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A seleção brasileira feminina de basquete já está em Belgrado, da Sérvia, na sequência da preparação para o Pré-Olímpico na cidade francesa de Bourges, que começa no dia 6 de fevereiro. Brasil, França, Austrália e Porto Rico vão brigar por três vagas nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Após pouco mais de 15 horas de viagem de Paris para Belgrado, o grupo comandado pelo técnico José Neto já fez um treino na Vizura Academy, complexo com quadras, restaurante e academia, que servirá de casa para o Brasil.

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"Esse primeiro treino é muito importante para que as atletas possam se adaptar ao fuso horário, trabalhar o jet lag. Foi um treino curto, mas intenso, e pudemos trabalhar para ajudar todas elas no processo de adaptação também ao clima", explicou o preparador físico da seleção, Diego Falcão. "É um momento importante, temos o amistoso diante da Sérvia e depois o Pré-Olímpico, que é o nosso grande objetivo."

Apesar de admitir o cansaço da viagem, Tati Pacheco ressaltou a importância de treinar pouco tempos depois de desembarcar na Sérvia. "Foi uma viagem longa, cansativa, mas é importante estar na quadra trabalhando, nos adaptando ao fuso, são quatro horas a mais do que no Brasil e também ao clima, que é muito diferente do que estávamos treinando no Rio", afirmou.

Na segunda-feira, dia 3 de fevereiro, o Brasil faz o último teste antes do Pré-Olímpico. A seleção brasileira enfrenta a Sérvia, às 14h, em amistoso fechado, na própria Vizura Academy. Já no dia 4, o grupo já viaja para Bourges para o Pré-Olímpico. A estreia será no dia 6 de fevereiro, diante de Porto Rico, às 14h. Depois, o Brasil enfrenta França e Austrália nos dias 8 e 9, respectivamente.

Érika, Damiris e Clarissa vão se apresentar ao técnico José Neto ainda em Belgrado. Clarissa será examinada pelo departamento médico da seleção e ainda pode ser cortada do Pré-Olímpico. Por isso, o treinador levou uma atleta a mais para a Europa.

Se pela manhã os seis clubes que participam da Liga de Basquete Feminino (LBF) apresentaram suas reivindicações em uma entrevista coletiva em São Paulo, na tarde desta quinta-feira foi a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) que promoveu uma reunião, no Rio, para apresentar um suposto planejamento para a seleção brasileira feminina visando os Jogos Olímpicos de 2016.

No site oficial da CBB, a entidade não apresenta novidades, relatando apenas que a seleção joga o evento-testes da Olimpíada entre 15 e 17 de janeiro, no Rio. O fato novo é que o time fará dois amistosos, dias 12 e 13, contra Argentina e Austrália, rivais no torneio. Como o time supostamente se apresenta em 6 de janeiro, serão só sete dias de treinos.

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O evento-teste, entretanto, não se encaixa como "data Fiba" e os clubes, supostamente, não têm a obrigação de ceder atletas. O "colegiado de clubes" promete não liberar as jogadoras se a CBB não inserir os técnicos dos seis times da LBF no "departamento técnico da CBB" e se os dirigentes destas seis equipes não forem autorizados a acompanhar a alocação dos recursos para o time feminino.

"É uma lástima que os clubes não tenham comparecido para conversarmos e nos defendermos do que vem sendo veiculado sobre a nossa falta de planejamento e desconhecimento do basquete feminino. Nosso planejamento para a Olimpíada está latente e muito bem planejado. Um dos motivos deste encontro hoje (quinta) era para discutirmos o planejamento que já estava pronto", reclamou o presidente da CBB, Carlos Nunes.

Mas não foram só os clubes que recusaram o convite para a reunião. Dos presidentes da três federações que têm times na LBF, só o de Pernambuco esteve presente. O Ministério do Esporte e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) também não enviaram representantes, assim como a Liga Nacional de Basquete (LNB, que organiza o NBB) e a própria LBF. O único dirigente presente era do Rio, que não tem times profissionais femininos.

Em reportagem publicada no site da CBB, a entidade cita várias declarações de dirigentes atacando os clubes. "Mais uma vez, ficou comprovado que essa situação só tem formato, não tem conteúdo. E como não há conteúdo a ser debatido pelas pessoas que levantaram essas questões, faz sentido a ausência delas", atacou Édio Soares, diretor-executivo da CBB.

