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Os Estados Unidos, um dos três países que serão sede da Copa do Mundo de 2026, também vão receber a Copa América de 2024. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira pela Conmebol e pela Concacaf, a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe. O torneio será organizado em conjunto pelas duas confederações.

A competição será disputada com 16 seleções. Serão 10 dez times sul-americanos, incluindo o Brasil, e outros seis representantes convidados da Concacaf, algo inédito. Ainda não há data definida. Segundo as confederações, será no verão americano, entre junho e agosto.

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Os seis países da Concacaf terão a oportunidade de se classificar para a Copa América por meio da Liga das Nações da Concacaf na temporada 2023/24.

A organização em conjunto da Copa América 2024 faz parte de um acordo de parceria estratégica firmado entre Conmebol e Concacaf para "fortalecer e desenvolver o futebol em ambas as regiões", afirmou a confederação que comanda o futebol sul-americano. O acordo inclui também competições de seleções nacionais femininas e masculinas e um novo torneio de clubes.

As equipes nacionais femininas da América do Sul foram convidadas para participar da Copa Ouro Concacaf de 2024, que também será realizada nos Estados Unidos, com 12 seleções. Brasil, Colômbia, Argentina e Paraguai serão os representantes sul-americanos.

A competição de clubes a ser realizada será no modelo "final four", envolvendo os melhores clubes das respectivas confederações. As quatro equipes participantes se classificarão por meio das competições de clubes existentes da Conmebol e Concacaf. A primeira edição deste torneio deve ser disputada em 2024.

"Estamos determinados a renovar e expandir nossas iniciativas e projetos conjuntos. Queremos que esta paixão se traduza em mais e melhores competições e que o futebol e seus valores cresçam e se fortaleçam em todo o hemisfério", afirmou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

"Essa parceria será realmente de benefício mútuo para ambas as confederações. Trabalharemos juntos para garantir que o futebol em ambas as regiões continue a prosperar", disse o presidente da Concacaf, Victor Montagliani.

Além dos Estados Unidos, México e Canadá também vão sediar a próxima Copa do Mundo, em 2026. Será a primeira vez na história que três países vão organizar em conjunto a principal competição de futebol do planeta.

Seis jogos, 100% de aproveitamento, 20 gols anotados e nenhum sofrido. Não há rivais para a seleção brasileira feminina na América do Sul. Com campanha perfeita coroada com 1 a 0 sobre a anfitriã Colômbia, neste sábado, no Estádio Alfonso López, em Bucaramanga, a equipe de Pia Sundhage ergueu a taça da Copa América pela oitava vez em nove edições. Apenas em 2006 o troféu foi para outro país, com a Argentina.

Em seu jogo mais complicado na competição, a seleção brasileira passou alguns sustos e precisou de um pênalti para garantir nova conquista. Debynha foi derrubada e bateu com estilo para colocar o Brasil na frente - gol solitário da partida. Pela primeira vez, um jogo no continente teve a arbitragem de vídeo.

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Foi a primeira conquista sob a direção de Pia Sundhage. Justamente no dia em que a treinadora sueca completou três anos no comando verde amarelo. Um prêmio justo para a treinadora que levou uma equipe renovada para a competição na Colômbia. Ainda garantiu vaga na Copa do Mundo de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, e nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Na cerimônia que antecedeu a final, a ex-jogadora Formiga entrou com a taça no estádio. Ídolo e pioneira da seleção brasileira, a eterna camisa 8 acompanhou a conquista das tribunas.

O JOGO

Atrás de sua oitava taça em nove edições da copa América de Futebol Feminino, a seleção brasileira entrou em campo com o clima todo adverso. Além de toda a torcida colombiana contra, havia ainda a cobrança de um melhor futebol após não se postar bem diante do Paraguai, na semifinal.

Do lado positivo, o fato de ter vencido seus cinco jogos sem sofrer gols na competição e com ataque arrasador de 19 gols (4 a 0 na Argentina, 3 a 0 no Uruguai, 4 a 0 na Venezuela, 6 a 0 no Peru e 2 a 0 contra o Paraguai). As oponentes também tinham 100% de aproveitamento.

A técnica Pia Sundhage prometeu uma melhor apresentação na decisão e manutenção na posse de bola. Mas um lance logo aos seis minutos deixou as brasileiras abaladas. Angelina lesionou o joelho em dividida no meio-campo e acabou substituída. No banco de reservas, chorava muito até ser retirada de maçã.

Foram minutos de domínio das donas da casa, empurradas pelas arquibancadas lotadas. A prodígio Caicedo, de 17 anos, assustou. A Colômbia ainda balançou a rede pelo lado de fora com Ramirez e viu a cobrança de falta de Ushe parar em defesaça de Lorena até o Brasil equilibrar a decisão.

A primeira grande chance das brasileiras ocorreu na metade da primeira etapa, com Antonia batendo para fora. A forte marcação dificultava as ações, irritando Pia, que pedia calma e gesticulava com as jogadoras.

A cobrança deu resultado. Adriana assustou em batida raspando para aplauso da treinadora. Aos poucos, o Brasil começava a impor seu jogo e assustar as colombianas. Em linda troca de passes, Debynha só foi parada com pênalti. A camisa 9 pegou a bola e deslocou a goleira para abrir o marcador. Antes do intervalo, ainda perdeu chance preciosa de aumentar.

Depois de um primeiro tempo muito abaixo do esperado, o Brasil voltou com nova postura na etapa final, sufocando a equipe local. Antes dos dez minutos, a vantagem poderia ser maior com boas oportunidades desperdiçadas por Antonia, Bia Zaneratto e Debynha.

Perdidas em campo e sem esconder o nervosismo, as colombianas só conseguiam parar as brasileiras nas faltas, algumas com excesso de força. Apenas aos 27 minutos elas conseguiram chegar no gol de Lorena. Em chute fraco. O Brasil já não tinha o mesmo ímpeto do início e novamente começou a levar sustos. A intransponível defesa, contudo, se fez valer e a taça acabou com as favoritas.

A hegemonia verde e amarela na Copa América Feminina está em jogo. Neste sábado (30), o Brasil decide o título da competição sul-americana diante da Colômbia, anfitriã do torneio, a partir das 21h (horário de Brasília), no estádio Alfonso López, em Bucaramanga. A expectativa é de casa cheia. Os 22 mil ingressos colocados à venda estão esgotados.

