Quase três meses após recusar recurso do Chile e confirmar o Equador na Copa do Mundo do Catar, a Fifa resolveu aceitar nova reivindicação da Associação Nacional de Futebol do Chile (ANFP) e o caso de possível falsificação de documento de Byron Castillo voltará aos tribunais. Um novo julgamento, com o atleta convocado para dar explicações, está agendado para dia 15 de setembro e os chilenos voltam a sonhar com o Mundial.
De acordo com a imprensa chilena, o Tribunal de Apelações da Fifa informou à ANFP que a nomeação será às 14h30 locais e o jogador acusado pelo Chile de ter falsificado sua certidão de nascimento será convocado para explicações. Byron Castillo teria nascido em uma cidade colombiana e forjado ser equatoriano.
##RECOMENDA##As federações do Equador e do Peru também serão convocadas para prestarem seus argumentos. Uma tentará se defender, enquanto a outra buscará vaga direto ao Catar, herdando a quarta posição do rival nas Eliminatórias Sul-Americanas. Vale lembrar que o Peru perdeu a vaga na repescagem com derrota nos pênaltis para a Austrália.
A ANFP reivindica que Castillo preste seu depoimento à Fifa. "Agradecemos à FIFA por essa clareza em nossa audiência de apelação e por ligar para Byron Castillo para responder às muitas perguntas que ele deve ter sobre sua elegibilidade e, portanto, à classificação do Equador para a Copa do Mundo", enfatiza Eduardo Carlezzo, advogado brasileiro que representa a federação chilena no caso.
"Apresentamos uma quantidade significativa de evidências à FIFA que mostram que o jogador nasceu na Colômbia e que sua certidão de nascimento equatoriana é falsa. Em 15 de setembro, Byron Castillo tem a oportunidade de explicar a situação e, portanto, no interesse do jogo limpo, a justiça pode seguir seu curso."
Os chilenos cobram uma sanção aos equatorianos caso a culpa seja comprovada e ainda pedem que a Federação Equatoriana também seja punida por supostos documentos falsos. O pedido da ANFP é pela perda dos pontos dos oito jogos que Castillo disputou nas Eliminatórias para a Copa. A exigência foi rejeitada pelo Fifa em 10 de junho por considerar "suficiente" que dois tribunais do Equador validem e confirmem a identidade e nacionalidade de Byron Castillo.