"Quando assumi o departamento técnico em 2013, fizemos uma avaliação e entendemos que os problemas não eram com os treinadores. Então, chegamos ao nome do (Luiz Augusto) Zanon, que havia conquistado seis títulos nas últimas seis competições que havia participado. Convidamos o Zanon por mérito. É uma falta de caráter de outros treinadores ficar falando mal dele pela imprensa, buscando o lugar dele", reclamou Vanderlei Mazzuchini, diretor técnico. "O Zanon tem toda a nossa confiança", garantiu.

O único mea-culpa feito pela CBB, em declaração de Vanderlei, é que o planejamento de 2014 era que a seleção disputasse dois torneios internacionais, "mas pela falta de verba a CBB não conseguiu dar isso para a comissão técnica". A ida aos torneios estava coberta por convênio firmado com o Ministério do Esporte.

A seleção brasileira feminina de basquete sofreu um desfalque para o Mundial da Turquia. Nesta segunda-feira foi anunciado o corte da ala-pivô Sassá, do Santo André, que sofreu um entorse no joelho esquerdo e não vai se recuperar a tempo de defender o Brasil na competição. De acordo com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB), ela foi dispensada e vai se tratar na equipe.

Agora Zanon trabalha com um grupo de 13 atletas e precisa fazer mais um corte. A atleta dispensada, ainda de acordo com a CBB, será comunicada na tarde desta terça-feira, na véspera do fechamento das inscrições.

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Entre as garantidas no grupo está a armadora Adrianinha, de 35 anos, atleta mais experiente do elenco e titular da armação. "É uma honra passar a minha posição para meninas com tanto potencial. Eu também aprendo muito com a juventude delas. Procuro passar a seriedade dos treinamentos, a valorização que devemos ter em usar a camisa da seleção e a importância de estar representando uma nação", comenta a jogadora.

Exceção a ela, à pivô Érika (32) e à ala Jaqueline, todas as demais jogadoras do grupo têm 26 anos ou menos. Das 13 jogadoras que seguem treinando, oito não completaram 24 anos ainda. "O principal que converso com elas é essa oportunidade que estão tendo e que eu também tive quando comecei na seleção. É o primeiro passo de uma nova geração, pois são elas que vão ocupar esse lugar nos próximos anos", analisa Adrianinha.

O Brasil estreia no Mundial Feminino diante da República Checa, no dia 27, em Ancara. Depois, na mesma cidade, joga contra Espanha e Japão. Os três primeiros colocados de cada chave avançam à próxima fase, com o líder de cada grupo passando direto às quartas de final.

A seleção brasileira feminina de basquete que se preparara para jogar o Campeonato Sul-Americano, daqui a 10 dias, no Equador, é uma das mais jovens da história recente. Das 14 convocadas pelo técnico Luiz Augusto Zanon, nove têm menos que 23 anos. Quatro são um pouco mais rodadas: Clarissa (26), Izabela (27), Jaqueline (28) e Karina (29), nenhuma com longa história na seleção.

Assim, cresce o papel da armadora Adrianinha, que chegou a se dizer aposentada da seleção brasileira mas que aceitou voltar a defender o País no ano passado. Aos 35 anos, a jogadora é líder dentro e fora de quadra.

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"Vejo essas meninas em quadra e fico muito motivada. Estou com 35 anos, mas o exemplo de superação e empenho delas me faz continuar forte. O grupo é novo e com muito potencial. Tentarei passar confiança e farei de tudo para ajudá-las. Como sou armadora, procuro dar uns toques nos posicionamentos das mais jovens em quadra. Eu passei por isso quando comecei na seleção e a Helen e a Paula me ensinaram muito", destaca Adrianinha.

Apesar das ausências de Érika, Nádia e Damiris, que disputam a WNBA e não foram convocadas para o Sul-Americano, o Brasil é amplo favorito. O time, que começou a treinar só nesta segunda-feira, estreia contra a Venezuela, no dia 14 de agosto. Ainda na primeira fase, pega Uruguai e Equador. Na outra chave estão Argentina, Chile, Peru e Paraguai.

"Não existem adversárias fáceis. Todo mundo hoje faz intercâmbio no basquete. Algumas atletas estudam e jogam nas universidades americanas. Temos que respeitar a Venezuela assim como vamos respeitar a Argentina e as outras equipes", garante Adrianinha.

Ao fim dos Jogos de Londres, Adrianinha afirmou que seu ciclo na seleção brasileira de basquete havia chegado ao fim e que não aceitaria mais convocações. Um ano depois, a armadora foi chamada para voltar à equipe pelo técnico Luis Zanon e, aos 34 anos, aceitou mais um desafio. Irá defender o Brasil na Copa América do México, em setembro.