As brasileiras são as maiores vencedoras da Copa América, com sete títulos em oito edições, deixando a taça escapar somente em 2006. As colombianas foram vice-campeãs em 2010 e 2014, em disputas onde não houve decisão e sim um quadrangular final, onde o ganhador foi conhecido em pontos corridos.

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As equipes chegam à final com campanhas parecidas. Ambas ganharam os cinco jogos disputados, com leve superioridade brasileira nas estatísticas. As comandadas de Pia Sundhage marcaram 19 gols e não sofreram nenhum, enquanto as colombianas balançaram as redes 14 vezes e foram vazadas outras três. A classificação à decisão garantiu as duas seleções na Copa do Mundo do ano que vem, em Austrália e Nova Zelândia, e na Olimpíada de Paris (França).

Pia não tem desfalques para o confronto. A volante Duda Santos, ausente do banco de reservas na vitória por 2 a 0 sobre o Paraguai, na semifinal, devido a um problema intestinal, está novamente à disposição, assim como a atacante Gio Queiroz, recentemente convocada para o Mundial sub-20 deste ano, recuperado de uma pancada na panturrilha.

Se mantiver a base que tem atuado na competição, a técnica sueca escalará o Brasil com: Lorena; Antônia, Tainara, Rafaelle e Tamires; Angelina, Ary Borges, Adriana e Kerolin; Debinha e Bia Zaneratto. 

Em busca de um título inédito, a Colômbia também terá força máxima. A equipe dirigida por Nelson Abadía possui oito atletas que jogam no futebol espanhol, entre elas a goleira Catalina Pérez (Real Betis), a lateral Manuela Vanegas (Real Sociedad) e a meia Leicy Santos (Atlético de Madri). Duas defendem clubes brasileiros: a zagueira Mónica Ramos (Grêmio) e a meia Liana Salazar (Corinthians). As duas protagonistas, porém, atuam na liga local: as atacantes Catalina Usme (América de Cali) e Linda Caicedo (Deportivo Cali). Esta última, de 17 anos, é considerada a revelação da Copa América e está na mira do Barcelona (Espanha).

A provável escalação colombiana neste sábado terá: Catalina Pérez; Jorelyn Carabalí; Daniela Arias, Mónica Ramos e Manuela Vanegas; Lorena Bedoya, Daniela Montoya e Leicy Santos; Linda Caicedo, Catalina Usme e Mayra Ramírez.

A decisão da Copa América de futebol feminino vai reunir o favorito Brasil e a anfitriã Colômbia. A vaga da seleção de Pia Sundhage veio nesta terça-feira com vitória sobre o Paraguai, por 2 a 0, em Bucaramanga. Além da vaga para mais uma final, as brasileiras carimbaram o passaporte para a Copa do Mundo de 2023, na Austrália e Nova Zelândia, e para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, na França.

Graças aos gols de Ary Borges e Bia Zaneratto ainda no primeiro tempo, o Brasil buscará seu oitavo título da Copa América no sábado, às 21 horas. A seleção ergueu a taça em 1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014 e 2018. A única edição que não teve a seleção canarinha no topo foi em 2006, quando a Argentina ergueu o troféu. Vice-campeãs em 2010 e 2014, as donas da casa buscarão o primeiro título da competição.

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A seleção brasileira entrou em campo com amplo favoritismo após quatro vitórias na fase de classificação e 100% de aproveitamento. As comandadas de Pia Sundhage fizeram 4 a 0 na Argentina, 3 a 0 no Uruguai, 4 a 0 na Venezuela e 6 a 0 no Peru. Incríveis 17 gols marcados e nenhum sofrido.

Mesmo com números favoráveis, a treinadora pregava cautela contra um adversário em sua visão "perigoso". Comandadas pelo brasileiro Marcello Frigério, as paraguaias apostavam na marcação forte e nos cruzamentos para a área em bolas paradas para tentar surpreender.

Nem bem o jogo começou e o Brasil já chegou no ataque. A primeira finalização veio com somente 14 segundos. A resposta saiu com defesa de Lorena e bola na trave logo depois. O susto não intimidou a equipe verde e amarela, que dominava as ações com imposição e velocidade. Antes dos 10 minutos, Adriana e Bia Zaneratto ficaram próximas de abrir o marcador.

O primeiro gol era questão de tempo. O enorme sufoco surtiu efeito aos 16 minutos. Tamires serviu Bia Zaneratto, que não conseguiu dominar, mas ajeitou para Ary Borges acertar o chute rasteiro no canto. Comemoração efusiva e dancinha com as reservas na beirada do campo.

Bia Zaneratto, em seu 100° jogo com a camisa da seleção, ampliou em chute forte de pé esquerdo. Após roubada de bola de Antonia, a arbitragem deu vantagem em lance com entrada dura em Debinha e a jogadora do Palmeiras não desperdiçou.

O primeiro tempo terminou quente, com as paraguaias revoltadas contra a arbitragem após um cartão amarelo em falta dura que não admitiram. E o nervosismo seguiu no começo do segundo tempo.

Frigério cobrava calma de sua equipe na beira do campo, enquanto as brasileiras buscavam administrar a ótima vantagem com passes certeiros, administração da posse de bola e busca intensa do terceiro gol. Optando por ficar o máximo de tempo no ataque, evitavam passar aperto na defesa.

Mesmo com um rival marcando com linha de cinco, Zaneratto, Tamires, Duda Sampaio e Geyse tiveram boas chances. O Paraguai não conseguia mais impor resistência e pouco ameaçou a meta da goleira Lorena. O Brasil não caprichou nas tantas oportunidades criadas, viu a artilheira Adriana carimbar o travessão no último lance, mas festejou a vaga na decisão sem grandes problemas.

A técnica Pia Sundhage fez elogios à seleção brasileira feminina de futebol após a goleada sobre o Peru, por 6 a 0, pela Copa América. A treinadora fico satisfeita com a versatilidade da equipe e com o bom desempenho apresentado por jogadoras reservas, que ganharam oportunidades na noite de quinta-feira.

