Os ecologistas austríacos aprovaram em plebiscito neste sábado, em Salzburgo, o projeto de coalizão com o conservador Sebastian Kurz, levantando o último obstáculo à posse, na terça-feira, de um governo inédito que, segundo eles, deveria “servir de modelo” na Europa.
Reunidos em congresso extraordinário, 275 delegados dos Verdes (Die Grünen) votaram em um ambiente eufórico, com 93,18% a favor do acordo assinado em 2 de janeiro por sua direção com o partido conservador OVP de Kurz, que lhes abre pela primeira vez a porta dos ministérios.
##RECOMENDA##“A Europa olha para nós, e o que fazemos é importante em escala continental”, declarou seu líder Werner Kogler, que estava satisfeito em poder “enterrar a energia fóssil” e alcançar “a neutralidade do carbono”.
Estas medidas, que conseguiram obter de Kurz e foram saudadas por ONGs de defesa do meio ambiente, “justificam”, segundo os Verdes, as concessões feitas a conservadores em outros campos, como a questão da migração.
Antes de buscar uma coalizão com os social-democratas (SPOE), que alcançaram o segundo lugar nas eleições, Kurz preferiu negociar com os ambientalistas.
Kurz havia formado uma coalizão com o Partido da Liberdade (FPO), de extrema direita (FPO), em dezembro de 2017. Dezoito meses depois, sua aliança eclodiu em um escândalo de corrupção que atingiu o vice-chanceler nacionalista Heinz-Christian Strache.
As legislativas antecipas convocadas em setembro foram amplamente vencidas pelo OVP (37,5%). O FPO, que sofreu um declínio em seus resultados, vai para a oposição.