"Eu sinto dentro de mim que meu ciclo ainda não terminou. Sei que estamos entrando em um novo ciclo olímpico, com meninas novas e que possuem muito potencial. Então, meu objetivo agora é ajudar o meu país, não é só mais um desejo pessoal", disse a jogadora, que atua na posição mais carente na renovada seleção brasileira.

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Na Copa América, deverá comandar a equipe na busca não apenas do título, mas também de uma das quatro vagas que estarão em jogo para o Mundial do ano que vem. "Quero fazer algo pela seleção. Eu quero dar força, botar pra cima. Quero essa vaga e a medalha. Prometo fazer de tudo para levar esse time até o lugar mais longe que a gente puder", afirmou ela.

A veterana vai entrar num time que conquistou o título sul-americano, no começo do mês, com média de idade de apenas 22,9 anos. Será dela, da pivô Érika (31 anos) e das alas-armadoras Chuca (34) e Karla (34) a função de dar experiência àquele time.

"Esse grupo tem bastante sintonia, acredito que é muito possível um resultado positivo no México. Estou vendo um time com cara e identidade. A gente tem a esperança de mudar sempre, então precisamos de paciência para que esse trabalho de longo prazo dê certo. O segredo é trabalhar muito para continuar crescendo", opina Adrianinha.

O técnico Luiz Zanon parece mesmo disposto a renovar a seleção brasileira feminina de basquete. Depois de comandar a equipe no título sul-americano, na semana passada, com um time jovem, o treinador resolveu convocar as três principais jogadoras da equipe que terminou no sexto lugar o último Campeonato Mundial Sub-19.

Desta forma, a ala Isabela Ramona, a pivô Maria Carolina Oliveira e a ala/pivô Vanessa Gonçalves vão fazer parte da equipe que disputará o Torneio Internacional de São Carlos (SP), entre os dias 16 e 18 de agosto, no Ginásio de Esportes Milton Olaio Silva.

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"Estou muito emocionada com essa convocação. É a primeira vez que sou chamada para a equipe principal. Trabalhei muito para chegar aqui e pretendo mostrar o meu melhor para o Zanon. Vou treinar com toda minha alegria por estar realizando mais esse sonho de representar o meu país", disse Vanessa, mais conhecida como Sassá, de 18 anos.

O destaque do trio, porém, é a ala Isabela Ramona, de 19, que terminou como cestinha do último Mundial Sub-19. Agora ela terá chance de mostrar serviço num torneio importante para a preparação brasileira visando a Copa América.

"O torneio faz parte da nossa ideia principal de continuar o trabalho iniciado com um grupo bastante jovem, objetivando o resgate do basquete brasileiro feminino. E com esse torneio, daremos prosseguimento ao trabalho que vem sendo feito que é dar experiência internacional para as jogadoras do Brasil", ressaltou o técnico Zanon, que convocou 16 jogadoras numa média de 22,1 anos de idade.

Outra novidade na convocação, com relação ao time que ganhou o Sul-Americano invicto, é a ala Izabela, de 26 anos, que chegou a fazer parte do grupo, mas foi cortada antes do torneio.

A seleção brasileira feminina de basquete estreou com vitória no Campeonato Sul-Americano da modalidade, nesta quarta-feira, em Mendoza (Argentina). A equipe renovada, treinada agora pelo técnico Luis Zanon, liderou o jogo do começo ao fim e venceu, nesta noite, o Chile, por 80 a 63.

O único momento em que as chilenas ficaram à frente do placar foi quando elas marcaram os dois primeiros pontos do jogo. Depois as brasileiras tomaram a dianteira e fecharam o primeiro quarto em 20 a 12. A vantagem se manteve entre oito e 10 pontos até a metade do segundo quarto, quando o ritmo do Brasil caiu e o Chile chegou a encostar, com 31 a 26. No intervalo, o placar era favorável às brasileiras em 10 pontos.

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Dali em diante a vantagem foi se ampliando aos poucos. Ao fim do terceiro quarto, o placar apontava o Brasil 17 pontos à frente, com 62 a 45. No último quarto do jogo a diferença se manteve a mesma, fechando com a vitória brasileira por 80 a 63.

O destaque do time de Luis Zanon teve como destaque a pivô Damiris, grande nome desta seleção, que fez 22 pontos e pegou 14 rebotes. Também foi muito bem a ala Patrícia, que marcou 19 pontos em apenas 17 minutos em quadra depois de sair do banco de reservas.

O Brasil volta a jogar nesta quinta-feira, quando enfrenta o Peru. A equipe fecha a fase de grupos contra a Colômbia, na sexta. Com mais uma vitória, termina como um dos dois primeiros do Grupo A e se classifica para a Copa América, que, por sua vez, coloca três países no Mundial da Turquia, em 2014.

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