"Estou feliz por jogadoras jovens como a Dudinha. Ela jogou por 90 minutos e foi muito bem. Algumas jogadoras saem desse jogo bastante confiantes, o que significa que não temos 11 jogadoras e sim 23. Isso será muito importante no futuro, porque precisaremos de todas elas e das que vêm do banco contra o Paraguai", comemorou a treinadora sueca.

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A Copa América marca oficialmente a renovação do time brasileiro, que joga sem Marta, por conta de lesão, e sem outras referências da equipe, como Cristiane e Formiga. Pia levou para a Colômbia uma equipe com muitas jovens atletas, pensando no futuro. O torneio dá vaga tanto no Mundial, do próximo ano, quanto na Olimpíada de Paris, em 2024.

Diante do Peru, a seleção entrou em campo sem maiores responsabilidades porque já estava classificada para a próxima fase. Pia, então, aproveitou baixas por suspensão e promoveu testes no time. Na sua avaliação, as alterações na equipe funcionaram em alguns momentos do jogo, mas também deixaram lacunas.

"Na maior parte, sim, (as mudanças funcionaram) porque marcamos muitos gols e não cedemos nenhum. As três da linha de frente criaram chances e as três da linha de trás não tiveram muito trabalho. Por outro lado, não foi bom termos jogadoras com cãibras, mas, no geral, fizemos o que tínhamos de fazer e agora vamos jogar a semifinal", projetou.

A próxima partida será contra o Paraguai na terça-feira, às 21 horas (pelo horário de Brasília). Para este confronto, Pia prevê novidades no meio-campo. "Vamos analisar nossa criação de jogadas, como ela funciona quando penetramos a defesa pelo meio e pelas alas, porque, se queremos fazer um bom jogo contra o Paraguai, precisamos marcar das duas formas. Mas também precisamos ser mais eficientes na defesa. Hoje isso não foi uma questão, mas os outros jogos nos mostraram que precisamos afinar um pouco a sintonia entre a linha de trás e as meias", declarou.

A seleção brasileira feminina de futebol conquistou a segunda vitória consecutiva na Copa América, nesta terça-feira, ao vencer, com facilidade o Uruguai, por 3 a 0, em duelo válido pela segunda rodada do Grupo B, em Armênia, na Colômbia.

Com o resultado, o Brasil mantém os 100% de aproveitamento na competição, pois venceu a Argentina na primeira rodada por 4 a 0. As uruguaias somaram a segunda derrota, após perderam na estreia para a Venezuela (0 a 1). O Brasil volta a jogar dia 18, contra as venezuelanas

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O Brasil teve dificuldades nos primeiros 15 minutos para superar o bloqueio defensivo do Uruguai, que chegou a levar perigo com arremate de Pizarro. Lorena fez boa defesa.

A partir do momento em que a seleção acertou o passe e aumentou a velocidade nas jogadas, as oportunidades passaram a surgir com facilidade. Destaque para Adriana, Debinha e Ary Borges.

Foram quatro boas oportunidades criadas antes da abertura do placar. Antonia apareceu bem pela direita e cruzou para o aproveitamento de Adriana, aos 32 minutos: 1 a 0. O Brasil continuou em ritmo forte e Adriana fez ótima assistência para Debinha aumentar a vantagem brasileira, aos 46.

Com mais tranquilidade no segundo tempo, o Brasil não demorou para aumentar o placar. Rafaelle fez ótimo lançamento para Debinha pelo lado esquerdo. O cruzamento encontrou Adriana na direita: 3 a 0, aos três minutos.

Com a vitória garantida antecipadamente, o Brasil diminuiu o ritmo aparentando cansaço e propiciou chances para as uruguaias. Birizamberri, aos 25, chegou a acertar a trave esquerda de Lorena. Mas aos 32, Ximena Velazco foi expulsa e acabou com qualquer possibilidade de reação das uruguaias.

A técnica Pia Sundhage somou o 38º jogo no comando da seleção brasileira. Ela acumula 21 vitórias, 11 empates e seis derrotas.

A seleção brasileira estreia neste sábado na Copa América Feminina para manter sua hegemonia continental e, sobretudo, para recuperar sua confiança. Irregular na temporada, o time da técnica Pia Sundhage terá de superar a ausência de Marta, consolidar uma equipe ainda em formação e jogar o suficiente pelo menos para chegar até a decisão, o que garantirá uma vaga na Copa do Mundo do ano que vem, na Nova Zelândia e na Austrália, e outra nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

A tabela colocou logo de cara no caminho do Brasil o clássico com a Argentina. O jogo acontece no estádio Centenário de Armênia, na Colômbia, às 21h. As duas seleções estão no Grupo B, que tem ainda Peru, Uruguai e Venezuela. Na outra chave estão Colômbia, Chile, Equador, Paraguai e Bolívia. Apenas os dois primeiros se classificam.

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O Brasil é hegemônico na competição, tendo vencido sete das oito edições, incluindo as três últimas. Apesar disso, Pia Sundhage prega o discurso do pé no chão. "Agora estamos focadas no jogo contra a Argentina, queremos seguir passo a passo na competição. O título será consequência do bom desempenho ao longo do torneio. Primeiro vamos em busca da classificação e, depois, do título", comentou.

Mais do que mero discurso, a cautela tem razão de existir. O desempenho da seleção este ano não tem sido de encher os olhos. Na temporada, o Brasil soma apenas uma vitória sobre a Hungria, além de dois empates e três derrotas, a mais recente para a Suécia, no mês passado. Os resultados pouco satisfatórios se devem em parte à reformulação do elenco. Jogadoras que o torcedor se acostumou a ver ao longo dos anos já não fazem mais parte do grupo, como Cristiane e Formiga. A craque Marta, por sua vez, também ficou de fora, por motivo de lesão.

"A Marta é uma líder e exemplo para muitas dessas atletas. Sem dúvidas fará falta, porém precisamos seguir, e uma das formas de honrar sua trajetória na seleção é que a gente continue sendo competitivas e conquistando títulos pelo Brasil", considerou Pia.

Das 23 jogadoras convocadas para a Copa América, 13 delas atuam no futebol brasileiro. Boa parte das atletas também disputará uma competição oficial pela seleção pela primeira vez. "É muito bom ver a evolução das novas atletas e perceber o quanto elas agregam as mais experientes aqui na seleção. Isso é grandioso", afirmou a treinadora. "Sem dúvidas nos dará mais tempo para o nosso processo de entrosamento e aprimoramento físico e tático."

