento social causado pela pandemia do coronavírus. Mas, essa imagem também nos mostra que precisamos seguir na busca de um desenvolvimento econômico em bases sustentáveis, que garanta o futuro das pessoas e a preservação do meio ambiente, elementos indissociáveis”, defendeu Bertotti.

As sardinhas nadaram bem perto do calçadão por horas e a movimentação delas faziam desenho nas águas. Um balé acompanhado e registrado pelos moradores. “A dança das sardinhas revela que elas estão fugindo de predadores naturais, provavelmente peixes como o camurupim e o camurim, que existem na área”, esclarece o biólogo e professor da Universidade de Pernambuco (UPE), Clemente Coelho. Um exemplo do que pode acontecer, caso o meio ambiente seja utilizado de maneira sustentável. Poucos barcos passando, uma pesca com menos intensidade e a natureza se renovando.

Da Agência Eco Nordeste

O movimento das "sardinhas", que desafia o político de extrema-direita Matteo Salvini, reuniu neste sábado dezenas de milhares de pessoas na Praça de San Giovanni, em Roma, numa manifestação contra os conservadores e suas ideias fascistas.

Os organizadores do protesto estimaram que cerca de 100 mil pessoas compareceram ao ato, enquanto a polícia da capital italiana indicou que foram 35 mil participantes.

O movimento espontâneo, que não deseja vínculos com qualquer partido, foi criado por quatro jovens desconhecidos, indignados com a linha política de Salvini de ódio e exclusão.

Neste sábado, com o objetivo de agitar as consciências da Itália, a multidão cantou com grande entusiasmo a famosa canção de resistência "Bella Ciao" e o hino nacional, enquanto ouvia a leitura de partes da Constituição.

"Me parece uma excelente iniciativa, fala de valores que compartilho, antifascismo, antirracismo, respeito à Constituição e às minorias", disse à AFP uma manifestante.

"É um movimento que dialoga com todos, não só com a esquerda", afirma Lamberto Damiani, de 60 anos.

O movimento conseguiu reunir em tempo recorde, em meados de novembro, 15 mil pessoas na praça central de Bolonha, no mesmo horário em que o líder da extrema-direita reunia em um estádio desta cidade cinco mil militantes.

Um verdadeiro fenômeno que, com o nome de um peixe pequeno que se movimenta em grupos apertados, sardinha, e sem bandeiras, se espalhou por todo o país e encara sem medo um dos tubarões da política italiana.

Desde então foram organizadas manifestações em cidades como Milão, Turim e Florença, Rimini, Parma, Perugia, Sorrento, Nápoles, Palermo e Bari.

O movimento cresceu e já foi adotado em outros países, como a Espanha, onde cerca 300 pessoas se reuniram neste sábado na Porta do Sol de Madrid em solidariedade aos manifestantes da Itália.

Entre os participantes deste encontro, havia muitos italianos que exibiam cartazes com desenhos de sardinhas e outros onde era possível ler "Em Madri, outra Itália".

Para Angelo Pirola, de 43 anos, funcionário de uma ONG em Madri, o protesto "tem que ir além da Itália e mirar (Donald) Trump (presidente dos EUA), (Jair) Bolsonaro (presidente do Brasil), e também o Vox (partido espanhol de extrema- direita)", declarou.

"Somos antifascistas, estamos a favor da igualdade e, portanto, contra a intolerância, a favor da diversidade de gênero e, portanto, contra a homofobia", afirmou à AFP Mattia Santori, um pesquisador universitário, com quatro empregos, de 32 anos e um dos fundadores do movimento.

Os manifestantes apresentaram também suas exigências, especialmente que "os ministros comuniquem unicamente através dos meios institucionais", uma clara alusão às frequentes transmissões ao vivo de Matteo Salvini no Facebook.

O movimento pede também que "a violência verbal seja considerada violência física "pelos legisladores", acrescentou Santori.

O movimento atrai todos os partidos, exceto, é claro, a extrema-direita.

"Faremos todo o possível para implementar suas propostas", escreveu numa rede social Nicola Zingaretti, secretária do Partido Democrata (centro-esquerda) no poder com o Movimento 5 Estrelas (antissistema), do qual faz parte Virgina Raggi, prefeita de Roma, que agradeceu às sardinhas "a energia trazida para a cidade".

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