Tópicos | seleção de hóquei

Um dia após encerrar sua participação nos Jogos Olímpicos, a capitã da seleção indiana de hóquei, Rani Rampal, denunciou neste sábado os "vergonhosos" ataques racistas recebidos pela família de uma companheira de equipe.

A Índia viveu um renascimento do hóquei em Tóquio, onde a seleção masculina terminou em terceiro e conquistou sua primeira medalha em 41 anos em um esporte no qual detém oito ouros.

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Já a equipe feminina sofreu derrotas acirradas na semifinal contra a Argentina (2-1) e para a Grã-Bretanha (4-3) na disputa pelo bronze.

O desempenho da seleção feminina, o melhor de sua história olímpica, foi ofuscado pelos abusos sofridos pela família da jogadora Vandana Katariya, pertencente à comunidade dalit, que por gerações foi discriminada por ser considerada no nível mais baixo do sistema de castas no país.

Os jovens zombaram da família em sua casa no estado de Uttarakhand, culpando as jogadoras daquela comunidade pela derrota. A família também disse ter sofrido ameaças.

"Isso é muito ruim", disse Rampal a repórteres. "Colocamos nossa vida e alma, lutamos e nos sacrificamos muito para representar nosso país, e quando vemos o que aconteceu com a família de Vandana, só quero dizer às pessoas que, por favor, deixem de lado essa divisão religiosa e de castas".

"Temos que superar isso. Viemos de diferentes religiões - hindus, muçulmanos, sikhs - e de toda a Índia, mas aqui trabalhamos para a Índia", enfatizou.

Rampal disse que a equipe sentiu "muito amor do povo" apesar de não ter conquistado sua primeira medalha, mas pediu o fim desses abusos "se quisermos fazer do nosso país uma nação esportiva".

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