A Copa América Feminina começa nesta sexta e vai até 30 de julho. Os jogos serão transmitidos por SBT e SporTV. A competição dá duas vagas diretas aos Jogos Olímpicos de Paris-2024, e também garante os três primeiros colocados na Copa do Mundo do próximo ano, que será organizada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia.

Confira o calendário da seleção brasileira:

- Sábado, dia 9 de julho, às 21h

Brasil x Argentina

- Terça, dia 12 de julho, às 18h

Brasil x Uruguai

- Segunda, dia 18 de julho, às 18h

Brasil x Venezuela

- Quinta, dia 21 de julho, às 21h

Brasil x Peru

A seleção brasileira de futsal já tem os seus representantes para a edição de 2022 da Copa América. O técnico Marquinhos Xavier montou o grupo de 15 atletas e divulgou a lista de nomes para defender o título no Paraguai, nova sede do torneio - seria no Brasil, mas a CBF pediu a mudança por causa do aumento de casos de Covid-19 no país nas últimas semanas -, e buscar a 11.ª conquista na história.

Esta convocação abre a temporada 2022 do futsal. O grupo conta somente com atletas que atuam em clubes do exterior na modalidade, conforme justificou Marquinhos Xavier.

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"É uma escolha em função do ciclo de treinamentos que realizamos em dezembro, que envolveu algumas avaliações, e elas evidenciaram que havia um desgaste muito grande dos jogadores em final de temporada. Isso serviu como um parâmetro para a gente. Os atletas necessitavam de um período de férias. Estamos respeitando o cronograma do Brasil e, por isso, optamos por atletas que estão em atividade pela Europa, já que eles estão em meio de temporada", afirmou o técnico.

"Por mais que exista um consenso dos atletas e que eles treinem nas férias, estamos falando de ritmo de jogo. Entraremos em uma competição importante e eles precisam estar em ritmo de jogo. E isso nós não vamos conseguir só com treinamentos", declarou.

A seleção de futsal se apresenta neste sábado e, em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Gramado e o apoio da Rede Laghetto de hotéis, fará a preparação na cidade da Serra Gaúcha. O grupo fica até o próximo dia 26 em Gramado e tem o dia seguinte como previsão de chegada ao Paraguai. A Copa América começa no dia 29 e tem a decisão marcada para 6 de fevereiro.

O Brasil é o maior vencedor da competição, com 10 títulos em 12 edições, e é o atual campeão. O último torneio foi disputado em 2017, na cidade de San Juan, na Argentina, e o time brasileiro bateu os donos da casa na decisão pelo placar de 4 a 2 para ficar com o troféu.

Confira a lista de convocados do Brasil:

Goleiros - Guitta (Sporting Lisboa-POR), Roncáglio (Benfica-POR) e Léo Gugiel (Tyumen-RUS);

Fixos - Rangel (Kairat-CAS) e Marlon (Palma-ESP);

Alas - Daniel (Eléctrico-POR), Arthur (Benfica-POR); Felipe Valério (ElPozo-ESP), Bruno (Ukhta-RUS), Marcênio (Barcelona-ESP) e Matheus (Barcelona-ESP);

Pivôs - Bruno Taffy (Tyumen-RUS), Rafa Santos (ElPozo-ESP), Ferrão (Barcelona-ESP) e Pito (Barcelona-ESP).

Treze cidades de nove Estados estão na briga para sediar a Copa América de basquete masculino de 2022, que terá o Brasil como sede após 37 anos. A definição dos quatro locais que receberão as 12 seleções do torneio acontece no final da próxima semana. Após quase dois meses de visitas técnicas, a organização fechou a lista em Salvador, Recife, Vitória, Rio de Janeiro, Brasília, Uberlândia (MG), Ipatinga (MG), São José dos Campos (SP), Franca (SP), São Bernardo do Campo (SP), São José do Rio Preto (SP) e Canoas (RS).

A Copa América acontecerá entre os dias 3 a 11 de setembro de 2022, com quatro sedes, e com a participação de Brasil, Argentina, Estados Unidos, Canadá, México, República Dominicana, Porto Rico, Venezuela, Uruguai, Panamá, Ilhas Virgens e Colômbia. A organização é uma parceria da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) com a Holding de marketing esportivo do jogador Daniel Alves.

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"A AmeriCup (Copa América) de 2022 será um sucesso, não tenho a menor dúvida. E a grande procura por parte das cidades brasileiras para receber o evento, de Norte a Sul do país, mostra a força do basquete. Tenho certeza que as quatro que forem escolhidas, ajudarão nós, brasileiros, a entregar um grande evento para as Américas", disse o presidente da CBB, Guy Peixoto Jr.

A vinda da Copa América para o Brasil reforça o trabalho da CBB para o ciclo olímpico de Paris-2024, quando o basquete buscará a classificação para retornar aos Jogos, e também para o crescimento da modalidade. O país não recebe a competição desde 1984, quando ficou com o título em cima de Porto Rico, em São Paulo. A última conquista do torneio veio em 2009, justamente quando os porto-riquenhos foram sede.

"Fizemos as visitas técnicas em todas as cidades que se interessaram em receber a AmeriCup e até o fim da próxima semana teremos tudo fechado para anunciar as quatro sedes do torneio. A partir daí, daremos um passo importante para, com praticamente um ano de antecedência, nos organizarmos para entregar um evento de excelência", disse Maurício Santos, diretor executivo da Copa América no Brasil.

A Federação Internacional de Basquete (Fiba) anunciou nesta terça-feira (10) que o Brasil vai ser a sede da próxima Copa América, em 2022. O torneio, que vai reunir as 12 melhores seleções do continente, está marcado para acontecer em setembro do ano que vem, em quatro cidades que ainda não estão definidas.

A decisão foi anunciada dois dias depois do encerramento da Olimpíada de Tóquio, jogos em que as seleções brasileiras masculina e feminina de basquete não disputaram por não conseguirem a classificação.

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Para o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Guy Peixoto Jr, receber o torneio é uma chance de fortalecer o basquete nacional para fazer um ciclo olímpico que coloque o Brasil nos Jogos de Paris, em 2024. "O basquete brasileiro tem uma história vencedora e sabemos da nossa responsabilidade no resgate disso", afirmou.

A depender do retrospecto do País na competição quando participa como dono da casa, há motivos para acreditar nessa recuperação. A última vez que o Brasil sediou o torneio foi em 1984, quando os donos da casa foram campeões. Mas, para anfitriões conquistarem o título, vão precisar superar as outras 11 seleções classificadas: Argentina, Porto Rico, Canadá, Colômbia, México, Venezuela, Panamá, República Dominicana, Uruguai, Venezuela, Ilhas Virgens e os Estados Unidos, campeões olímpicos.

O torneio terá quatro cidades-sede que ainda serão selecionadas entre as candidatas pela organização. O torneio contará com a participação de 12 seleções do continente, todos classificados através de eliminatórias.

Para trazer a Copa América para o Brasil, a CBB contou com uma parceria com a empresa de marketing esportivo do lateral-direito Daniel Alves, do São Paulo, que também participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio e foi campeão com a seleção brasileira. O jogador vai inaugurar, em setembro, um projeto social na Bahia que vai oferecer a prática de futebol e basquete para 2 mil crianças.

"Estou muito feliz com a vinda da Copa América para o Brasil. Gosto do esporte e do Basquete e precisamos apoiar iniciativas como essa. Estaremos com os melhores profissionais à frente desse projeto, acredito que seja um grande passo para que o basquete brasileiro esteja nos Jogos Olímpicos de Paris 2024", disse o atleta.

Como era de se esperar, a seleção da Copa América divulgada pela Conmebol nesta terça-feira, em Assunção, trouxe os dois principais astros da competição disputada em solo brasileiro: Lionel Messi e Neymar. A lista ainda tem outros cinco jogadores das seleções do Brasil e da Argentina, que disputaram a final no último sábado, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

A campeã Argentina foi quem mais cedeu representantes na equipe ideal da competição. Além do astro Messi, artilheiro da competição com quatro gols, ainda se destacaram o goleiro Martínez, o defensor Romero e o meia De Paul.

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A participação do jogador de 27 anos na competição sul-americana foi tão boa que fez o Atlético de Madrid investir R$ 215 milhões para tirá-lo da Udinese. O novo contrato assinado por De Paul com os espanhóis é de cinco temporadas e agora ele poderá ser rival de Messi, em negociações para a renovação com o Barcelona.

Entre os brasileiros, também nenhuma surpresa. Melhor jogador disparado do Brasil na competição, Neymar acabou reconhecido pelos dirigentes, bem diferente do que vem ocorrendo com suas atuações no Paris Saint-Germain. Ele teve a companhia do companheiro de clube Marquinhos, na defesa, e do volante Casemiro, do Real Madrid.

As outras quatro indicações da equipe ideal vieram de seleções diferentes. Mesmo não indo às semifinais, o Chile viu o lateral-direito Maurício Isla, do Flamengo, indicado. Também sem vaga entre os quatro melhores, o Equador emplacou o lateral-esquerdo Estupiñan, do Villarreal.

Grande nome da Colômbia, terceira colocada do torneio, o atacante Luis Díaz teve as boas atuações recompensadas, assim como o também lateral-esquerdo peruano Yotún, quarto colocado, e que entrou como meia na seleção da competição.

Confira como ficou a seleção da Copa América: Martínez; Isla, Marquinhos, Romero e Estupiñan; Casemiro, Yotún e De Paul; Neymar, Messi e Luis Díaz.

A torcida de parte dos brasileiros para a Argentina na final da Copa América ainda repercute na seleção brasileira. Nesta segunda-feira, dois dias após a decisão, o zagueiro Thiago Silva usou as redes sociais para ironizar quem quis ver os argentinos sendo campeões no Maracanã, no Rio de Janeiro, no sábado.

"Para aqueles que torceram contra, espero que estejam contentes! Porém, depois não venham se fazer de amigos pra conseguir seja lá qual for a sua intenção (entrevistas, ingressos para levar filhos e amigos nos jogos, camisas ou fotos)", escreveu o capitão em seu perfil no Instagram.

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Antes da decisão, Neymar já havia usado a mesma rede social para criticar a atitude dos brasileiros. O craque chegou a usar um palavrão ao comentar a torcida brasileira pelo time de Lionel Messi.

"Se tem Brasil, eu sou Brasil. E quem é brasileiro e faz diferente? Ok, vou respeitar... mas vai para o c******, né", escreveu Neymar. "Só serve para quem está contra", completou.

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A decisão do governo brasileiro de se disponibilizar a realizar a Copa América mesmo com o alto número de casos de covid-19 desagradou parte da população, que declarou apoio ao rival como forma de protesto. A equipe argentina foi campeã após vencer o Brasil por 1 a 0.

Nesta segunda-feira, o governo do Mato Grosso, um dos estados-sede do torneio, confirmou que estrangeiros que vieram ao Brasil participar da realização do evento trouxeram uma variante inédita do coronavírus ao País. Diagnosticados com a cepa colombiana, não apresentavam sintomas da covid-19 e cumpriram protocolos de isolamento, segundo o governo mato-grossense.

O craque argentino Lionel Messi demonstrou respeito pelo Brasil após se sagrar campeão da Copa América nesse sábado (10). Na comemoração do título com seus companheiros no gramado do Maracanã, alguns jogadores começaram a entonar um canto provocativo que diz que Maradona é melhor que Pelé e o camisa 10 se recusou a cantar junto.

Fazendo gesto de não, fechando a cara e indo embora, Messi foi acompanhado por outros companheiros de equipe como Kun Aguero.

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Veja vídeo do momento:

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A prefeitura do Rio de Janeiro aplicou uma multa de R$ 54 mil à CBF por "infração gravíssima" aos protocolos sanitários de combate à transmissão do coronavírus na final da Copa América, realizada no Maracanã na noite de sábado. Horas antes da partida, houve intensa aglomeração de pessoas que buscavam ingresso para assistir à partida entre Brasil e Argentina.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a multa foi aplicada à CBF por ser "organizadora do evento", apesar de o próprio comunicado da pasta informar que o protocolo sanitário havia sido apresentado pela Conmebol - entidade que, de fato, organizou a Copa América. O Estadão aguarda posicionamento da CBF sobre o assunto.

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"A medida foi tomada diante da constatação de inobservâncias às disposições contidas na Resolução 'N' SMS nº 4.956, de 08/07/2021 e no próprio Protocolo Sanitário apresentado pela CONMEBOL. A configuração da infração é gravíssima, de acordo com o Código Sanitário Municipal e à legislação vigente que versa sobre as medidas de proteção à vida relativas à de Covid-19, tendo em vista o dano potencialmente causado à saúde pública", informou a secretaria, em comunicado.

Segundo a SMS, agentes municipais atuaram durante a partida e constataram diversas irregularidades, ainda que tenha sido respeitado o limite de uso de até 10% de cada setor do Maracanã. A pasta informou ainda que está verificando a denúncia de que exames falsos de PCR foram apresentados e que tomará providências caso isso se comprove.

"Apesar dos esforços do organizador foi constatado que parte significativa do público insistia em permanecer sem máscara facial e desrespeitando o distanciamento mínimo estabelecido de 2 m entre grupos e famílias", argumentou a SMS. "Não foi realizado testagem dos convidados no local da partida, por meio da pesquisa de antígeno por swab, conforme pactuado pelo organizador no Protocolo Sanitário submetido à aprovação da SMS", enumerou a secretaria.

A Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) divulgou um comunicado oficial, nesta segunda-feira (12), condenando os ataques racistas nas redes sociais contra jogadores da seleção após a derrota na disputa de pênaltis para a Itália na final do Eurocopa no domingo. Após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, os italianos venceram por 3 a 2, com os ingleses Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka, todos negros, desperdiçando suas cobranças de pênalti.

"A FA condena veementemente todas as formas de discriminação e está chocada com o racismo online que tem sido dirigido a alguns de nossos jogadores da Inglaterra nas redes sociais", informou o comunicado oficial. "Não poderíamos deixar mais claro que alguém por trás de um comportamento tão repulsivo não é bem-vindo ao seguir a equipe. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar os jogadores afetados, ao mesmo tempo em que pedimos punições mais duras possíveis para os responsáveis".

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A seleção da Inglaterra também divulgou uma nota condenando o abuso dirigido a seus jogadores nas redes sociais. "Estamos desgostosos que parte de nossa equipe - que deu tudo pela camisa neste verão - tenha sido submetida a abusos discriminatórios online depois do jogo desta noite", disse a equipe em sua conta oficial no Twitter.

A polícia britânica informou que investigaria as postagens. "Estamos cientes de uma série de comentários ofensivos e racistas nas redes sociais dirigidos aos jogadores de futebol após a final do #Euro2020", tuitou a Polícia Metropolitana. "Esse abuso é totalmente inaceitável, não será tolerado e será investigado".

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, pediu às empresas de mídia social que removessem esse conteúdo de suas plataformas. "Os responsáveis pelo nojento abuso online que vimos devem ser responsabilizados - e as empresas de mídia social precisam agir imediatamente para remover e prevenir esse ódio", afirmou o político.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi outro que protestou contra o caso de racismo. "Estes jogadores da seleção da Inglaterra merecem ser tratados como heróis e não agredidos racialmente nas redes sociais", escreveu no Twitter. "Os responsáveis destes horríveis ataques deveriam se envergonhar".

O astro Neymar não conseguiu levar o Brasil ao título da Copa América após escolher a Argentina como rival ideal para a decisão deste sábado. Chorou na derrota por 1 a 0 no Maracanã e, neste domingo (11), usou as redes sociais para lamentar a derrota e para felicitar o "irmão Messi."

"Perder me machuca, me dói... É coisa que eu ainda não aprendi a conviver. Ontem, quando perdi, fui dar um abraço ao maior e melhor da história que eu vi jogar: meu amigo e irmão Messi. Fiquei triste e falei para ele: "filho da p..., você me ganhou", revelou Neymar, em suas redes sociais.

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Depois de chorar pela derrota, o brasileiro fez questão de cumprimentar o astro argentino, com o qual fizeram bela parceria no Barcelona, com forte abraço ainda no gramado. As tevês da Argentina ainda flagraram os camisas 10 na maior resenha nós vestiários.

"Fico triste demais por ter perdido. Mas esse cara é f...! Tenho um respeito muito grande pelo o que ele fez pelo futebol e, principalmente, por mim. Odeio perder! Mas desfrute do seu título, o futebol te esperava por esse momento! Parabéns, hermano filho da p..., concluiu Neymar.

Fora da Olimpíada de Tóquio por causa de restrição do Paris Saint-Germain, o astro brasileiro, ao lado do companheiro de equipe Marquinhos, vai desfrutar de alguns dias de de descanso antes de se reapresentar na França.

A temporada europeia começo em meados de agosto. Poucos dias depois, porém, Neymar já estará de volta à seleção brasileira para a disputa das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar. No dia 2 de setembro o Brasil visita o Chile. Cinco dias depois, visita o Peru.

Lionel Messi foi eleito o craque da Copa América. Artilheiro, com quatro gols, o astro argentino não escondeu toda sua alegria pela primeira conquista com a seleção. Foi atirado para o alto pelos companheiros ainda no campo, gritou, pulou, e respirou aliviado por "tirar um peso das costas". Em 16 anos defendendo seu país, o craque do Barcelona jamais havia sido campeão com o esquadrão nacional. O martírio chegou ao fim neste sábado, no Maracanã.

"Precisava tirar esse peso das costas. Tinha de conquistar algo com a seleção, estive muitos anos perto e sabia que em algum momento ia dar certo, ia acontecer. Agradeço a Deus por me dar este momento, no Brasil, no Brasil", vibrou, repetindo o local da consagração máxima. "Acho que Deus estava guardando este momento para mim."

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A festa de La Pulga começou ainda no gramado do Maracanã. Primeiro com os companheiros. Depois, com a família. Messi fez uma chamada de vídeo com a mulher, Antonella, e os filhos, para festejar a primeira conquista com a seleção da Argentina. Estava eufórico e vibrando muito, exibindo a tão cobiçada medalha.

Nos vestiários, posou com os "veteranos" da seleção para exibir o troféu e não parava de falar do orgulho pela primeira conquista. Tudo, claro, foi parar em suas redes sociais.

"Agora estamos muito felizes, a festejar, e será um jogo que ficará para a história, por termos vencido a final contra Brasil e no seu país", afirmou, todo sorridente e sentindo o gostinho de uma conquista nacional há tempos buscada.

Depois de sair tantas vezes do gramado cabisbaixo, como na final da Copa do Mundo de 2014, com derrota para a Alemanha na final no mesmo Maracanã, ele enfim pôde soltar o grito de campeão.

"A felicidade que sinto é louca, inexplicável, muitas vezes tive de sair triste. Sabia que uma vez isso ia acontecer comigo, não haveria momento melhor. Esse grupo realmente merecia, é algo impressionante, muito feliz."

Acabou! Acabou a Copa América que a seleção brasileira não queria disputar no País em meio à pandemia de covid-19. Acabou também o jejum de títulos da Argentina. Com a vitória por 1 a 0, neste sábado, no Maracanã, a seleção argentina voltou a ganhar um título depois de 28 anos e coroa Lionel Messi, o seu grande astro.

Desde a Copa América de 1993, quando bateu o México, a seleção argentina não levantava uma taça. Depois daquele triunfo no Equador, gerações de jogadores talentosos chegaram perto da glória, mas sempre fracassaram.

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A Argentina vivia até esse sábado o seu maior jejum de títulos da história. Nunca o país ficou tanto tempo sem conquistas. Entre as seleções campeãs do mundo, seu período sem taças só era menor do que o da Inglaterra, que não vence uma competição desde a Copa de 1966 e hoje decide a Eurocopa em casa com a Itália.

O jogo deste sábado no Maracanã também encerra uma série de derrotas para o Brasil em partidas decisivas, como as Copas Américas de 1995, 1999, 2004, 2007 e 2019, além da Copa das Confederações de 2005.

Já a seleção de Tite amarga uma derrota diante do seu maior rival em uma partida em que praticamente nada deu certo. A começar pelo lateral-esquerdo Renan Lodi, que saiu do jogo como vilão da derrota ao cometer um erro feio no lance que decidiu o título.

Como em um jogo de xadrez, as duas equipes começaram a partida cautelosas, estudando cada movimento do adversário. Até por isso, os primeiros 15 minutos foram pouco intensos, com exceção das faltas dos argentinos para segurar as investidas do Brasil.

Neste cenário, qualquer vacilo poderia ser fatal. E foi. Aos 21 minutos, Renan Lodi falhou ao não conseguir interceptar o lançamento de De Paul para Di María. Com extrema qualidade e tranquilidade, o atacante argentino sobrou sozinho de frente para Ederson e só deu um "tapa" na bola para encobrir o goleiro. Um golaço.

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Se nas demais partidas da Copa América a conexão entre Lucas Paquetá e Neymar funcionou bem e foi fundamental para que o Brasil chegasse à decisão, neste sábado a dupla teve muita dificuldade para encaixar as jogadas. O craque do Paris Saint-Germain era sempre vigiado de perto por dois marcadores mesmo quando estava sem a bola, enquanto Paquetá ficou preso entre as linhas de defesa da Argentina. Everton Cebolinha e Richarlison também pouco produziram ao longo de todo o primeiro tempo.

No intervalo, Tite sacou o volante Fred para a entrada do atacante Roberto Firmino. O Brasil ficou mais leve, passou a pressionar a saída de bola argentina e até chegou a balançar a rede aos sete minutos com Richarlison - o atacante, no entanto, estava impedido no momento em que recebeu o passe de Paquetá e a arbitragem anulou o gol.

Mesmo com mais posse de bola, o maior problema do Brasil estava na armação das jogadas. Faltava, por exemplo, lances em profundidade com os laterais para abrir espaços no meio. Neymar, por muitas vezes, exagerava na individualidade e facilitava o trabalho dos zagueiros argentinos.

Tite, então, resolveu partir com tudo para cima da Argentina. Colocou em campo Vinicius Junior e Gabigol e o Brasil passou a jogar com cinco atacantes. Somente Casemiro ficava na marcação à frente da defesa. Mas as alterações não surtiram o efeito desejado pelo treinador brasileiro.

Para segurar a vantagem, a Argentina deixou o jogo truncado, tenso. Os jogadores valorizavam cada falta ou bola para fora para ganhar tempo. Deu certo. O jogo se arrastou assim até o apito final e a Argentina, enfim, acabou com o seu mais longo jejum de títulos.

 

FICHA TÉCNICA

BRASIL 0 X 1 ARGENTINA

BRASIL - Ederson; Danilo, Marquinhos, T. Silva e Renan Lodi (Emerson); Casemiro, Fred (Firmino) e L. Paquetá (Gabigol); Everton (Vinicius Jr.), Neymar e Richarlison. Técnico: Tite.

ARGENTINA - E. Martínez; Montiel, Romero (Pezzella), Otamendi e Acuña; Paredes (G. Rodríguez), Lo Celso (Tagliafico), Di María (Palacios), De Paul e Messi; Lautaro Martínez (N. González). Técnico: L. Scaloni.

GOL - Di María, aos 21 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Esteban Ostojich (URU).

CARTÕES AMARELOS - Fred, Paredes, Lo Celso, De Paul, Renan Lodi, L. Paquetá, Otamendi, Marquinhos e Montiel.

LOCAL - Maracanã.

O público para a final da Copa América, neste sábado à noite, entre Brasil e Argentina, será bem menor que os 10% aos quais a Conmebol conseguiu garantir a liberação para o Maracanã. Tudo pelo fato de muitos dos "convidados" terem apresentados testes falsos da covid-19. A entidade promete rigoroso controle de acesso ao estádio e já detectou diversas fraudes no PCR apresentado por argentinos e brasileiros.

"A Conmebol informa que foi detectada uma considerada quantidade de provas de PCR fraudulentas, de pessoas credenciadas tanto na tribuna argentina como na tribuna brasileira. Essas pessoas não poderão ingressar ao estádio", informou a entidade, em comunicado oficial.

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Uma das justificativas para a volta do público a um evento no País era justamente que os presentes apresentassem o exame confirmando estarem sem a covid-19. As pessoas que não tinham feito ou acharam que a liberação seria facilitada com testes falsos, agora estão sendo banidas da final das 21 horas.

"A Conmebol assegura que os controles para ingresso na final da Copa América serão extremamente rigorosos, assim como a aplicação dos protocolos sanitários e as medidas de prevenção", trouxe outro trecho da nota.

Foram liberadas aproximadamente 6 mil entradas ao Maracanã. Além da prova laboratorial com resultado negativo para poder acessar o estádio, os convidados devem estar com máscara e ficarão a dois metros de distância um dos outros.

"Não há nenhuma classe de exceção. Recomendamos que portem a todo momento o resultado impresso para verificação e para evitar contratempos. A Conmebol analisará um aumento dos controles (de acesso) em caso de necessidade."

Unanimidades são raras no futebol, mas Brasil e Argentina fazem neste sábado o jogo que todos os torcedores queriam ver na final da Copa América. É a partida dos sonhos, como definiu Neymar. A tradição, os títulos que as duas seleções já conquistaram e o duelo particular entre o próprio Neymar e Messi deixam em segundo plano os sobressaltos de organização, como a má qualidade dos gramados e o protesto brasileiro contra o torneio. A final do Maracanã, às 21h, diminui até a nossa "dorzinha de cotovelo" em relação aos grandes jogos da Eurocopa. Se a decisão terminar empatada, haverá prorrogação e, se a igualdade persistir, pênaltis.

A Prefeitura do Rio acatou pedido da Conmebol e liberou 10% da capacidade de cada setor do Maracanã. Isso significa cerca de seis mil torcedores. O acesso ao estádio, porém, só será permitido para quem apresentar teste PCR negativo contra a covid-19. O exame tem que ter sido feito a partir de quinta-feira. A liberação foi criticada por especialistas por conta do momento da pandemia

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O confronto é importante não só por aquilo que os times fizeram lá atrás, na história. Ambas estão invictas com os melhores ataques da Copa América. Nas Eliminatórias para a Copa do ano que vem, o cenário é o mesmo: invencibilidade e o alto da tabela para as duas.

Nesse contexto, o clássico abre diversas possibilidades de análise. Uma delas é o duelo particular entre Neymar e Messi. O jogo deve ser decidido aqui. É o embate entre a contratação mais cara da história e o melhor jogador do mundo por seis vezes. Os ex-companheiros de Barcelona vão se enfrentar com as camisas de suas seleções pela primeira vez desde 2016. De lá para cá, foram duas vitórias para cada lado. São rivais que se respeitam e se admiram.

Questionado sobre a maneira de parar Messi, o técnico Tite desconversou. "Eu sei, mas não vou dizer. A gente não neutraliza, a gente diminui ações do adversário", declarou Tite, que fez uma brincadeira. "Se tu disser (sic) como faz pra marcar o Neymar, a gente abre como marca o Messi também", disse Tite.

Neymar está mais maduro taticamente. Com a liberdade que ganhou do treinador, atuando por dentro e pelas beiradas, o camisa 10 foi destaque em quase todos os jogos da Copa América. As boas atuações renderam dois gols e três assistências. Ele confessa a vontade de jogar a final contra o amigo.

"Era a final que sempre sonhei em jogar. A final que todo mundo que gosta de futebol espera de uma Copa América. Por todos títulos que já conquistaram, por todos que já passaram pelas seleções, pelos que existem hoje", afirmou Neymar na última quinta-feira.

Para Messi, essa queda de braços representa a chance de quebrar um tabu histórico: levantar uma taça com a seleção principal, a única lacuna de um currículo brilhante. Messi precisa dessa conquista e, por isso, vem voando. A vitória por 3 a 0 da Argentina sobre o Equador colocou o argentino como maior candidato a craque do torneio. É o artilheiro (quatro gols) e líder de assistências (cinco).

O jejum de Messi espelha o drama histórico da seleção argentina. São 28 anos de seca. A última vez que o time principal levantou uma taça foi na Copa América de 1993. Desde lá, foram sete vice-campeonatos: quatro na Copa América (2004, 2007, 2015 e 2016), dois na Copa das Confederações (1995 e 2005) e outro na Copa do Mundo (2014). Desse total, três dessas foram para o Brasil (2004, 2005 e 2007). O bicampeonato olímpico argentino, em 2004 e 2008, com a seleção sub-23 não entra na lista.

Alguns atletas do Brasil criticaram a torcida de artistas e influenciadores digitais para a Argentina por conta do jejum de Messi. "É difícil (a situação). A gente vê tantos brasileiros, tanta gente da imprensa que é contra e não apoia a seleção brasileira", criticou o zagueiro Marquinhos. "Que a gente possa trabalhar juntos, ao invés de ficar um palpitando ali, os jogadores dando pitacos aqui..."

Em busca do bicampeonato no torneio e dono de hegemonia confortável nas Eliminatórias, o Brasil está invicto há 13 jogos. O desafio da seleção é mostrar que o recorde de invencibilidade não se apoia apenas nos confrontos diante de seleções "menores". Das quatro derrotas de Tite em cinco anos de comando da seleção, duas delas foram para a Argentina. Em dois amistosos, é verdade.

Os últimos confrontos com os argentinos foram favoráveis aos brasileiros: uma vitória convincente na semifinal da Copa América de 2019, no Mineirão, e um 3 a 0 no Mineirão, pelas Eliminatórias da Copa de 2018.

"São os dois últimos sul-americanos campeões do mundo. (O jogo) Tem uma dimensão, sem desprezar Colômbia, Uruguai, ícones do futebol mundial. Falar de Messi e Neymar é falar de excelência, virtudes técnicas, mentais, físicas, capacidade de criação muito alta. É um grande desafio, um grande espetáculo", opinou o técnico Tite.

Com desfalques por suspensão e lesão e a avaliação detalhada na primeira fase da Copa América, tudo indica que Tite vai repetir a escalação de um jogo para o outro. Hoje, Thiago Silva volta a ser capitão e vai atuar ao lado de Marquinhos. Na esquerda, o treinador confirmou que Alex Sandro está fora por contusão. Depois dos gols e das boas atuações, inclusive o entrosamento com Neymar, Lucas Paquetá deverá ser mantido no meio. Foi dele o gol da classificação para a final na vitória sobre o Peru.

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